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Como destaca o professor Dawisson Belém Lopes, do Departamento de Ciência Política da  Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nosso país é um dos quatro que figuram no top 10 mundial em tamanho territorial, população e economia, ao lado dos Estados Unidos, da Índia e da China. </p> <p class="texto">A missão está nas mãos da equipe coordenada pelo embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o sherpa — denominação importada dos povos e guias que habitam o Himalaia e ajudam alpinistas a chegarem ao topo do Everest — escolhido pelo presidente Lula para representar o Brasil na ocasião.</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/24/1200x801/1_53878514491_dcd38e31d7_k-39104770.jpg?20240724215408?20240724215408", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/24/1000x1000/1_53878514491_dcd38e31d7_k-39104770.jpg?20240724215408?20240724215408", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/24/800x600/1_53878514491_dcd38e31d7_k-39104770.jpg?20240724215408?20240724215408" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 116n4z

G20 6h1ue chance para o protagonismo
Visão do Correio

G20: chance para o protagonismo 6q653l

Além de se fortalecer globalmente, o Brasil pode sair do encontro da semana que vem como uma verdadeira liderança do Sul Global ef69

O Brasil sedia, na próxima semana, o encontro anual do G20. Entre 18 e 19 de novembro, as 20 principais economias do mundo, entre outras convidadas, vão discutir o futuro e o presente do planeta no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro. Como atual líder do grupo, a partir de uma presidência que alterna entre os membros todos os anos, o país conduzirá uma agenda que é uma oportunidade de ouro para se posicionar como protagonista entre as nações do chamado Sul Global.

A história do mundo como conhecemos é contada a partir da ótica de quem domina os meios de produção e, por consequência, a economia. Países colonizados, como o Brasil, dificilmente têm a oportunidade de se sentar à mesa ao lado de líderes mundiais dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido, da Alemanha e do Canadá, para citar alguns exemplos. Portanto, reuniões como a do G20 configuram uma chance para sustentar pontos de vista que favoreçam o Sul Global. 

Nesse sentido, o Brasil conta com trunfos que vão além da momentânea presidência do G20. Historicamente, nosso país é visto a partir de uma diplomacia pragmática e objetiva, que evita conflitos para ter bom trânsito em todos os corredores. É a receita para poder se sentar à mesa com quem quer que seja. A história mostra isso: o último conflito com participação direta brasileira aconteceu há 150 anos, a Guerra do Paraguai. 

O momento geopolítico, no entanto, se mostra desafiador até para quem opta pelo pragmatismo. As guerras em curso no território ucraniano e no Oriente Médio evidenciam riscos diplomáticos para todas as nações. Mas, onde há risco, há também a possibilidade de se mostrar influente. No ano ado, a cúpula do G20 deixou a Índia, onde o encontro ocorreu, com uma declaração final insossa, após muita discordância entre os países-membros. As divergências pousaram principalmente sobre os tratamentos antagônicos acerca dos dois conflitos citados. 

Enquanto a parte mais rica do bloco — o chamado G7 — defendia a condenação da Rússia no texto, algo que o Kremlin, evidentemente, contestava, outra fatia cobrava o mesmo tratamento a Israel, diante dos constantes ataques aos palestinos na Cisjordânia. Ofensivas essas que, atualmente, se estenderam também ao Líbano e à Síria. 

Neste ano, a partir do histórico heterogêneo do Itamaraty, o Brasil tem a oportunidade de costurar uma declaração final do G20 assertiva, que problematize os dois conflitos, mas também outros assuntos de interesse da população mundial, como o desenvolvimento sustentável, o combate à desigualdade social e a efetiva participação de todas as nações nos avanços tecnológicos, a partir de uma maior inclusão digital no que tange à inteligência artificial. 

Além de se fortalecer globalmente, o Brasil pode sair do encontro da semana que vem como uma verdadeira liderança do Sul Global. Como destaca o professor Dawisson Belém Lopes, do Departamento de Ciência Política da  Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nosso país é um dos quatro que figuram no top 10 mundial em tamanho territorial, população e economia, ao lado dos Estados Unidos, da Índia e da China. 

A missão está nas mãos da equipe coordenada pelo embaixador Mauricio Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o sherpa — denominação importada dos povos e guias que habitam o Himalaia e ajudam alpinistas a chegarem ao topo do Everest — escolhido pelo presidente Lula para representar o Brasil na ocasião.

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