A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, protocolou uma queixa-crime por injúria e difamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) após falas machistas do parlamentar nas redes sociais.
A petição foi enviada na noite de ontem (19), e pede também indenização de R$ 30 mil por danos morais.
“De forma criminosa, o querelado utilizou-se do seu perfil na rede social denominada X (antigo Twitter), para promover ataques diversos e ofensas desarrazoadas, temperadas com afirmações agressivas e lascivas contra a atual ministra das Relações Institucionais do país”, escreveram os advogados de Gleisi na petição, à qual o Correio teve o.
Um outro pedido foi enviado pela ministra e pelo Partido dos Trabalhadores (PT), representado pelo atual presidente da legenda, senador Humberto Costa (PT-PE), à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de um inquérito contra Gayer.
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Após fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Gleisi, dizendo que colocou uma “mulher bonita” para cuidar da articulação política — que também foi criticada e considerada machista —, Gayer fez uma série de ataques à ministra nas redes sociais, envolvendo ainda o namorado da parlamentar, deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara.
“Vai mesmo aceitar seu chefe oferecer sua esposa para o (presidente da Câmara) Hugo Motta como um cafetão oferece uma GP (garota de programa)? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe, e você fica calado?”, escreveu Gayer.
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Em outra postagem, o deputado afirmou: “Me veio a imagem da Gleisi, do Lindbergh e do (presidente do Senado) Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!”. Lindbergh também já apresentou queixa-crime ao STF.
O PT e senador Davi Alcolumbre (União-AP) repudiaram a fala, e acionaram o Comitê de Ética da Câmara dos Deputados pela cassação do mandado de Gayer. Além disso, Alcolumbre também afirmou que vai acionar o STF contra o parlamentar.