
As comissões de Educação e de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados receberam, nesta terça-feira (5/7), o ministro da Educação, Victor Godoy Veiga, e o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner de Campos Rosário, para prestar esclarecimentos sobre as acusações de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos, o que resultou na operação o Pago da Polícia Federal, com a prisão de pastores envolvidos e do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.
O ministro Victor Godoy da Veiga respondeu sobre as ações tomadas assim que houve conhecimento das acusações. “Vale lembrar que a primeira ação que foi tomada em relação a esse assunto foi uma denúncia do próprio MEC à CGU, quando tínhamos os primeiros relatos de uma possível irregularidade ocorrendo, ainda sem nenhum elemento concreto, eu pessoalmente reduzi isso a termo com a autorização do ex-ministro”, ressaltou.
Veiga também afirmou ter tomado medidas preventivas quando assumiu o cargo, no lugar de Ribeiro. “Na primeira reunião que tive com o presidente do FNDE, solicitei a ele que suspendesse toda e qualquer operação que pudesse ter qualquer relação com as investigações em curso. Orientei ao FNDE que fizesse apurações internas para apuração quanto ao cumprimento de todas as regras das s dos termos de compromisso, e solicitei que fossem feitos levantamentos de informações no próprio MEC, na base de dados disponíveis, e encaminhei à CGU para auxiliar todas as investigações”, disse o ministro. Ele ainda revelou que fez diversas exonerações para que as investigações ocorressem “sem qualquer tipo de interferência”.
O ministro Wagner de Campos Rosário frisou que os dados das investigações seguem em segredo de justiça, e que a CGU conduz outras duas investigações internas concomitantemente. “A primeira, sobre pontos que foram identificados na primeira investigação, e a segunda que trata mais especificamente sobre a liberação de recursos do FNDE. Toda a liberação de recursos nesse último ano, para verificar se existe qualquer processo de liberação de recursos que tenha irregularidades. Até agora não temos o resultado desta auditoria, não conseguimos afirmar se houve ingerência desses pastores dentro do processo”, disse.
Além disso, os ministros foram ouvidos sobre a tentativa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em comprar mesas e cadeiras escolares com sobrepreço de R$ 1,59 bilhão, segundo auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), e acerca da situação das instituições federais de ensino, em especial a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em decorrência do corte de verbas.
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