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Mas essa não é a única forma de contágio: pode-se contrair o HPV por meio do contato direto com pele ou mucosa infectadas.</p> <p class="texto">De acordo com Fabiano Serra, médico ginecologista e obstetra, existem tipos virais de HPV, que podem provocar desde verrugas até lesões precursoras de câncer — não apenas o de colo de útero, mas também outros, como de vagina, de vulva, orofaringe, de pênis e de ânus. "Muitas pessoas pensam que o HPV é um vírus da promiscuidade, que acontece com pessoas que têm muita relação sexual com vários parceiros, mas basta que apenas um parceiro já tenha contraído o HPV", afirma o médico.</p> <p class="texto">Um dos desafios da doença é que tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus, mas não apresentarem sintomas. Segundo Fabiano, as primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem em cerca de dois a oito meses, mas podem demorar <br /> até 20 anos. "Se fazemos a coleta e tentamos pesquisar o HPV, às vezes, o resultado dá negativo, mas não significa que a pessoa não tenha. O vírus pode estar escondido, incubado, e isso acontece por conta da latência viral."</p> <h3>Disparidade regional</h3> <p dir="ltr">Segundo dados da análise regional realizada pelo INCA, o câncer do colo de útero <a href="/brasil/2022/11/5054577-cancer-de-colo-de-utero-no-norte-e-tres-vezes-maior-que-o-registrado-no-sudeste.html">é o segundo mais incidente nas regiões Norte (20,48/100 mil) e Nordeste (17,59/100 mil)</a>, em relação às outras regiões do Brasil, apontando uma disparidade regional entre as mortes. “Esse é um câncer erradicável assim como vários outros relacionados ao HPV e a ainda temos esse número tão alto e tão forte para a gente nomear, que infelizmente é uma disparidade inclusive social”, lamenta Márcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.</p> <h3>Prevenção e métodos de rastreio</h3> <p class="texto">A vacinação contra o HPV é a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento do câncer de colo de útero. A vacina foi introduzida no Programa Nacional de Imunização Brasileira (PNI), oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2014. É um imunizante tetravalente, contra quatro tipos de HPV e, inicialmente, era exclusivo para meninas de 9 a 13 anos. Em 2017, porém, foi estendido para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, recomendação que permanece atualmente. </p> <p class="texto">Isso não quer dizer que pessoas fora dessa faixa não possam se imunizar. Atualmente, a vacina é aprovada em bula para meninos e meninas de 9 a 45 anos. A vacinação na faixa etária indicada pode ser feita gratuitamente em postos de saúde, os que desejam tomar o imunizante, mas ultraaram a idade de 14 anos podem procurar clínicas particulares.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/05/18/vacinacao_foto_lucio_bernardo_jr_2_2048x1360__1_-28040607.jpg" width="1200" height="796" layout="responsive" alt="Imunizante pode prevenir contra câncer de útero e no pênis"></amp-img> <figcaption>Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília - <b>Imunizante pode prevenir contra câncer de útero e no pênis</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">De acordo com o Ministério da Saúde, de 2019 para 2022, <a href="/cidades-df/2024/09/6927928-pioneiro-na-vacinacao-contra-o-hpv-df-esta-bem-abaixo-de-atingir-a-meta.html">a cobertura vacinal caiu</a> em 11,27% entre as meninas, e 9,39% entre os meninos. "Atualmente, tem um programa temporário de extensão para essa vacina, até os 19 anos. Ela foi criada justamente porque, durante o período de pandemia, várias crianças e adolescentes não foram vacinados", explica Andréa Gadêlha, médica oncologista e presidente do grupo brasileiro de tumores ginecológicos. </p> <p class="texto">Somados à vacina e ao uso de preservativos, <a href="/brasil/2024/12/7005596-brasil-avanca-no-combate-ao-cancer-de-colo-de-utero-com-foco-em-rastreio-e-vacina.html">os métodos de rastreio são importantes aliados</a> como estratégias de prevenção. Periodicamente, as mulheres devem realizar exame preventivo, que é capaz de detectar lesões pré-câncer. É preconizado pelo Inca que toda mulher a partir dos 25 anos deve fazer o papanicolau a cada três anos, e em casos de presença de lesões, todos os anos.</p> <p class="texto">O método mais eficaz de prevenção é o rastreio pelo DNA do HPV, que tem quatro vezes mais precisão no diagnóstico do que o papanicolau, com base em um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O exame é similar ao preventivo, uma vez que ambos envolvem a coleta da secreção do colo do útero, com a vantagem de conseguir antecipar e detectar mulheres que tenham um maior risco à doença, proporcionando um diagnóstico e tratamento mais preciso. </p> <p class="texto">A testagem é recomendada a cada cinco anos. 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Mirelle Moschella, jornalista e apresentadora da Band, recebeu o diagnóstico de câncer aos 34 anos, já em estágio avançado, no início da pandemia de covid-19. Ela suspeitou e procurou ajuda médica por conta de sangramentos. "Imaginava que seria uma menstruação desregulada, mas que, na verdade, já estava acontecendo há 11 dias. O meu corpo deu um sinal quando eu fui ao banheiro e tive uma hemorragia com coágulos muito grandes, que cabiam na palma da minha mão", relatou.</p> <p class="texto">Segundo Mirelle, receber o diagnóstico foi uma surpresa, já que sempre foi uma pessoa muito ativa, com uma alimentação saudável, com 34 anos e sem filhos. O processo de tratamento da apresentadora foi desafiador: ou por uma histerectomia total — cirurgia da retirada do útero e colo do útero — com sequência de sessões de radioterapia, quimioterapia e, por fim, braquiterapia, método com radiação diretamente no canal vaginal. Tudo isso durante a pandemia. </p> <p class="texto"><a href="/opiniao/2024/04/6846178-unidos-pela-saude-a-importancia-da-vacinacao-no-combate-ao-hpv.html">A importância da vacinação</a> foi ressaltada mais uma vez , já que ela não foi vacinada quando criança por falta de instrução e informação da família: "Na minha cabeça, só adolescentes e crianças receberam essa vacina. Então, como eu já tinha ado dos 30, pensava que a vacina não era para mim. Mas eu fui vacinada e estou com duas doses, indo para a terceira."</p> <h3>Rede de apoio</h3> <p class="texto">Receber um diagnóstico de câncer muda completamente a vida do paciente e é um momento de incertezas. O impacto emocional e físico da doença acaba exigindo muito mais do que um acompanhamento médico, mas também um e que vá além dos consultórios e hospitais. E com isso, a rede de apoio entra em ação: familiares e amigos têm um papel importante nessa jornada para tentar tornar essa etapa mais leve possível.</p> <p class="texto">Assim aconteceu com a atriz Mariana Xavier, que foi rede de apoio para a mãe quando ela enfrentou um câncer de colo de útero. "Quando recebemos o diagnóstico, foi um grande susto, porque a minha mãe tinha apenas 54 anos e sempre fez todos os exames regularmente. 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Março Lilás 195g6b um alerta às mulheres jovens
Saúde

Março Lilás: um alerta às mulheres jovens 5u3p3u

Na campanha Março Lilás, uma preocupação: o câncer de colo de útero é o que mais mata mulheres de até 36 anos no Brasil. A vacina contra o HPV e o uso de preservativo são os principais meios de prevenção 684j2e

O câncer de colo de útero é o que mais mata mulheres de até 36 anos no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que 19 brasileiras morrem diariamente vítimas da doença. É também o segundo tipo de tumor com mais mortes entre mulheres até 60 anos, seguido apenas do de mama. Não à toa, este mês, o Março Lilás, é dedicado à conscientização sobre esse tipo de câncer, que pode ser totalmente prevenido.

"No Brasil, temos um conhecimento muito grande sobre câncer de mama, mas o de colo de útero ainda é desconhecido por muitas mulheres. Por isso, tem-se um mês marcado, para a gente se conscientizar sobre a existência, entender o que tem que ser feito e o que podemos fazer para impedi-lo", enfatiza Marcela Mc Gowan, médica ginecologista e ex-participante do Big Brother Brasil. 

Ela participou do lançamento da campanha promovida pela MSD Brasil, empresa global que atua no desenvolvimento de vacinas e medicamentos, realizado em São Paulo. O objetivo do evento foi quebrar alguns tabus sobre a doença, além de informar e alertar sobre o câncer, que é o tipo que mais acomete mulheres jovens.

A modelo e apresentadora Fernanda Lima, embaixadora do evento e engajada na causa, comentou sobre a importância de iniciativas para trazer visibilidade e uma melhor disseminação de informação: "Eu acho que quando a gente faz uma comunicação carinhosa e verdadeira, conseguimos chegar ao maior número de pessoas. E se eu conseguir influenciar, impactar uma pessoa com essa informação, já me sinto vitoriosa". 

Reprodução/ Junior Rosa - A campanha de conscientização e prevenção sobre o câncer de colo de útero foi lançada na presença da embaixadora da campanha, Fernanda Lima, médicos, especialistas e um time de influenciadoras

HPV 1y2l3s

O câncer de colo do útero está diretamente relacionado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) — responsável por 99% dos casos, segundo o Inca. A principal forma de contaminação por esse vírus se dá por exposição sexual, que pode ocorrer mesmo na ausência de penetração. Mas essa não é a única forma de contágio: pode-se contrair o HPV por meio do contato direto com pele ou mucosa infectadas.

De acordo com Fabiano Serra, médico ginecologista e obstetra, existem tipos virais de HPV, que podem provocar desde verrugas até lesões precursoras de câncer — não apenas o de colo de útero, mas também outros, como de vagina, de vulva, orofaringe, de pênis e de ânus. "Muitas pessoas pensam que o HPV é um vírus da promiscuidade, que acontece com pessoas que têm muita relação sexual com vários parceiros, mas basta que apenas um parceiro já tenha contraído o HPV", afirma o médico.

Um dos desafios da doença é que tanto o homem quanto a mulher podem estar infectados pelo vírus, mas não apresentarem sintomas. Segundo Fabiano, as primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem em cerca de dois a oito meses, mas podem demorar
até 20 anos. "Se fazemos a coleta e tentamos pesquisar o HPV, às vezes, o resultado dá negativo, mas não significa que a pessoa não tenha. O vírus pode estar escondido, incubado, e isso acontece por conta da latência viral."

Disparidade regional 1l2qe

Segundo dados da análise regional realizada pelo INCA, o câncer do colo de útero é o segundo mais incidente nas regiões Norte (20,48/100 mil) e Nordeste (17,59/100 mil), em relação às outras regiões do Brasil, apontando uma disparidade regional entre as mortes. “Esse é um câncer erradicável assim como vários outros relacionados ao HPV e a ainda temos esse número tão alto e tão forte para a gente nomear, que infelizmente é uma disparidade inclusive social”, lamenta Márcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Prevenção e métodos de rastreio 5u3c37

A vacinação contra o HPV é a melhor maneira de prevenir o desenvolvimento do câncer de colo de útero. A vacina foi introduzida no Programa Nacional de Imunização Brasileira (PNI), oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2014. É um imunizante tetravalente, contra quatro tipos de HPV e, inicialmente, era exclusivo para meninas de 9 a 13 anos. Em 2017, porém, foi estendido para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, recomendação que permanece atualmente. 

Isso não quer dizer que pessoas fora dessa faixa não possam se imunizar. Atualmente, a vacina é aprovada em bula para meninos e meninas de 9 a 45 anos. A vacinação na faixa etária indicada pode ser feita gratuitamente em postos de saúde, os que desejam tomar o imunizante, mas ultraaram a idade de 14 anos podem procurar clínicas particulares.

Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília - Imunizante pode prevenir contra câncer de útero e no pênis

De acordo com o Ministério da Saúde, de 2019 para 2022, a cobertura vacinal caiu em 11,27% entre as meninas, e 9,39% entre os meninos. "Atualmente, tem um programa temporário de extensão para essa vacina, até os 19 anos. Ela foi criada justamente porque, durante o período de pandemia, várias crianças e adolescentes não foram vacinados", explica Andréa Gadêlha, médica oncologista e presidente do grupo brasileiro de tumores ginecológicos. 

Somados à vacina e ao uso de preservativos, os métodos de rastreio são importantes aliados como estratégias de prevenção. Periodicamente, as mulheres devem realizar exame preventivo, que é capaz de detectar lesões pré-câncer. É preconizado pelo Inca que toda mulher a partir dos 25 anos deve fazer o papanicolau a cada três anos, e em casos de presença de lesões, todos os anos.

O método mais eficaz de prevenção é o rastreio pelo DNA do HPV, que tem quatro vezes mais precisão no diagnóstico do que o papanicolau, com base em um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O exame é similar ao preventivo, uma vez que ambos envolvem a coleta da secreção do colo do útero, com a vantagem de conseguir antecipar e detectar mulheres que tenham um maior risco à doença, proporcionando um diagnóstico e tratamento mais preciso. 

A testagem é recomendada a cada cinco anos. Essa mudança traz melhor adesão e facilita o o ao exame, por conta do maior intervalo entre os exames. A tecnologia será implementada no SUS para toda população, seguindo as metas impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2030, que são aumentar a vacinação contra o HPV para 90% de cobertura; garantir que 70% das mulheres sejam examinadas pelo menos aos 35 e aos 45 anos; e assegurar que 90% das pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero recebam o tratamento necessário.

Reprodução/ Pinterest - A prevenção é a principal aliada Por que março? 1a3x5d

De acordo com diretor da unidade de negócios de vacinas privadas da MSD Brasil, Fernando Cirino, a escolha do mês de março para a campanha foi motivada pelas datas comemorativas do mês:

- 4 de março:  Dia Mundial da Conscientização sobre o HPV

- 8 de março: Dia Internacional das Mulheres

- 26 de março:  Dia Mundial da Prevenção contra o Câncer de Colo de Útero

 

Superação! 403j6n

O evento contou com o relato de um caso real. Mirelle Moschella, jornalista e apresentadora da Band, recebeu o diagnóstico de câncer aos 34 anos, já em estágio avançado, no início da pandemia de covid-19. Ela suspeitou e procurou ajuda médica por conta de sangramentos. "Imaginava que seria uma menstruação desregulada, mas que, na verdade, já estava acontecendo há 11 dias. O meu corpo deu um sinal quando eu fui ao banheiro e tive uma hemorragia com coágulos muito grandes, que cabiam na palma da minha mão", relatou.

Segundo Mirelle, receber o diagnóstico foi uma surpresa, já que sempre foi uma pessoa muito ativa, com uma alimentação saudável, com 34 anos e sem filhos. O processo de tratamento da apresentadora foi desafiador: ou por uma histerectomia total — cirurgia da retirada do útero e colo do útero — com sequência de sessões de radioterapia, quimioterapia e, por fim, braquiterapia, método com radiação diretamente no canal vaginal. Tudo isso durante a pandemia. 

A importância da vacinação foi ressaltada mais uma vez , já que ela não foi vacinada quando criança por falta de instrução e informação da família: "Na minha cabeça, só adolescentes e crianças receberam essa vacina. Então, como eu já tinha ado dos 30, pensava que a vacina não era para mim. Mas eu fui vacinada e estou com duas doses, indo para a terceira."

Rede de apoio 301i70

Receber um diagnóstico de câncer muda completamente a vida do paciente e é um momento de incertezas. O impacto emocional e físico da doença acaba exigindo muito mais do que um acompanhamento médico, mas também um e que vá além dos consultórios e hospitais. E com isso, a rede de apoio entra em ação: familiares e amigos têm um papel importante nessa jornada para tentar tornar essa etapa mais leve possível.

Assim aconteceu com a atriz Mariana Xavier, que foi rede de apoio para a mãe quando ela enfrentou um câncer de colo de útero. "Quando recebemos o diagnóstico, foi um grande susto, porque a minha mãe tinha apenas 54 anos e sempre fez todos os exames regularmente. Felizmente, na época, eu morava com ela e tive toda a possibilidade de ser essa rede de apoio, de acompanhar todo esse tratamento, dar todo o amparo financeiro, físico, emocional, que muita gente não tem."

Para a atriz, é necessário usar toda a sua influência para disseminar informações sobre a doença: "A partir de toda essa informação que tive durante essa vivência com a minha mãe, senti que fazia parte do meu papel social usar minha visibilidade para alertar outras pessoas, e tentar evitar que outras em pelo que a gente ou, tanto a minha mãe como o paciente, quanto eu, como familiar e cuidadora", relatou Mariana. 

*Estagiária sob a supervisão
de Sibele Negromonte

* A estagiária viajou a São Paulo
a convite da MSD Brasil

 

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Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília - Imunizante pode prevenir contra câncer de útero e no pênis
Reprodução/ Junior Rosa - A campanha de conscientização e prevenção sobre o câncer de colo de útero foi lançada na presença da embaixadora da campanha, Fernanda Lima, médicos, especialistas e um time de influenciadoras
Reprodução/ Pinterest - A prevenção é a principal aliada