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Opinião

Maria e o papa Francisco 6w1x1q

Desde o primeiro dia de seu papado, ao dirigir-se silenciosamente à Basílica de Santa Maria Maior para confiar seu pontificado à Virgem, até a decisão de ser ali sepultado, Francisco reafirmou a centralidade de Maria na vida da Igreja 3j2i5s

PEDRO LUIZ DIAS, bacharel em teologia, ciências jurídicas e comunicação. Integrante da Família Redentorista e da Academia Marial de Aparecida (SP)

O pontificado de Francisco, o papa jesuíta com nome franciscano, encerra-se com uma herança espiritual de singular riqueza para o universo cristão. Sua trajetória como bispo de Roma — marcada pela humildade, pela sensibilidade pastoral e pela coragem de conduzir a Igreja em tempos complexos — foi também profundamente mariana. Em sua devoção à Mãe de Deus, Francisco encontrou força, inspiração e direção para seu ministério petrino.

Desde o primeiro dia de seu papado, ao dirigir-se silenciosamente à Basílica de Santa Maria Maior (Santa Maria Maggiore) para confiar seu pontificado à Virgem, até a decisão de ser ali sepultado — como expressou em seu testamento espiritual —, Francisco reafirmou, não apenas com palavras, mas com gestos concretos, a centralidade de Maria na vida da Igreja.

Chamava-nos a tratá-lo simplesmente por Francisco, mesmo sendo o papa, e assim permaneceu fiel à espiritualidade franciscana de despojamento e proximidade com o povo. No entanto, sua formação como jesuíta o levou também a um olhar atento, disciplinado e teológico sobre a realidade eclesial. Foi nesse espírito de discernimento que ele abordou o fenômeno das mariofanias — as aparições de Nossa Senhora ao redor do mundo.

Em tempos de crescente secularização, em que a espiritualidade popular e os fenômenos místicos convivem com o ceticismo e a racionalidade científica, Francisco sentiu a urgência de oferecer à Igreja critérios renovados para analisar e acolher, com responsabilidade e sensibilidade pastoral, os relatos de aparições marianas.

Essas diretrizes foram apresentadas publicamente durante uma palestra do padre Alexandre Awi Mello — então secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida — em um Congresso Internacional de Mariologia. Hoje, como superior geral do Movimento Apostólico de Schoenstatt, o padre Awi compartilha as normas aprovadas pelo papa Francisco para o discernimento das mariofanias. O foco das novas orientações não se limita à verificação de sinais extraordinários, mas prioriza a coerência com a doutrina cristã e os frutos espirituais gerados — como conversão, caridade, oração e comunhão eclesial —, além da fidelidade à mensagem do Evangelho.

Foi nesse contexto que este estudante leigo de teologia, à época em fase final da redação de seu livro Maria vive, viva Maria! A magnífica devoção a Nossa Senhora em tempos de secularidade (Editora Literare), encontrou um ponto de virada pessoal. Ao assistir à palestra do padre Awi, sentiu-se como que interpelado diretamente pela Mãe de Deus. Percebeu que seu trabalho não era apenas um esforço acadêmico, mas uma missão vocacional. O livro, que pretendia inicialmente analisar a permanência da devoção mariana em contextos modernos e urbanos, ganhava agora um novo contorno: o de testemunho vivo de fé num tempo em que Maria continua a se fazer presente.

Francisco, com sua visão pastoral e mística, ofereceu à Igreja um olhar equilibrado sobre os fenômenos espirituais. Reconheceu o valor da piedade popular sem cair em ingenuidades e encorajou o discernimento com base na escuta do Espírito. Ensinou que Maria não é uma figura do ado, mas presença viva no caminho da Igreja.

Ele nos ensinou a olhar para Maria como quem olha para uma mãe. Aquela que cuida, que consola, que aponta para Jesus. Disse certa vez: "Quando o cristão perde Maria, perde a bússola. Não sabe mais para onde ir." Com Maria, a fé se faz mais humana, mais próxima, mais esperançosa.

Assim, o papa Francisco e as aparições marianas entrelaçam-se como fios de um mesmo manto espiritual. Nele, Maria envolve a Igreja com sua ternura materna e a conduz — mesmo em meio às tempestades e incertezas — com a firmeza da estrela que aponta para Cristo.

 

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