HISTÓRIA

A extinção em massa que matou 85% da vida na Terra


Muito antes do asteroide que matou os dinossauros, a Terra enfrentou um colapso global há mais de 440 milhões de anos que dizimou a vida marinha

Por Bianca Lucca
Nasa/Reprodução

A extinção do final do período Ordoviciano eliminou cerca de 85% das espécies marinhas, mas é pouco lembrada por não envolver animais terrestres

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Ao contrário de outras extinções ligadas ao calor, o Ordoviciano foi marcado por um resfriamento global seguido por aquecimento e desoxigenação dos oceanos

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No Ordoviciano, a vida prosperava apenas no mar, com criaturas como corais, estrelas-do-mar, crinoides e braquiópodes dominando os ecossistemas

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Há cerca de 450 milhões de anos, a Terra era quente, com alto teor de CO?, sem plantas ou animais em terra firme

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A superfície terrestre era deserta, exceto por tapetes de algas simples, sem árvores, flores ou gramíneas

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O Grande Evento de Biodiversificação do Ordoviciano gerou uma explosão de formas de vida e planos corporais no oceano

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Braquiópodes, briozoários, corais e crinoides ocupavam camadas distintas dos mares, filtrando nutrientes em diferentes profundidades

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A glaciação pode ter começado com o surgimento de plantas primitivas ou o movimento do supercontinente Gondwana rumo ao Polo Sul

Sven Lidstrom, março de 2012/Divulgacao

Após o frio, o aquecimento reduziu drasticamente o oxigênio nos mares, afetando ainda mais os ecossistemas aquáticos

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Erupções vulcânicas e explosões de algas estão entre as hipóteses para o colapso do oxigênio nos oceanos

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Em números, foi a segunda maior extinção em massa, perdendo apenas para a do Permiano em taxa de desaparecimento de espécies

NASA/ESA/M.Kornmesser/Divulgação

Apesar da escala, a extinção teve baixo impacto funcional: nenhuma categoria ecológica foi extinta completamente

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Os ecossistemas marinhos se reorganizaram com velocidade, com muitos grupos sobreviventes diversificando novamente

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A pouca fama do evento K-Pg se deve à popularidade da extinção dos dinossauros — criaturas carismáticas que despertam fascínio até hoje

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Eventos que afetam organismos microscópicos, como o plâncton, costumam ser ignorados pelo público, apesar de sua importância

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A extinção do Ordoviciano está tão distante no tempo que muitas vezes é esquecida, até por livros didáticos

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O período foi palco de tentativas evolutivas ousadas, com animais testando novos modos de vida no mar

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Altíssimos níveis de gás carbônico no Ordoviciano mantinham o planeta quente, até que eventos naturais inverteram esse cenário

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A extinção ocorreu em duas etapas: primeiro a glaciação, depois o aquecimento — um padrão único entre os eventos similares

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Mesmo sendo pouco conhecido, o evento do Ordoviciano mudou radicalmente a vida marinha e pavimentou novos caminhos evolutivos

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