A extinção do final do período Ordoviciano eliminou cerca de 85% das espécies marinhas, mas é pouco lembrada por não envolver animais terrestres
Ao contrário de outras extinções ligadas ao calor, o Ordoviciano foi marcado por um resfriamento global seguido por aquecimento e desoxigenação dos oceanos
No Ordoviciano, a vida prosperava apenas no mar, com criaturas como corais, estrelas-do-mar, crinoides e braquiópodes dominando os ecossistemas
Há cerca de 450 milhões de anos, a Terra era quente, com alto teor de CO?, sem plantas ou animais em terra firme
A superfície terrestre era deserta, exceto por tapetes de algas simples, sem árvores, flores ou gramíneas
O Grande Evento de Biodiversificação do Ordoviciano gerou uma explosão de formas de vida e planos corporais no oceano
Braquiópodes, briozoários, corais e crinoides ocupavam camadas distintas dos mares, filtrando nutrientes em diferentes profundidades
A glaciação pode ter começado com o surgimento de plantas primitivas ou o movimento do supercontinente Gondwana rumo ao Polo Sul
Após o frio, o aquecimento reduziu drasticamente o oxigênio nos mares, afetando ainda mais os ecossistemas aquáticos
Erupções vulcânicas e explosões de algas estão entre as hipóteses para o colapso do oxigênio nos oceanos
Em números, foi a segunda maior extinção em massa, perdendo apenas para a do Permiano em taxa de desaparecimento de espécies
Apesar da escala, a extinção teve baixo impacto funcional: nenhuma categoria ecológica foi extinta completamente
Os ecossistemas marinhos se reorganizaram com velocidade, com muitos grupos sobreviventes diversificando novamente
A pouca fama do evento K-Pg se deve à popularidade da extinção dos dinossauros — criaturas carismáticas que despertam fascínio até hoje
Eventos que afetam organismos microscópicos, como o plâncton, costumam ser ignorados pelo público, apesar de sua importância
A extinção do Ordoviciano está tão distante no tempo que muitas vezes é esquecida, até por livros didáticos
O período foi palco de tentativas evolutivas ousadas, com animais testando novos modos de vida no mar
Altíssimos níveis de gás carbônico no Ordoviciano mantinham o planeta quente, até que eventos naturais inverteram esse cenário
A extinção ocorreu em duas etapas: primeiro a glaciação, depois o aquecimento — um padrão único entre os eventos similares
Mesmo sendo pouco conhecido, o evento do Ordoviciano mudou radicalmente a vida marinha e pavimentou novos caminhos evolutivos