Oposição

Flávio Bolsonaro acusa Lula de "aparelhar o STM" e critica nova presidente da Corte

Senador disse que a ministra Maria Elizabeth fala "fora dos autos" e criticou a indicação da ex-advogada de Gleisi, Verônica Abdalla Sterman, para uma cadeira no tribunal 

"Vamos trabalhar contra sua aprovação no Senado!", escreveu o senador sobre indicação de advogada à vaga no STM - (crédito: Saulo Cruz/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) fez uma série de ataques às escolhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Superior Tribunal Militar (STM). Por meio das redes sociais, nesta sexta-feira (14/3), ele afirmou que o chefe do Executivo está “aparelhando” a Corte militar e disse que a nova presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha, “não se aguenta e fala fora dos autos”. 

“Para quem não percebeu ainda, até o Superior Tribunal Militar está sendo aparelhado politicamente por Lula. Primeiro, com uma presidente militante, que não se aguenta e já fala fora dos autos. Agora, indicando o nome da [ex-] advogada de Gleisi Hoffmann para compor a corte. Vamos trabalhar contra sua aprovação no Senado!”, escreveu o senador.

Na semana ada, Lula indicou Verônica Abdalla Sterman para uma cadeira no STM. Ela é ex-advogada da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Maria Elizabeth tomou posse nesta semana como presidente da corte militar. A ministra entrou para a história por ser a primeira mulher nomeada à presidência em 217 anos de funcionamento da instituição. 

O STM é composto por 15 integrantes, sendo cinco civis e 10 militares. As cadeiras estão distribuídas entre quatro vagas destinadas ao Exército, três à Marinha e três à Aeronáutica. Maria Elizabeth faz parte da instituição desde 2007 quando foi indicada pelo então presidente Lula, para ocupar uma das três cadeiras previstas para a advocacia.

Em coletiva de imprensa após a posse, a presidente do STM disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser julgado por crimes militares e, caso seja condenado pela Corte, pode perder a patente militar de capitão. Ela foi questionada sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da trama golpista — que também envolve militares.  

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“Se for o caso, sim, ele [Bolsonaro] pode ser submetido a um Conselho de Justificação, a representação de dignidade. Ele pode ser julgado também por crimes militares, como dissitação, por exemplo, dissitação à tropa. Então, tudo vai depender de como é que vai ser feita a curação penal do Supremo Tribunal Federal”, disse Maria Elizabeth. 


Luana Patriolino
postado em 14/03/2025 17:02
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