Esplanada

Governo quer reação coordenada contra violência política de gênero, diz ministra

Ao tomar posse nesta quarta-feira (28/5), a titular da pasta das Mulheres, Márcia Lopes, prometeu articulação nacional após ataques sofridos por Marina Silva

"É isso que precisamos: coragem, mobilização, resposta rápida. E isso precisa ser debatido com todas as lideranças femininas do país", destacou Márcia - (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Na posse como nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes fez duras críticas aos ataques dirigidos à ministra Marina Silva durante uma audiência no Senado. Em coletiva à imprensa, a titular da pasta afirmou que o governo precisa reagir com mais vigor à violência política de gênero e construir uma estratégia conjunta para enfrentar esse tipo de agressão.

“Estamos estarrecidas. Décadas de luta das mulheres por respeito não podem ser ignoradas. O que vimos com a Marina é inissível”, disse Márcia, ao defender que a resposta à violência não pode se limitar a manifestações isoladas. Segundo ela, o presidente Lula, que já se solidarizou com Marina Silva, deve cobrar providências junto ao Congresso Nacional.

A ministra apontou ainda que o caso expõe a necessidade urgente de preparar lideranças e militantes para reagirem em situações semelhantes. “Se eu estivesse lá, eu teria agido. É isso que precisamos: coragem, mobilização, resposta rápida. E isso precisa ser debatido com todas as lideranças femininas do país”, destacou.

Márcia também afirmou que já estão em curso articulações com a Secretaria da Mulher da Câmara, agora sob o comando da deputada Jack Rocha (PT-ES), para definir mecanismos de proteção e estratégias de reação a ataques durante eventos públicos. A iniciativa deverá culminar em uma nova rodada de campanhas educativas e medidas legislativas.

Por fim, Márcia destacou que a escalada da violência política contra mulheres não é um fenômeno isolado. “Foi isso que se espalhou no Brasil nos últimos anos: o medo, a perseguição, a naturalização da violência. Precisamos romper com essa lógica e garantir segurança para as mulheres na política e na sociedade”, concluiu.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 28/05/2025 17:36 / atualizado em 28/05/2025 17:38
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