O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta quarta-feira (14/5) que pretende, caso vença as eleições presidenciais de 2026, conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e demais acusados. A declaração faz parte do movimento político de Caiado, que lançou sua pré-candidatura no mês ado, para atrair a simpatia dos eleitores bolsonaristas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda é, no entanto, o principal nome cotado dentro do campo da direita para concorrer ao Palácio do Planalto, embora não tenha oficializado sua pré-candidatura. “Caiado vai chegando na Presidência da República e, no meu momento, vou resolver esse assunto, anistiar essa situação toda. E vamos discutir o problema de crescimento e de pacificação do país”, afirmou o governador goiano, durante entrevista à GloboNews.
Falando em terceira pessoa, Caiado sinalizou claramente sua disposição de liderar um projeto de reconciliação nacional, centrado na superação da polarização política e na retomada de pautas econômicas. “Ronaldo Caiado, presidente da República, vou anistiar e começar uma nova história no Brasil”, declarou.
O governador destacou ainda sua experiência política, iniciada em 1989, o que o capacitaria para concorrer nas próximas eleições. “Hoje eu sou do maior partido do país, tenho experiência de cinco mandatos de deputado federal e sou consagrado por ser o governador mais bem avaliado no país nos últimos três anos. Mais do que nunca, me sinto credenciado a ir para o debate, com toda a humildade. No primeiro turno, vamos disputar, debater. Vou mostrar o que eu fiz”, afirmou.
A proposta de anistia é uma bandeira defendida por Jair Bolsonaro e pelo Partido Liberal (PL), que atuam para livrar apoiadores condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, bem como réus que respondem a ações no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em tentativa de golpe após as eleições de 2022.
O ex-presidente está inelegível desde junho de 2023 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha presidencial. A pena de inelegibilidade se estende até 2030, o que impede sua candidatura nas próximas eleições gerais.
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