8 de janeiro

Defesa de mulher que pichou estátua com batom recorre de condenação no STF

Advogados argumentam que confissão de Débora Rodrigues dos Santos não foi levada em consideração pela Corte e pede progressão para regime semiaberto

Débora Rodrigues alegou, em depoimento, estar arrependida. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar em Paulínia (SP), por autorização do STF -  (crédito: Redes sociais)
Débora Rodrigues alegou, em depoimento, estar arrependida. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar em Paulínia (SP), por autorização do STF - (crédito: Redes sociais)

A defesa da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que pichou "perdeu, mané" na estátua A Justiça durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, recorreu contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) — que condenou a golpista a 14 anos de prisão. No recurso, os advogados pedem que a mulher continue cumprindo a pena em regime domiciliar e que o tempo em que ela esteve presa preventivamente seja contabilizado no tempo total da sua pena.

Débora recebeu a condenação por ser classificada como uma das executoras da invasão e depredação às sedes dos prédios. Segundo o processo, ela confessou sua participação nos atos golpistas, confirmando que esteve no acampamento ilegal. 

No recurso, os advogados pedem a manutenção do regime com base no artigo 117 da Lei de Execuções Penais, que ite a prisão domiciliar quando a acusada tiver filhos menores de idade. Para a defesa, o STF não levou em consideração a confissão dela na definição da pena.

“A confissão da recorrente auxiliou na fundamentação da sua condenação, mas não foi considerada em razão da atenuação da pena, razão pela qual a atenuante deve ser considerada”, diz o documento. 

Atualmente, mulher cumpre prisão domiciliar em Paulínia (SP), por autorização do STF, e cumpre medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e afastamento das redes sociais. A defesa também pede que o celular de Débora, confiscado durante as investigações, seja devolvido. “O processo restou julgado, bem como, o celular já foi periciado, não havendo razão para que o bem permaneça apreendido.” 

A extremista é acusada de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. Ela foi denunciada pela PGR após ser flagrada vandalizando a Estátua da Justiça em 8 de janeiro de 2023.

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postado em 15/05/2025 15:23 / atualizado em 15/05/2025 15:29
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