
Os Estados Unidos celebrarão um desfile militar em 14 de junho, data que marca o 250º aniversário da criação do Exército e também o aniversário de 79 anos do presidente Donald Trump.
O Exército americano foi fundado em 14 de junho de 1775, pouco mais de um ano antes da declaração de independência do país, em 4 de julho de 1776.
Trump prometeu comemorar o 250º aniversário dos EUA com pompa em 2026, mas neste ano deseja realizar o tão esperado desfile militar, uma ideia que cultivou durante seu primeiro mandato (2017–2021).
Trump "prestará homenagem aos veteranos americanos, aos militares em serviço ativo e à história militar com um desfile", escreveu a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, na rede social X.
Kelly compartilhou também um link de um artigo da Fox News afirmando que o desfile contará com tropas americanas e estudantes das academias militares do país.
Além disso, o evento evocará — com figurantes e equipamentos — a guerra da independência, a guerra civil dos EUA, as duas guerras mundiais, a guerra do Vietnã e conflitos mais recentes, como os do Iraque e do Afeganistão.
"Espetaculares"
O Pentágono prevê a participação de 6.600 soldados, 50 aviões e 150 veículos para esse desfile que, segundo sua porta-voz Heather Hagan, será acompanhado de queima de fogos "espetaculares" e celebrações durante todo o dia no National Mall, uma grande esplanada no centro da capital norte-americana.
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"Vamos celebrar o maior e mais belo desfile militar da nossa história", declarou Pete Hegseth, chefe do Pentágono, à Fox News.
Trump se inspirou no desfile de 14 de julho em Paris, que presenciou a convite do presidente francês Emmanuel Macron em 2017. Ele cogitou realizar algo semelhante em Washington, mas a ideia não se concretizou na época, devido ao custo elevado e aos danos que tanques e veículos pesados poderiam causar nas ruas da capital.
O último grande desfile militar nos EUA ocorreu em 1991, em Washington, para celebrar o fim da Guerra do Golfo.
"Dia da Vitória"
Na véspera do anúncio oficial do desfile pela Casa Branca, Trump declarou sua intenção de rebatizar o fim das duas guerras mundiais como dias de vitória, por considerar que os EUA tiveram papel decisivo.
"Ao fazer este anúncio, renomeio o dia 8 de maio como Dia da Vitória da Segunda Guerra Mundial e o dia 11 de novembro como Dia da Vitória da Primeira Guerra Mundial", escreveu Trump na quinta-feira na sua plataforma Truth Social.
"Vencemos ambas as guerras, ninguém chegou perto de nós em termos de força, bravura ou brilhantismo militar, mas nunca comemoramos nada. Isso é porque já não temos líderes que saibam como fazer isso!", disse. "Vamos voltar a celebrar nossas vitórias!"
O presidente republicano, que também exerce o título de "comandante em chefe" do Exército, reformulou por completo a liderança militar dos EUA e destituiu vários oficiais de alta patente.
Como em outros temas, Trump tem feito declarações contraditórias sobre os militares — elogiando sua força, mas também dizendo que estão enfraquecidos.
Durante seu primeiro mandato, teve confrontos com generais e gerou polêmica ao supostamente chamar de "perdedores" os soldados mortos em combate — acusações que ele nega.
O general Mark Milley, que foi chefe do Estado-Maior Conjunto durante o primeiro mandato de Trump, chegou a chamá-lo de "fascista".