
A presidência da COP30 — 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) —, que será realizada em Belém neste ano, divulgou uma nota de pesar pela morte do papa Francisco, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21/4).
Segundo o texto, Francisco foi um "ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais", e publicou a primeira encíclica papal que tratou sobre as mudanças climáticas.
O pontífice argentino avaliava visitar Brasília em julho deste ano para participar das preparações para a COP30, segundo revelado hoje pelo cardeal da Arquidiocese de Brasília, Paulo Cezar Costa, durante coletiva de imprensa sobre a morte do líder religioso.
"Papa Francisco foi não só um exemplo de dignidade humana, respeito e acolhimento, mas um ativista climático, defensor da natureza, das florestas e dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A Laudato si’, publicada em 2015, e sua defesa de uma ecologia integral inspiraram o consenso que, poucos meses depois, permitiu a adoção do histórico Acordo de Paris", diz a nota.
A presidência da COP é composta pelo presidente, embaixador André Corrêa do Lago, pela secretária-executiva, Ana Toni, e pelo campeão do clima, Dan Ioschpe.
Francisco atou pela defesa do meio ambiente
"Que os ensinamentos do papa Francisco e sua corajosa liderança sirvam de exemplo em um momento-chave para acelerarmos a implementação do Acordo de Paris e de soluções climáticas. Seu legado nos inspirará na COP 30 e na mobilização de um mutirão global para combater a mudança do clima sem deixar ninguém para trás", continua o texto.
O papa Francisco se destacou ao defender o cuidado com o meio ambiente. Na Laudato si’, publicada com o subtítulo "sobre o cuidado da casa comum", ele criticou o consumismo e o desenvolvimento sem responsabilidade ambiental, e também apontou a relação entre a crise climática e a pobreza.