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Ultraar o teto estipulado em Paris não pode ser entendido como o fim do acordo ou da esperança de que é viável estabelecer uma relação sustentável com o planeta.</p> <p class="texto">Ao <strong>Correio</strong>, Ernesto Rodríguez Camino, meteorologista da Associação Meteorológica da Espanha, ressaltou que o mais importante é evitar que os números recordes se tornem "uma nova norma de longo prazo", o que demanda a adoção de outras medidas para limitar as emissões de gases de efeito estufa, já que as atuais são "claramente insuficientes". Não à toa, espera-se que os países cheguem à próxima Conferência do Clima com as metas climáticas revistas e mais ambiciosas.</p> <p class="texto">Nesse sentido, fará diferença a postura adotada pelo Brasil nas próximas mesas de negociação climática. O país é sede da COP30, em novembro, e preside, neste ano, o Brics, grupo com integrantes que estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, como China, Rússia e Índia. 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Visão do Correio 596o2c Limite climático exige melhores respostas
Opinião

Visão do Correio: Limite climático exige melhores respostas 5e333p

É suicida aceitar que fenômenos como seca extrema, ondas de calor intenso e incêndios de grandes proporções farão invariavelmente parte do cotidiano das cidades, demandando a resiliência de seus moradores para se adaptarem aos novos tempos 23e4p

Impulsionada pelo Globo de Ouro, Fernanda Torres tinha uma série de compromissos em Los Angeles, na última semana, para pavimentar o caminho de Ainda estou aqui rumo ao Oscar. A Califórnia, porém, arde em chamas desde terça-feira, comprometendo a rotina da icônica cidade norte-americana. Fernanda saiu de cena para se proteger de "uma tempestade de fogo histórica e perfeita", resultado da combinação sem precedentes de incêndios florestais, ventos fortes, seca extensa, pouco controle e múltiplos focos. Mas o enredo é muito mais dramático: o desafio de lidar com os recordes climáticos se espalha pelo planeta junto com a perigosa sensação de que se configura um "novo normal" a partir da recorrência dos fenômenos extremos.

Relatórios divulgados nos últimos dias por diferentes centros de estudo climático confirmam a gravidade da situação. Como esperado, 2024 foi o ano mais quente da história, mas também o primeiro em que se ultraou o teto de aumento de temperatura de 1,5ºC, em relação a níveis pré-industriais, definido no Acordo de Paris, em 2015. O limite foi estabelecido, à época, para 2100. Porém, em três quartos dos dias de 2024, a média registrada pelos termômetros ultraou o combinado, segundo o observatório Copernicus, da União Europeia.

O Brasil fechou o ano ado com um aquecimento médio de 1,8ºC, conforme o Berkeley Earth. O centro climático estadunidense também calcula que 40% da população mundial, o equivalente a 3,3 bilhões de pessoas, enfrentou calor recorde nos últimos 12 meses — o número de atingidos é mais um inédito. Na avaliação da Organização das Nações Unidas, o compilado de dados prova "que o aquecimento global é um fato incontestável". Irrefutável, mas não definitivo.

É suicida aceitar que fenômenos como seca extrema, ondas de calor intenso e incêndios de grandes proporções farão invariavelmente parte do cotidiano das cidades, demandando a resiliência de seus moradores para se adaptarem aos novos tempos. Ultraar o teto estipulado em Paris não pode ser entendido como o fim do acordo ou da esperança de que é viável estabelecer uma relação sustentável com o planeta.

Ao Correio, Ernesto Rodríguez Camino, meteorologista da Associação Meteorológica da Espanha, ressaltou que o mais importante é evitar que os números recordes se tornem "uma nova norma de longo prazo", o que demanda a adoção de outras medidas para limitar as emissões de gases de efeito estufa, já que as atuais são "claramente insuficientes". Não à toa, espera-se que os países cheguem à próxima Conferência do Clima com as metas climáticas revistas e mais ambiciosas.

Nesse sentido, fará diferença a postura adotada pelo Brasil nas próximas mesas de negociação climática. O país é sede da COP30, em novembro, e preside, neste ano, o Brics, grupo com integrantes que estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, como China, Rússia e Índia. A volta de Donald Trump, adepto do negacionismo climático, à presidência dos Estados Unidos, deixa a agenda ainda mais desafiadora. Com tantos conflitos de interesse e a comprovada trajetória acelerada de aquecimento, é plausível esperar que 2025 não fuja da curva e também registre os seus recordes. Mas que seja em um momento de redefinição de rota. A barreira da sobrevivência ainda não foi definitivamente ultraada.

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