Essa caverna, parcialmente submersa, é reconhecida como o maior santuário de arte paleolítica da Península Ibérica.
Análises comprovaram que a moeda pertenceu ao período do Imperador Cláudio (41-54 d.C.), o primeiro imperador romano nascido fora da Itália.
Além disso, foram encontradas 15 inscrições nas rochas, provavelmente feitas por habitantes locais durante a dominação romana, há aproximadamente 1,9 mil anos, indicando que a caverna era considerada um espaço sagrado.
'As inscrições e a moeda fornecem evidências irrefutáveis ??de que o santuário continuou a ser usado ou foi reaproveitado pelos romanos', ressaltou Aitor Ruiz-Redondo, professor na Universidade de Zaragoza e um dos líderes da exploração.
A Cova de les Dones foi descoberta em 1960 e, inicialmente, chamou a atenção pelos artefatos da Idade do Ferro, principalmente cerâmicas.
No entanto, apenas em 2021 o lugar começou a ser explorado em maior profundidade, levando à catalogação de mais de 110 gravuras paleolíticas.
Os desenhos, sobrepostos por marcas de arranhões de ursos-das-cavernas, sugerem que podem ter mais de 24 mil anos!
Com quase 790 mil habitantes, Valência, onde a caverna está localizada, fica na costa leste da Espanha e é a terceira maior cidade do país.
Fundada pelos romanos em 138 a.C., Valência tem uma história marcada por influências romanas, muçulmanas e cristãs, refletidas em sua arquitetura e cultura.
Um dos marcos mais emblemáticos da cidade é a Cidade das Artes e das Ciências, um complexo arquitetônico moderno projetado por Santiago Calatrava e Félix Candela.
Esse espaço abriga museus, um oceanário, um planetário e um teatro de ópera, sendo um símbolo da Valência contemporânea.
Outro ponto de destaque é a Catedral de Valência, que mistura estilos gótico, românico e barroco, e onde, segundo a tradição, está guardado o Santo Graal.
O centro histórico também é um grande atrativo, com monumentos como as Torres de Serranos e de Quart, antigas portas da muralha medieval.
Valência também é famosa por suas praias, como a Playa de la Malvarrosa, e por ser o berço da paella, um dos pratos mais icônicos da culinária espanhola.
A cidade celebra anualmente as Las Fallas, uma festa tradicional que ocorre em março, com desfiles, fogos de artifício e a queima de esculturas de madeira e papelão.
A economia da cidade é impulsionada por setores como turismo, comércio, indústria e agricultura, especialmente pela produção de citrinos, como laranjas, que são exportadas para todo o mundo.