
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) comunicou nesta quarta-feira (7/5) que os cinco opositores de Nicolás Maduro resgatados da Embaixada da Argentina em Caracas foram retirados do local sem o conhecimento do governo brasileiro. A embaixada estava sob custódia do Brasil desde a expulsão de diplomatas argentinos por Maduro.
A extração foi anunciada pelos Estados Unidos. Em nota, o Itamaraty afirmou que fez “inúmeros” pedidos de salvo-condutos para a retirada dos asilados, todos venezuelanos, mas eles foram negados. A pasta comentou ainda que a medida põe fim ao drama vivido, que durou mais de 400 dias.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, na noite de ontem (6), da saída dos venezuelanos que se encontravam asilados na residência da embaixada da Argentina em Caracas, desde março do ano ado”, disse o Itamaraty. O Brasil era responsável desde março de 2024 pela Embaixada da Argentina em Caracas, em acordo com o governo Milei.
Maduro expulsou a representação diplomática argentina do país após críticas do presidente Javier Milei às eleições que mantiveram o chavista no poder, acusadas de fraude por dezenas de países e organizações internacionais.
Estados Unidos anunciaram o resgate
Ontem, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a retirada dos opositores nas redes sociais, afirmando que os cinco venezuelanos resgatados já estão em solo americano. O governo dos EUA não deu detalhes da operação. A embaixada estava cercada pelas forças de segurança de Maduro.
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“O Brasil gestionou inúmeras vezes, no mais alto nível, para que fossem concedidos os salvo-condutos necessários e ofereceu transportar os asilados por via aérea, de modo a solucionar diplomaticamente a crise. As reiteradas gestões não foram atendidas”, apontou ainda o Itamaraty
“O anúncio da saída põe fim a esse episódio e ao drama vivido pelos asilados durante mais de 400 dias”, acrescentou a pasta.