SÍRIA

Ministério da Defesa da Síria anuncia fim da operação militar na costa

Violência foi desencadeada por um ataque de partidários do regime deposto contra as forças de segurança na região de Latakia

Este é um dos episódios violentos mais graves registrados na Síria desde que o ex-presidente Bashar al-Assad foi derrubado -  (crédito: OMAR HAJ KADOUR / AFP)
Este é um dos episódios violentos mais graves registrados na Síria desde que o ex-presidente Bashar al-Assad foi derrubado - (crédito: OMAR HAJ KADOUR / AFP)

O Ministério da Defesa da Síria anunciou, nesta segunda-feira (10/3), que a operação militar no oeste do país terminou "com sucesso", depois que centenas de pessoas morreram desde quinta-feira da semana ada em execuções em massa de civis e confrontos com cidadãos leais ao ex-presidente Bashar al-Assad.

"Anunciamos o fim da operação militar [...] após o sucesso de nossas forças em alcançar todos os objetivos estabelecidos", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa, Hasan Abdel Ghani, citado pela agência oficial SANA.

Este é um dos episódios violentos mais graves registrados na Síria desde que o ex-presidente Bashar al-Assad foi derrubado por uma coalizão liderada por islamistas, que tomou o poder em 8 de dezembro.

O porta-voz afirmou que as forças de segurança conseguiram "conter os ataques do que resta do regime deposto" e "afastar (os combatentes leais a Assad) de locais vitais", assim como "manter a segurança nas principais estradas" de Tartus e Latakia. 

A violência foi desencadeada por um ataque de partidários do regime deposto contra as forças de segurança na região de Latakia em 6 de março. A área tem uma importante população alauíta, à qual pertence o clã Assad.

Os combates deixaram quase 500 mortos em ambos os lados, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Além disso, quase mil civis, em grande parte membros da minoria alauíta, morreram em execuções sumárias e em "operações de limpeza étnica", segundo a ONG, que tem sede no Reino Unido e conta com uma ampla rede de fontes na Síria.


Agence -Presse
AF
postado em 10/03/2025 09:03 / atualizado em 10/03/2025 09:03
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