
A americana Rhona Paulynice, de 41 anos, foi presa na Flórida, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (30/5), sob a acusação de matar o filho dela, de 6 anos, Ra’myl Pierre, em um suposto ritual para “expulsar demônios”. O corpo da criança foi encontrado em avançado estado de decomposição, em casa, cerca de 12 dias após a morte.
O sumiço do menino chamou atenção na escola em que ele estudava. Os funcionários acionaram a polícia porque notaram a ausência prolongada e sem justificativa. Segundo a polícia, os agentes foram até a residência da família e encontraram Ra’myl já sem vida, deitado na cama dele.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Durante entrevista coletiva, o xerife Richard Del Toro afirmou que, em depoimento, Rhonda disse acreditar que Deus a orientou a realizar um ritual de exorcismo em seu filho. “Quando a criança parou de se mexer e morreu, ela acreditava que ele havia sido libertado dos demônios e estava esperando que ele retornasse”, disse.
Saiba Mais
A causa e o momento exato da morte ainda dependem de exames periciais. Segundo as autoridades, a mulher demonstrava comportamentos instáveis durante a investigação, alternando entre risos e crises de choro enquanto os policiais revistavam a casa. Nos dias que antecederam a descoberta do corpo, Rhonda fez diversas publicações nas redes sociais com conteúdos religiosos e mensagens enigmáticas, que agora são analisadas pelas autoridades.
Desde janeiro, a polícia esteve na casa da família várias vezes, em eventos relacionados a desentendimentos entre Rhonda e a irmã, que morava com ela. Nenhuma ocorrência anterior envolvia diretamente a criança. A última visita policial havia ocorrido em 17 de maio, um dia antes da data estimada da morte de Ra’myl. Na ocasião, os agentes atenderam a um chamado médico, sem relação com a criança.
Rhonda Paulynice foi formalmente acusada de homicídio em segundo grau, omissão de notificação de morte e alteração de cena de crime. Ela foi encaminhada para a penitenciária do condado de St. Lucie, onde permanece sob custódia.
“É um caso extremamente difícil, especialmente por envolver uma criança de apenas 6 anos, descrita por todos como alegre e muito querida. A perda afeta profundamente toda a comunidade”, declarou o xerife.