Conhecido por sua astúcia, inteligência e capacidade de se transformar em qualquer coisa, Loki é frequentemente retratado como um deus travesso e enganador, mas também como um amigo leal e um poderoso aliado.
Nos últimos anos, diversos vestígios e relíquias da Era Viking, que também faz parte da cultura nórdica, vêm sendo descobertos na Escandinávia.
Em junho de 2024, arqueólogos da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia encontraram vestígios de um navio viking datado do século 8. Acredita-se que a embarcação tinha entre 39 e 46 pés (12 e 14 metros).
Em março de 2024, o britânico Trevor Penny, uma espécie de caçador de relíquias, encontrou uma espada de origem viking que, segundo especialistas, deve ter cerca de 2 mil anos.
No Reino Unido, há uma lei que exige a entrega de objetos com mais de 300 anos para as instituições que cuidam da história. A espada estava no Rio Cherwell, afluente do famoso Rio Tamisa, na região central.
Em fevereiro de 2024, arqueólogos da Universidade de Stavanger descobriram uma construção que teria sido um mercado da Era Viking na Ilha de Klosterøy, na costa sudoeste da Noruega.
Em agosto de 2023, duas cruzes da Era Viking foram encontradas em uma igreja na Ilha de Man, entre a Inglaterra e a Irlanda.
Os itens ficaram evidentes após uma parede da catedral cair durante uma tempestade. Depois de uma análise minuciosa, a avaliação indicou que os artefatos permaneciam no local por 200 anos sem serem percebidos.
Aliás, segundo especialistas do Manx National Heritage, a pedra que compõe os objetos possui mais de mil anos. Além disso, ressaltaram que as cruzes são uma das maiores heranças da fé cristã e da influência viking na região.
Os vikings eram um povo de origem germânica que surgiu na região da Escandinávia. Eles se transformaram em guerreiros, exploradores e piratas nórdicos.
Eles expandiram seu território graças a incursões em navios conhecidos como dracares. O período conhecido como “Era Viking” foi entre os séculos 8 e 11.
A sua primeira grande investida teve como alvo as ilhas britânicas e os ataques se tornaram frequentes. A propósito, os vikings conseguiram dominar a maior parte da Irlanda e da Inglaterra, chegando próximo à Escócia.
Essa movimentação foi imprescindível para esse povo escandinavo influenciar na formação da população britânica e irlandesa.
Os principais alvos dos vikings durante as incursões eram os mosteiros e igrejas. Assim, os clérigos propagaram uma má reputação dos vikings como violentos e bárbaros.
O monge inglês Alcuíno (no meio) chegou a declarar que esse povo nórdico era um castigo divino por sua estratégia de expandir seu território através de ataques, embora, ao longo da história, cristãos também tenham agido com violência em muitos momentos.
Posteriormente, os vikings planejaram dominar outras áreas da Europa como a Frância Ocidental. Após algumas tentativas, em 845, os exploradores tiveram sucesso e impam ao rei Carlos, o Calvo, o pagamento de impostos.
Assim, o líder da Frância cedeu a região da Normandia ao povo nórdico. Por sinal, o nome vem da palavra “nordmanni”, que significa homens do norte (alusão aos vikings). Como retribuição, eles contribuíram na defesa do literal francês.
O povo viking adotava uma religião politeísta, ou seja, a crença em vários deuses como, por exemplo, Odin (foto), Thor e o próprio Loki. Os historiadores nomearam a crença deles como “paganismo nórdico”.
O culto aos deuses ocorria de forma coletiva, em períodos do ano. Um exemplo é o Yule, no solstício de inverno. O evento tinha uma sequência de sacrifícios aos deuses. Para alguns estudiosos, o Yule ocorria para homenagear os mortos. Para outros, era uma celebração para assegurar fertilidade e sobrevivência durante o rigoroso inverno.
Depois do contato com os vikings, os cristãos se apoderaram da cerimônia para criar o Natal, festividade que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A partir do século 10, a religião do povo nórdico foi enfraquecendo e ou por uma cristianização.
A sociedade viking era dividida por classes. A autoridade máxima era o rei ou konungr (foto) e seu poder era hereditário, permanecia na família, mas não necessariamente com seus filhos.
Já os homens livres ou karls eram os camponeses que eram comerciantes e fazendeiros. A classe mais baixa era formada por escravos, vistos como propriedade de outras pessoas como consequência da guerra ou de dívidas.
A agricultura era a principal ocupação e base de subsistência dos povos vikings. O artesanato também tinha destaque, assim como o comércio marítimo.