
Ativistas da organização não governamental (ONG) Greenpeace roubaram, nesta segunda-feira (2/6), uma estátua de cera do presidente da França, Emmanuel Macron, a fim de usá-la em protesto relativo à guerra no leste europeu. O artefato, que estava exposto no museu francês Grévin, foi colocado pelos manifestantes em frente à embaixada da Rússia.
Ao lado da imagem do chefe de Estado, um cartaz continha os dizeres “a Ucrânia se queima, o negócio continua”. De acordo com a agência de notícias -Presse, o objetivo era protestar contra exportações de gás e fertilizantes russos.
A estátua — avaliada em 40 mil euros (cerca de R$ 228 mil) — foi levada do museu por duas mulheres e um homem que entraram no estabelecimento, em Paris, como turistas e, dentro dele, trocaram as respectivas roupas para uniformes com o objetivo de serem confundidos com funcionários da equipe de manutenção. Eles retiraram o artefato do local sob um lençol, por meio de uma saída de emergência.
Dados do sindicato de fabricantes de fertilizantes da França (Unifa) informam que mais de 80% das importações de fertilizantes para o país comandado por Macron entre 2021 e 2023 veio da Rússia.
O diretor-geral do Greenpeace na França, Jean-François Julliard, afirma que o presidente francês “encarna discurso duplo”, uma vez que “apoia a Ucrânia, mas estimula as empresas sas a seguir comercializando com a Rússia”.
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De acordo com a AFP, os ativistas ligaram para o Grévin informando que devolveriam a imagem de Macron intacta. Em 1983, algo semelhante ocorreu no mesmo museu, quando uma imagem do então prefeito de Paris sumiu e apareceu alguns dias depois em um zoológico da cidade.
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