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STF decide ser possível novo júri popular em 'absolvição por clemência' 1c5259
JUSTIÇA

STF decide ser possível novo júri popular em 'absolvição por clemência' 4x631n

Corte entende que tribunal de segunda instância pode determinar a realização de novo julgamento quando a absolvição ocorre contrariando todas as provas no processo 2j5v1q

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, nesta quarta-feira (02), por maioria, que é possível que tribunais de segunda instância determinem a realização de um novo júri popular nos casos em que o réu é absolvido "por clemência ou compaixão", mesmo havendo provas de participação no crime. A corte ainda decide a tese, ou seja, um resumo da decisão que vai servir para nortear decisões nos tribunais inferiores.

O Tribunal do Júri está previsto na Constituição e é formado por sete pessoas voluntárias ou convocadas pela Justiça que atuam como jurados. No Tribunal do Júri não existe a obrigação de que os julgadores tenham formação na área do direito. É uma forma de participação popular no papel da Justiça.

Neste tribunal são julgados crimes dolosos contra a vida, ou seja, nos casos em que existe intenção de cometer o delito, que envolve homicídio, feminicídio e infanticídio. O júri popular pode absolver um réu mesmo entendendo que existem provas suficientes para confirmar a participação dele no crime. Nestes casos, ocorre a absolvição por "clemência" ou "compaixão".

O jurado popular não é obrigado a fundamentar sua resposta para a tradicional pergunta feita nas audiências: o jurado absolve o acusado? A Constituição Federal prevê que o júri popular é soberano, portanto, em tese, suas decisões não podem ser alteradas por meio de recurso a ser apresentado pelo Ministério Público.

Porém, a maioria dos ministros entendeu que é possível a determinação para a realização de um novo júri. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, entendeu que a decisão do júri não pode ser alterada. Para ele, existe, no entanto, uma exceção para os casos em que o réu é absolvidoapós a defesa alegar legítima defesa da honra em casos de feminicídio.

“Viola a soberania dos veredictos a determinação, por Tribunal de 2º grau, de novo júri, em julgamento de recurso interposto contra absolvição assentada no quesito genérico, ante suposta contrariedade à prova dos autos (art. 593, III, d, P), de modo que, nessa hipótese, não é cabível apelação acusatória com base em tal fundamento. Ficam ressalvadas as hipóteses de absolvição em casos de feminicídio, quando, de algum modo, seja constatado que a conclusão dos jurados se deu a partir da tese da legítima defesa da honra (ADPF 779)”.

O ministro Edson Fachin abriu divergência e votou para que seja possível anular a absolvição nos casos em que ela ocorre de forma "genérica", por "clemência", totalmente contrária às provas apresentadas nos autos. "É compatível com a garantia da soberania dos vereditos do Tribunal do Júri a decisão do Tribunal de Justiça que anula a absolvição fundada em quesito genérico, desde que inexistam provas que corroborem a tese da defesa ou desde que seja concedida clemência a casos que, por ordem constitucional, são insuscetíveis de graça ou anistia", votou Fachin.

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