Para a pele artificial, os cientistas produziram uma solução que combina fibroblastos e queratinócitos humanos em conjunto com colágeno. Silvya Maria-Engler, coordenadora do laboratório de fisiopatologia da pele – iNova Pele, da Universidade de São Paulo (USP), diz que são necessárias células humanas bem específicas.
"Os principais tipos usados são os queratinócitos, que compõem a camada externa da pele, e os fibroblastos, encontrados na derme. O colágeno é o componente proteico da matriz extracelular, que proporciona e estrutural, ajudando na adesão celular e real recriação do ambiente tecidual."
Para o hidrogel, as células são multiplicadas em uma solução de meio de cultivo, que contém os nutrientes necessários para mantê-las vivas. Bruna Teixeira, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que o tom "rosinha" da solução é um marcador de acidez, o pH, e pode ser alterado. A técnica utilizada permite um crescimento mais livre. Também seria possível compor uma máscara de pele com impressão 3D de cada camada.