{ "@context": "http://www.schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2022/07/5019487-ele-deu-tempero-ao-penta.html", "name": "Análise: Ele deu tempero ao penta", "headline": "Análise: Ele deu tempero ao penta", "alternateName": "opinião", "alternativeHeadline": "opinião", "datePublished": "2022-07-02-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Há 20 anos, Marcos André Batista Santos, <a href="/esportes/2022/01/4975349-vampeta-revela-quem-nao-participa-do-grupo-de-whatsapp-do-penta.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">o volante Vampeta</a>, dava cambalhotas na rampa do Palácio do Planalto com uma camisa preta número 9 do Corinthians — sob aplausos perplexos do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. A cena surpreendente, para dizer o mínimo, tinha um significado histórico para a capital do país. Fechava um ciclo. O penta havia nascido um ano antes, no Distrito Federal.</p> <p class="texto"><a href="/esportes/2022/06/5018976-a-ultima-prelecao-da-familia-scolari.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Luiz Felipe Scolari</a> foi o primeiro técnico da Seleção a tomar posse em Brasília. Era 12 de junho de 2001. Com os 13 pedidos de indiciamento do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no relatório da I da CBF-Nike, Felipão deixou o Cruzeiro para trás e embarcou de Belo Horizonte rumo ao nosso quadrado. Recebido pelo motorista do cartola no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, partiu no carro de Teixeira rumo à embaixada da Confederação Brasileira de Futebol em uma mansão, na QI 15 do Lago Sul. A residência alugada havia virado sucursal da entidade. Vinte anos depois, tem novos donos. Lá, o gaúcho de o Fundo conheceu o conterrâneo que deu o primeiro tempero à campanha do pentacampeonato.</p> <p class="texto">Dono do antigo restaurante La Massas, no Gilberto Salomão, Danilo Pretto era o Chef da Casa da CBF. Coube a ele e ao primo, o garçom Ivanor, preparar o almoço de Felipão. Bons de ouvido, ambos testemunharam as conversas de um treinador faminto por uma picanha — e pela conquista da quinta estrela.</p> <p class="texto">Antes de ser apresentado à imprensa, Felipão reuniu-se na Casa da CBF com o presidente Ricardo Teixeira, o secretário Marco Antônio Teixeira e o vice-presidente pela Região Centro-Oeste, Marcos Vicente. O copeiro perguntou a Felipão se ele gostaria de tomar algo. O treinador exalou simpatia ao pedir cinco cafés. Mas havia quatro pessoas no encontro?! O técnico explicou carinhosamente que uma das xícaras seria justamente para o garçom que gentilmente o atendia.</p> <p class="texto">As testemunhas oculares da história ouviram Felipâo dar sinal verde presencialmente, olho no olho, em 10 minutos, ao desafio de assumir a Seleção Brasileira. Sincerão, ele impôs uma condição definitiva: "Não aceitaria pitacos de cartolas. Depois disso, ele prometeu trazer o caneco", contou-me Danilo Pretto.</p> <p class="texto">Para alegria geral da nação, a reunião não acabou em pizza. O acordo foi sacramentada à moda gaúcha. "O Felipão pediu uma picanha uruguaia ao ponto". Danilo conta que Felipão estava tão feliz, que gastou o idioma italiano com Ivanor sobre a culinária do Rio Grande do Sul. Falou de polenta, galeto... Um dos presentes confidencia: Scolari teria dito que jamais havia degustado uma picanha tão saborosa como aquela.</p> <p class="texto">Lembranças tão pequenas deles dois — Danilo e Ivanor —, da tarde em que Felipão deixou Brasília com água na boca pelo penta. Trezentos e oitenta e cinco dias depois da posse no Lago Sul, a Família Scolari fazia rolar a festa na capital. E o "sóbrio" Vampeta dava cambalhotas na rampa do Planalto.</p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/06/24/1200x800/1_felipaocapxsan_1600-25935373.jpg?20220701221444?20220701221444", "@type": "ImageObject", "width": 1200, "height": 800 }, "author": [{ "@type": "Person", }], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 5j572m

Análise 694w3r Ele deu tempero ao penta

Jornal Correio Braziliense 5f3u58

opinião

Análise: Ele deu tempero ao penta 1g4u15

Luiz Felipe Scolari foi o primeiro técnico da Seleção a tomar posse em Brasília. Era 12 de junho de 2001 1l44w

Há 20 anos, Marcos André Batista Santos, o volante Vampeta, dava cambalhotas na rampa do Palácio do Planalto com uma camisa preta número 9 do Corinthians — sob aplausos perplexos do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. A cena surpreendente, para dizer o mínimo, tinha um significado histórico para a capital do país. Fechava um ciclo. O penta havia nascido um ano antes, no Distrito Federal.

Luiz Felipe Scolari foi o primeiro técnico da Seleção a tomar posse em Brasília. Era 12 de junho de 2001. Com os 13 pedidos de indiciamento do então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no relatório da I da CBF-Nike, Felipão deixou o Cruzeiro para trás e embarcou de Belo Horizonte rumo ao nosso quadrado. Recebido pelo motorista do cartola no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, partiu no carro de Teixeira rumo à embaixada da Confederação Brasileira de Futebol em uma mansão, na QI 15 do Lago Sul. A residência alugada havia virado sucursal da entidade. Vinte anos depois, tem novos donos. Lá, o gaúcho de o Fundo conheceu o conterrâneo que deu o primeiro tempero à campanha do pentacampeonato.

Dono do antigo restaurante La Massas, no Gilberto Salomão, Danilo Pretto era o Chef da Casa da CBF. Coube a ele e ao primo, o garçom Ivanor, preparar o almoço de Felipão. Bons de ouvido, ambos testemunharam as conversas de um treinador faminto por uma picanha — e pela conquista da quinta estrela.

Antes de ser apresentado à imprensa, Felipão reuniu-se na Casa da CBF com o presidente Ricardo Teixeira, o secretário Marco Antônio Teixeira e o vice-presidente pela Região Centro-Oeste, Marcos Vicente. O copeiro perguntou a Felipão se ele gostaria de tomar algo. O treinador exalou simpatia ao pedir cinco cafés. Mas havia quatro pessoas no encontro?! O técnico explicou carinhosamente que uma das xícaras seria justamente para o garçom que gentilmente o atendia.

As testemunhas oculares da história ouviram Felipâo dar sinal verde presencialmente, olho no olho, em 10 minutos, ao desafio de assumir a Seleção Brasileira. Sincerão, ele impôs uma condição definitiva: "Não aceitaria pitacos de cartolas. Depois disso, ele prometeu trazer o caneco", contou-me Danilo Pretto.

Para alegria geral da nação, a reunião não acabou em pizza. O acordo foi sacramentada à moda gaúcha. "O Felipão pediu uma picanha uruguaia ao ponto". Danilo conta que Felipão estava tão feliz, que gastou o idioma italiano com Ivanor sobre a culinária do Rio Grande do Sul. Falou de polenta, galeto... Um dos presentes confidencia: Scolari teria dito que jamais havia degustado uma picanha tão saborosa como aquela.

Lembranças tão pequenas deles dois — Danilo e Ivanor —, da tarde em que Felipão deixou Brasília com água na boca pelo penta. Trezentos e oitenta e cinco dias depois da posse no Lago Sul, a Família Scolari fazia rolar a festa na capital. E o "sóbrio" Vampeta dava cambalhotas na rampa do Planalto.