{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/10/6963810-a-urgencia-de-uma-nova-longevidade.html", "name": "A urgência de uma nova longevidade", "headline": "A urgência de uma nova longevidade", "description": "", "alternateName": "Longevidade", "alternativeHeadline": "Longevidade", "datePublished": "2024-10-14T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto"><strong>» Marília Duque</strong>, <em>Pesquisadora brasileira do projeto Anthropology of Smartphones and Smart Ageing da University College London, colíder de Nova Longevidade na Ashoka</em></p> <p class="texto"><strong>» Maria Clara Pinheiro</strong>, <em>Colíder da iniciativa global da Ashoka em Nova Longevidade</em></p> <p class="texto">Um país em que todas as pessoas possam envelhecer e com dignidade, contribuindo com suas famílias, comunidades e territórios. Esse é o projeto de futuro que mobiliza todo um ecossistema engajado em repensar e transformar a longevidade no Brasil. Essa nova longevidade depende do enfrentamento de problemas estruturais e investimento em políticas públicas pensadas para o envelhecimento e voltadas para educação, geração de renda, saúde, infraestrutura e participação cidadã. É o que apontou o Mapeamento do ecossistema de inovação social em longevidade, realizado pelo Lab Nova Longevidade em uma colaboração entre Ashoka, Instituto Beja e Itaú Viver Mais. </p> <p class="texto">A educação, por exemplo, aparece no mapeamento como uma das principais barreiras para uma sociedade longeva e equitativa. A educação formal de qualidade e as oportunidades para aprendizado ao longo da vida estão relacionadas e devem ser priorizadas para garantir que todas as gerações tenham as ferramentas necessárias para se manterem saudáveis, produtivas e participando da sociedade.</p> <p class="texto">Em 2022, 16% da população brasileira com 60 anos ou mais era analfabeta. A maior concentração de analfabetos estava na região Nordeste (11,7%) e a menor, no Sudeste (2,9%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua — Educação). Propostas para superar essa barreira incluem desde a implementação curricular do tema do envelhecimento (já prevista pelo Estatuto da Pessoa Idosa) para uma educação para a longevidade até a sensibilização e a qualificação de profissionais de saúde para uma melhor interface com a população em acelerado envelhecimento.</p> <p class="texto">O idadismo, preconceito contra idade, emerge como outra importante barreira. Ele limita as oportunidades de geração de renda e a inclusão e permanência da população idosa no mercado de trabalho, além de reduzir sua representatividade política e protagonismo na sociedade. Estudo do McKinsey Health Institute estima uma oportunidade de incremento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB) anual se brasileiros com 55 anos ou mais que querem trabalhar, mas não estão empregados fossem incentivados a reingressar na força de trabalho. Além de sua manifestação nas esferas cultural, organizacional e interpessoal, o idadismo pode ser internalizado (autoidadismo), impedindo o envolvimento ativo de pessoas idosas em atividades educacionais e comunitárias.</p> <p class="texto">E uma terceira barreira, não menos desafiadora, é a inclusão digital. A falta de letramento digital limita o o de pessoas idosas à informação, a serviços públicos essenciais, como saúde, e a oportunidades para aprendizado e requalificação profissional. No Brasil, 58% da população com 60 anos ou mais a a internet, sendo que 43% da população analfabeta ou com educação básica a a internet contra 99% entre os brasileiros com ensino superior, de acordo com o  TIC Domicílios 2023. </p> <p class="texto">Por último, uma das lições mais importantes extraídas do mapeamento foi a necessidade de construir uma nova narrativa sobre o envelhecimento. Essa narrativa deve reconhecer que todas as pessoas, independentemente da idade, são capazes de contribuir para a sociedade. Para isso, é preciso criar indicadores que mensuram o impacto dessas contribuições, valorizando seus efeitos positivos para a saúde, a economia e o bem-estar social. Esses indicadores serão fundamentais para fomentar o diálogo entre setores e embasar políticas públicas transformadoras.</p> <p class="texto">As propostas de melhoria para o cenário atual do envelhecimento no Brasil são claras: é necessário combater o idadismo, investir em educação continuada e inclusão digital, criar políticas públicas robustas e, acima de tudo, mudar a maneira como enxergamos o papel das pessoas idosas na sociedade. É hora de agir para garantir que todos os brasileiros possam envelhecer e envelhecer bem, com direito a uma cidadania plena, na qual todas as gerações contribuam e se reconheçam como partes de um projeto de futuro.</p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/03/1200x801/1_3629-39776164.jpg?20240903203005?20240903203005", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/03/1000x1000/1_3629-39776164.jpg?20240903203005?20240903203005", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/03/800x600/1_3629-39776164.jpg?20240903203005?20240903203005" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 1x4p4t

A urgência de uma nova longevidade 2ad17
Longevidade

A urgência de uma nova longevidade 674i2c

É hora de agir para garantir que todos os brasileiros possam envelhecer e envelhecer bem, com direito a uma cidadania plena i104v

» Marília Duque, Pesquisadora brasileira do projeto Anthropology of Smartphones and Smart Ageing da University College London, colíder de Nova Longevidade na Ashoka

» Maria Clara Pinheiro, Colíder da iniciativa global da Ashoka em Nova Longevidade

Um país em que todas as pessoas possam envelhecer e com dignidade, contribuindo com suas famílias, comunidades e territórios. Esse é o projeto de futuro que mobiliza todo um ecossistema engajado em repensar e transformar a longevidade no Brasil. Essa nova longevidade depende do enfrentamento de problemas estruturais e investimento em políticas públicas pensadas para o envelhecimento e voltadas para educação, geração de renda, saúde, infraestrutura e participação cidadã. É o que apontou o Mapeamento do ecossistema de inovação social em longevidade, realizado pelo Lab Nova Longevidade em uma colaboração entre Ashoka, Instituto Beja e Itaú Viver Mais. 

A educação, por exemplo, aparece no mapeamento como uma das principais barreiras para uma sociedade longeva e equitativa. A educação formal de qualidade e as oportunidades para aprendizado ao longo da vida estão relacionadas e devem ser priorizadas para garantir que todas as gerações tenham as ferramentas necessárias para se manterem saudáveis, produtivas e participando da sociedade.

Em 2022, 16% da população brasileira com 60 anos ou mais era analfabeta. A maior concentração de analfabetos estava na região Nordeste (11,7%) e a menor, no Sudeste (2,9%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua — Educação). Propostas para superar essa barreira incluem desde a implementação curricular do tema do envelhecimento (já prevista pelo Estatuto da Pessoa Idosa) para uma educação para a longevidade até a sensibilização e a qualificação de profissionais de saúde para uma melhor interface com a população em acelerado envelhecimento.

O idadismo, preconceito contra idade, emerge como outra importante barreira. Ele limita as oportunidades de geração de renda e a inclusão e permanência da população idosa no mercado de trabalho, além de reduzir sua representatividade política e protagonismo na sociedade. Estudo do McKinsey Health Institute estima uma oportunidade de incremento de 4,7% no Produto Interno Bruto (PIB) anual se brasileiros com 55 anos ou mais que querem trabalhar, mas não estão empregados fossem incentivados a reingressar na força de trabalho. Além de sua manifestação nas esferas cultural, organizacional e interpessoal, o idadismo pode ser internalizado (autoidadismo), impedindo o envolvimento ativo de pessoas idosas em atividades educacionais e comunitárias.

E uma terceira barreira, não menos desafiadora, é a inclusão digital. A falta de letramento digital limita o o de pessoas idosas à informação, a serviços públicos essenciais, como saúde, e a oportunidades para aprendizado e requalificação profissional. No Brasil, 58% da população com 60 anos ou mais a a internet, sendo que 43% da população analfabeta ou com educação básica a a internet contra 99% entre os brasileiros com ensino superior, de acordo com o  TIC Domicílios 2023. 

Por último, uma das lições mais importantes extraídas do mapeamento foi a necessidade de construir uma nova narrativa sobre o envelhecimento. Essa narrativa deve reconhecer que todas as pessoas, independentemente da idade, são capazes de contribuir para a sociedade. Para isso, é preciso criar indicadores que mensuram o impacto dessas contribuições, valorizando seus efeitos positivos para a saúde, a economia e o bem-estar social. Esses indicadores serão fundamentais para fomentar o diálogo entre setores e embasar políticas públicas transformadoras.

As propostas de melhoria para o cenário atual do envelhecimento no Brasil são claras: é necessário combater o idadismo, investir em educação continuada e inclusão digital, criar políticas públicas robustas e, acima de tudo, mudar a maneira como enxergamos o papel das pessoas idosas na sociedade. É hora de agir para garantir que todos os brasileiros possam envelhecer e envelhecer bem, com direito a uma cidadania plena, na qual todas as gerações contribuam e se reconheçam como partes de um projeto de futuro.

 

Mais Lidas 2f4e64