O nome, é claro faz menção ao famoso artista espanhol Pablo Picasso, que ficou conhecido por obras como 'As Meninas D’Avignon' (1907), 'Mulher no Espelho' (1932) e 'Guernica' (1937).
Apesar de se parecer com um besouro, o percevejo-picasso pertence ao grupo dos percevejos e é encontrado apenas em regiões tropicais e subtropicais da África.
Sua aparência chamativa funciona como um mecanismo de defesa chamado aposematismo, avisando predadores sobre sua toxicidade.
Além disso, ele libera um odor desagradável quando ameaçado, uma estratégia comum entre os percevejos para afastar predadores.
A família Scutelleridae, à qual ele pertence, possui diversas espécies coloridas, algumas com iridescência e variação de padrões.
O percevejo-picasso se alimenta da seiva de plantas como cafeeiro, algodoeiro e algumas espécies de Citrus e Vernonia, podendo causar danos agrícolas.
Embora não haja predadores naturais identificados, acredita-se ser provável que o percevejo-picasso faça parte da cadeia alimentar de vertebrados e outros insetos.
Percevejos (Cimex lectularius) são pequenos insetos originários da Ásia que se espalharam globalmente devido à migração e ao comércio internacional.
Eles habitam locais escuros, quentes e pouco ventilados, como camas, sofás e frestas de móveis. Esses ambientes favorecem sua sobrevivência e reprodução.
Os percevejos são bem pequenos. Eles medem entre 5 e 7 mm, com corpo oval e achatado. Cada fêmea põe até 500 ovos em sua vida, e as condições de calor e umidade aceleram sua proliferação. Na foto, um macho inseminando uma fêmea.
Cidades de clima tropical atraem os percevejos, já que eles gostam de calor. O Rio de Janeiro é uma cidade com grande densidade populacional, alto fluxo turístico e condições ideais para o inseto proliferar.
As picadas dos percevejos não são venenosas, mas podem causar coceira intensa, inchaço e vermelhidão. Para tratar, lave a área com água e sabão, aplique anti-histamínicos e evite coçar. Procure um médico.
Mas se a pessoa tiver alergia, ela pode ficar com urticária e anafilaxia, que devem ser tratadas com antialérgicos ou corticosteróides prescritos por médicos de forma controlada.
Repelentes comuns contra insetos não costumam ser eficazes contra percevejos . É melhor optar por tratamentos químicos e limpeza profissional caso já haja a infestação.
Como prevenção, procure tomar algumas medidas simples, mas que ajudam a impedir a proliferação do percevejo. Entre elas, é importante selar as frestas dos móveis.
Utilize óleos de hortelã-pimenta, lavanda, árvore do chá ou capim-limão para afastar os percevejos. Pode-se fazer um spray com esses óleos e aplicá-lo do lado de fora da mala para não trazê-los na bagagem.
Lave as roupas de cama, cortinas e roupas pessoais regularmente por pelo menos 30 minutos. E recomenda-se que esse lavagem seja feita em água quente.
De vez em quando, procure secar as roupas em uma secadora, pois temperaturas elevadas, acima de 50ªC, ajudam a eliminar os percevejos.
Aspire o colchão e as áreas em volta da cama regularmente. Guarde as mochilas e as malas dentro de sacos plásticos.
Os percevejos podem ser confundidos com outros pequenos insetos como as baratinhas de livros (Liposcelis), piolhos-de-pombo e ácaros devido ao tamanho reduzido e presença em locais domésticos.
Além disso, pelo formato achatado e coloração marrom-avermelhada, os percevejos podem acabar lembrando pequenas ninfas de baratas.
Contudo, a alimentação e o comportamento de infestar colchões e móveis são características distintivas dos percevejos.
Além de humanos, percevejos podem atacar outros mamíferos de sangue quente, como cães, gatos, coelhos e até aves domésticas, se estiverem disponíveis.
Entretanto, eles preferem hospedeiros humanos devido à facilidade de o em residências e móveis. Espécies relacionadas, como Cimex hemipterus, também podem atacar aves em habitats específicos.
Já o percevejo Cimex pilosellus é frequentemente associado a morcegos, pois habita cavernas ou estruturas próximas a colônias dos temidos mamíferos voadores.