“Eu tô numa festa pós-Oscar. Os convidados vindo emocionados dar parabéns pelo filmaço e pelo nosso Oscar inédito. Leo DiCaprio, Madonna, Mick Jagger, uma turma assim. Orgulho danado do nosso filme e desse Oscar que finalmente chegou para ‘desencruar’ uma espera de quase um século. Brasil NO TOPO como deve ser”, escreveu o ator.
Recentemente, Selton Mello, 52, declarou em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, que filmou astros e estrelas de Hollywood durante a cerimônia do Globo de Ouro porque não consegue “fingir costume”.
'Sou filho de um bancário e uma dona de casa, venho de uma família simples. Essa é a minha origem, não finjo costume. Então quando estou no tapete vermelho do Globo de Ouro, vendo todos aqueles atores que eu iro, esqueço que sou famoso, esqueço que também sou grande no meu país”, afirmou.
Em 'Ainda Estou Aqui', filme que foi indicado a três categorias no Oscar 2025 e levou a premiação de Melhor Filme Internacional, ele interpreta o ex-deputado Rubens Paiva, que desapareceu após ser preso por militares. Fernanda Torres, que faz no filme a personagem principal, Eunice Paiva, levou o Globo de Ouro como melhor atriz de drama e concorreu à estatueta na maior cerimônia do cinema mundial - a escolhida acabou sendo Mikey Madison, de 'Anora'.
Ela também está na aguardada sequência de 'O Auto da Compadecida', um dos maiores clássicos do cinema brasileiro. Na trama, Selton volta a interpretar Chicó, contracenando mais uma vez com Matheus Nachtergaele, que faz o personagem João Grilo na adaptação da peça de Ariano Suassuna.
Agora, o ator participa das gravações do filme 'Anaconda', que marcará sua estreia em Hollywood. Na nova versão do terror de 1997, ele faz o papel de um cuidador de animais brasileiro. O elenco conta ainda com Paul Rudd (“Homem-Formiga”), Jack Black (“Escola de Rock”), Thandiwe Newton (“Westworld”) e Steve Zahn (“Silo”). A direção do longa é de Tom Gormican.
“Nossa fase do game. Sendo feliz e me divertindo fazendo o que amo de outro jeito, em outra língua, em outro continente”, escreveu Selton Mello nas redes sociais. O filme tem previsão para estrear nos cinemas no Natal deste ano.
Selton Mello é natural da cidade de os, em Minas Gerais. Ele nasceu no dia 30 de dezembro de 1972.
Ele começou sua carreira artística ainda na infância, participando de comerciais e telenovelas. Aos 7 anos, já se destacou na novela 'Corpo a Corpo' (1984).
Durante os anos 1990, Selton se tornou conhecido nacionalmente por seu trabalho em novelas e minisséries como 'Pedra Sobre Pedra' (1992), 'Tropicaliente' (1994) e 'A Indomada' (1997).
No cinema, Selton entregou performances marcantes em filmes como 'O Auto da Compadecida' (2000) e 'Lisbela e o Prisioneiro' (2003 - foto), que ajudaram a solidificar de vez sua carreira.
Selton também é lembrado por papéis mais desafiadores, como o de André no drama 'Lavoura Arcaica' (2001).
Em 2006, ele brilhou ao viver o controverso personagem Lourenço em 'O Cheiro do Ralo'.
Além de atuar, Selton Mello tem uma carreira de destaque também como diretor. Ele dirigiu os aclamados filmes 'Feliz Natal' (2008), 'O Palhaço' (2011) e 'O Filme da Minha Vida' (2017).
Em 'O Palhaço', ele também atuou como protagonista, mostrando sua habilidade de transitar entre funções criativas.
Na televisão, Selton continuou sua trajetória de sucesso em séries aclamadas, como 'Sessão de Terapia' (2019-2021), na qual interpretou o psicoterapeuta Caio Barone.
Outro marco em sua carreira foi a série 'O Mecanismo' (2018-2019), da Netflix, na qual interpretou Marco Ruffo, um investigador envolvido na operação Lava Jato.
Selton também ficou muito conhecido pela dublagem e já deu voz a diversos personagens marcantes, como Charlie Brown em 'A Turma do Charlie Brown' (1983) e Brandon Walsh no clássico 'Os Goonies' (1985), entre outros.
Reconhecido por sua discrição na vida pessoal, Selton Mello mantém um perfil mais reservado no dia a dia, longe dos holofotes e das páginas de fofoca.