
Crítica // Lilo & Stitch ★★★
Difícil a missão do diretor Dean Fleischer Camp (indicado ao Oscar por Marcel, a concha de sapatos, em 2023): no mínimo se equipar ao feito de Chris Sanders e Dean DeBlois, a dupla que desenvolveu para a Disney a animação, agora, transformada em filme com atores de carne e osso. O original teve, em 2003, a magnitude de perder o Oscar para o clássico de Hayao Miyazaki A viagem de Chihiro, e ainda competidor, ao lado de A era do gelo.
Com muita liderança feminina, a trama do suposto cachorro azul (na verdade, a chamada "Experiência 626" de origem alienígena) que cai na Terra, por motivo de exílio, para salvar o destino da pequena Lilo (a simpática Maia Kealoha), adota o aspecto praiano, de cores intensas e moderada tristeza exigida no enredo.
A comunhão em família promovida pelas aventuras de Stitch trazem novos ares para Nani (a sobrecarregada Sydney Agudong), irmã de Lilo. Menina esperta e forte, Lilo desmobiliza o bulling, e cria trilha própria. Já na trilha sonora, Elvis Presley tem resgate na medida justa, sem dose exagerada da produção de nostalgia.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Com demasiados tutores, Nani e Lilo viverão, com intenso laço amoroso, as provas de um enredo sem fórmula fácil. Entre os atores que desaparecem no papel estão Tia Carrere (na pele de Kekoa) , o humorista Zach Galifianakis (Jumba) e Billy Magnussen (o príncipe do musical Caminhos da floresta), na pele de Pleakley. Atente para a dublagem original de Stitch, a cargo de Chris Sanders (autor ainda do recente Robô selvagem).