
Lexa veio a público revelar mais detalhes sobre a perda de sua primeira filha, Sofia, que nasceu prematura, com seis meses de gestação. A bebê morreu três dias após o nascimento. Em conversa com o apresentador Pedro Bial, a cantora contou que chegou a pegar a recém-nascida no colo.
"Lembro que, quando carreguei a Soso (Sofia) na incubadora, na primeira vez que a carreguei, ela já tinha tido duas paradas cardíacas. Ali eu já sabia: ‘Pega a Sofia agora porque ela não vai resistir mais’. Peguei minha filha pela primeira vez, peguei para sentir o pesinho dela e olhei para cada detalhe. Virei as costas, deixei minha filha para trás e disse: ‘Eu não quero ver mais nada!’", relatou.
Sofia, fruto do relacionamento entre Lexa e Ricardo Vianna, nasceu prematura com apenas 25 semanas, após a artista sofrer uma pré-eclâmpsia precoce aos seis meses de gestação. "Nesse momento em que você perde, você não quer ver ninguém. Não queria falar com ninguém, nem com meus melhores amigos."
"Queria ficar sozinha. E hoje dou graças a Deus por minha mãe ter guardado a toquinha. Isso hoje me aquece o coração. Imagina se, num impulso, eu tivesse apagado tudo, jogado tudo fora. Ia ser o maior arrependimento da minha vida", revelou.
Lexa também recordou o momento do nascimento da bebê: "O processo final da UTI, quando fui ter o parto da minha filha, os meus órgãos começaram a entrar em falência, porque eu estava chegando ao meu limite para tentar mantê-la na minha barriga. E os médicos falavam: ‘Temos que salvar a árvore. Óbvio que vamos tentar salvar o fruto, mas precisamos salvar a árvore’. Eu ficava em pânico porque queria que salvassem a minha filha, mas não havia muito o que fazer."
Lexa descobre a pré-eclâmpsia
Lexa contou que descobriu a pré-eclâmpsia durante um exame de rotina.
"Fui fazer a morfológica (ultrassonografia) do segundo trimestre. Quando a médica viu que meu biomarcador estava completamente estourado, ela disse: ‘Interna agora’. Mas eu respondi: ‘Só estou sentindo a minha mão dormente’. Entendi que, de uma hora para outra, acabou — o neném entra em sofrimento."
"Eu e o bebê estávamos em risco de vida altíssimo. Peguei o primeiro voo da manhã e fui para São Paulo. Quando internei, sabia que dali eu não sairia sem ter o parto. Estava com 23 semanas quando internei, entrando no sexto mês."
Por fim, a artista revelou que encontrou na música uma forma de manter a filha sempre na lembrança:
"Eu sou funkeira. Como vou voltar a cantar funk nesse momento da minha vida? Precisei parar o meu mundo e fazer algo para ela. Toda vez que canto essa música, é um abraço que eu dou, e eu transformei isso em amor."
"O luto vem cheio de escuridão, que, com o ar do tempo, vai sendo tomado pela luz. A música é uma luz na minha vida, e que ela seja luz na vida das pessoas. Que seja o início de um novo recomeço — agora com uma mulher mais forte, mais certa da vida."