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Em metade destes casos, os trabalhadores podem esperar se beneficiar da integra&ccedil;&atilde;o da intelig&ecirc;ncia artificial, o que aumentar&aacute; a sua produtividade.</p> <p class="texto">Em outros casos, a intelig&ecirc;ncia artificial ter&aacute; a capacidade de realizar tarefas importantes que s&atilde;o atualmente executadas por humanos. 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No m&ecirc;s ado, as autoridades da Uni&atilde;o Europeia chegaram a um acordo provis&oacute;rio sobre as primeiras leis abrangentes do mundo para regular o uso da IA.</p> <p class="texto">O Parlamento Europeu votar&aacute; as propostas da Lei da IA no in&iacute;cio deste ano, mas nenhuma legisla&ccedil;&atilde;o dever&aacute; entrar em vigor antes de 2025.</p> <p class="texto">Os EUA, o Reino Unido e a China ainda n&atilde;o publicaram as suas pr&oacute;prias diretrizes de IA.</p> <p class="texto">Embora o Brasil tenha iniciado debate no Congresso sobre intelig&ecirc;ncia artificial, ainda n&atilde;o tem regulamenta&ccedil;&atilde;o sobre o tema.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/d5d5/live/61c41210-b396-11ee-beb5-e1400df560f2.jpg" alt="Funcion&aacute;ria segura pipoca" width="2121" height="1414" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>FMI prev&ecirc; que a tecnologia afetar&aacute; apenas 26% dos empregos nos pa&iacute;ses de baixa renda</figcaption> </figure> <h2>Brasil no 'meio do caminho'</h2> <p class="texto">O relat&oacute;rio do FMI indica que em economias avan&ccedil;adas &mdash; como Estados Unidos e Reino Unido &mdash; algo entre 60% e 70% dos empregos atuais est&atilde;o altamente expostos &agrave; intelig&ecirc;ncia artificial.</p> <p class="texto">No Brasil, o FMI avalia que 41% dos empregos t&ecirc;m alta exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; intelig&ecirc;ncia artificial. Na &Iacute;ndia, esse percentual cai para 26%.</p> <p class="texto">Esse crit&eacute;rio do estudo do FMI &ndash; exposi&ccedil;&atilde;o de um emprego &agrave; intelig&ecirc;ncia artificial &mdash; engloba tanto trabalhos que v&atilde;o se beneficiar da tecnologia como aqueles que estar&atilde;o amea&ccedil;ados por ela no futuro.</p> <p class="texto">Para avaliar se o impacto da intelig&ecirc;ncia artificial ser&aacute; bom ou ruim no mercado de trabalho, o relat&oacute;rio do FMI criou outra categoria: complementaridade.</p> <p class="texto">Os empregos com alta complementaridade s&atilde;o aqueles que se beneficiar&atilde;o com a intelig&ecirc;ncia artificial, mas n&atilde;o ser&atilde;o extintos por ela. Por exemplo, um cirurgi&atilde;o, um , um advogado ou um juiz ter&atilde;o grandes ganhos de produtividade com a IA &mdash; mas suas atividades n&atilde;o estar&atilde;o amea&ccedil;adas, pois sempre depender&atilde;o de um grande componente humano para sua execu&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">J&aacute; os empregos de baixa complementaridade s&atilde;o os mais amea&ccedil;ados pela IA. &Eacute; o caso de operadores de telemarketing, que podem ser totalmente substitu&iacute;dos pelas novas tecnologias, com pouca necessidade de um componente humano.</p> <p class="texto">E &eacute; nesse ponto que a intelig&ecirc;ncia artificial pode fazer crescer a desigualdade social nos pa&iacute;ses. Segundo o FMI, trabalhadores com mais educa&ccedil;&atilde;o e mais jovens t&ecirc;m melhores condi&ccedil;&otilde;es de encontrar empregos de alta complementaridade (beneficiados pela IA); os com menos escolaridade e mais velhos estar&atilde;o mais sujeitos a empregos de baixa complementaridade (amea&ccedil;ados pela IA).</p> <p class="texto">"No Reino Unido e no Brasil, por exemplo, os indiv&iacute;duos com forma&ccedil;&atilde;o universit&aacute;ria migraram historicamente mais facilmente de empregos agora avaliados como tendo elevado potencial de desloca&ccedil;&atilde;o [empregos amea&ccedil;ados pela IA] para aqueles com elevada complementaridade [empregos beneficiados pela IA]", diz o relat&oacute;rio do FMI.</p> <p class="texto">"J&aacute; os trabalhadores sem ensino p&oacute;s-secund&aacute;rio apresentam mobilidade reduzida. Os trabalhadores mais jovens, adapt&aacute;veis e familiarizados com as novas tecnologias tamb&eacute;m poder&atilde;o aproveitar melhor as novas oportunidades. Em contraste, os trabalhadores mais velhos podem ter dificuldades com o reemprego, a adapta&ccedil;&atilde;o &agrave; tecnologia, a mobilidade e a forma&ccedil;&atilde;o para novas compet&ecirc;ncias profissionais."</p> <p class="texto">Nesse contexto, o relat&oacute;rio indica que economias avan&ccedil;adas j&aacute; possuem muitos empregos que se beneficiar&atilde;o da intelig&ecirc;ncia artificial. J&aacute; nos pa&iacute;ses emergentes, predominam os empregos amea&ccedil;ados pela IA.</p> <p class="texto">O estudo FMI diz que, nesse sentido, o Reino Unido &eacute; um exemplo de pa&iacute;s avan&ccedil;ado, que a &Iacute;ndia &eacute; um exemplo de pa&iacute;s emergente, e que "o Brasil representa um caso intermedi&aacute;rio".</p> <p class="texto">Segundo o FMI, para aproveitar plenamente o potencial da IA, cada pa&iacute;s deve estabelecer suas prioridades de acordo com seu n&iacute;vel atual de desenvolvimento.</p> <p class="texto">"As economias de mercado emergentes avan&ccedil;adas e mais desenvolvidas devem investir na inova&ccedil;&atilde;o e integra&ccedil;&atilde;o da IA, ao mesmo tempo que promovem quadros regulamentares adequados para otimizar os benef&iacute;cios do aumento da utiliza&ccedil;&atilde;o da IA."</p> <p class="texto">"Para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento menos preparadas, o desenvolvimento de infraestruturas e a constru&ccedil;&atilde;o de uma for&ccedil;a de trabalho digitalmente qualificada s&atilde;o fundamentais."</p> <p class="texto">"Para todas as economias, as redes de seguran&ccedil;a social e a reciclagem dos trabalhadores amea&ccedil;ados pela IA s&atilde;o cruciais para garantir a inclus&atilde;o."</p> <p class="texto"><img src="https://a1.api.bbc.co.uk/hit.xiti/?s=598346&amp;p=portuguese.articles.cgekv170k0eo.page&amp;x1=%5Burn%3Abbc%3Aoptimo%3Aasset%3Acgekv170k0eo%5D&amp;x4=%5Bpt-br%5D&amp;x5=%5Bhttps%3A%2F%2Fcorreiobraziliense-br.informativocarioca.com%2Fportuguese%2Farticles%2Fcgekv170k0eo%5D&amp;x7=%5Barticle%5D&amp;x8=%5Bsynd_nojs_ISAPI%5D&amp;x9=%5BO+alerta+do+FMI+sobre+impacto+da+intelig%C3%AAncia+artificial+para+empregos+no+mundo+e+no+Brasil%5D&amp;x11=%5B2024-01-15T11%3A20%3A54.284Z%5D&amp;x12=%5B2024-01-15T11%3A20%3A54.284Z%5D&amp;x19=%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D" /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/15/675x450/1_1c5b6990_b381_11ee_beb5_e1400df560f2-34258747.jpg?20240115085317?20240115085317", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "BBC Geral" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 1y5bn

Eu, Estudante 445c6h

CAUTELA

O alerta do FMI sobre impacto da inteligência artificial para empregos no mundo e no Brasil 2t1o6w

Relatório indica que inteligência artificial poderá aumentar produtividade de alguns trabalhadores, mas substituir completamente outros. 116d6t

GETTY IMAGES

A inteligência artificial deverá afetar quase 40% de todos os empregos no mundo, de acordo com uma nova análise do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirma que "na maioria dos cenários, a IA provavelmente piorará a desigualdade geral".

Georgieva diz que os políticos precisam abordar essa "tendência preocupante" para "evitar que a tecnologia alimente ainda mais as tensões sociais".

A proliferação da inteligência artificial tem despertado um debate sobre os seus benefícios e riscos.

O FMI disse que a inteligência artificial provavelmente afetará uma proporção maior de empregos – estimada em cerca de 60% – nas economias avançadas. Em metade destes casos, os trabalhadores podem esperar se beneficiar da integração da inteligência artificial, o que aumentará a sua produtividade.

Em outros casos, a inteligência artificial terá a capacidade de realizar tarefas importantes que são atualmente executadas por humanos. Isso poderá reduzir a procura de mão-de-obra, afetando salários e até mesmo erradicando empregos, segundo a avaliação.

Ao mesmo tempo, o FMI prevê que a tecnologia afetará apenas 26% dos empregos nos países de baixa renda.

Georgieva disse que "muitos destes países não têm infraestrutura ou mão de obra qualificada para aproveitar os benefícios da inteligência artificial, aumentando o risco de que, com o tempo, a tecnologia possa piorar a desigualdade entre as nações".

De um modo mais geral, os trabalhadores mais jovens e com renda mais elevada poderão ver um aumento desproporcional nos seus salários após a adoção da inteligência artificial.

Os trabalhadores com renda mais baixa e os mais velhos poderão ficar para trás, acredita o FMI.

"É crucial que os países estabeleçam redes de segurança social abrangentes e ofereçam programas de reciclagem para trabalhadores vulneráveis", disse Georgieva. "Ao fazer isso, podemos tornar a transição para a IA mais inclusiva, protegendo os meios de subsistência e reduzindo a desigualdade."

A análise do FMI vem no momento em que líderes empresariais e políticos globais se reúnem no Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça.

A IA é um tópico de discussão, após o aumento da popularidade de ferramentas como o ChatGPT.

A tecnologia está enfrentando crescente regulamentação em todo o mundo. No mês ado, as autoridades da União Europeia chegaram a um acordo provisório sobre as primeiras leis abrangentes do mundo para regular o uso da IA.

O Parlamento Europeu votará as propostas da Lei da IA no início deste ano, mas nenhuma legislação deverá entrar em vigor antes de 2025.

Os EUA, o Reino Unido e a China ainda não publicaram as suas próprias diretrizes de IA.

Embora o Brasil tenha iniciado debate no Congresso sobre inteligência artificial, ainda não tem regulamentação sobre o tema.

Getty Images
FMI prevê que a tecnologia afetará apenas 26% dos empregos nos países de baixa renda

Brasil no 'meio do caminho' 2r76m

O relatório do FMI indica que em economias avançadas — como Estados Unidos e Reino Unido — algo entre 60% e 70% dos empregos atuais estão altamente expostos à inteligência artificial.

No Brasil, o FMI avalia que 41% dos empregos têm alta exposição à inteligência artificial. Na Índia, esse percentual cai para 26%.

Esse critério do estudo do FMI – exposição de um emprego à inteligência artificial — engloba tanto trabalhos que vão se beneficiar da tecnologia como aqueles que estarão ameaçados por ela no futuro.

Para avaliar se o impacto da inteligência artificial será bom ou ruim no mercado de trabalho, o relatório do FMI criou outra categoria: complementaridade.

Os empregos com alta complementaridade são aqueles que se beneficiarão com a inteligência artificial, mas não serão extintos por ela. Por exemplo, um cirurgião, um , um advogado ou um juiz terão grandes ganhos de produtividade com a IA — mas suas atividades não estarão ameaçadas, pois sempre dependerão de um grande componente humano para sua execução.

Já os empregos de baixa complementaridade são os mais ameaçados pela IA. É o caso de operadores de telemarketing, que podem ser totalmente substituídos pelas novas tecnologias, com pouca necessidade de um componente humano.

E é nesse ponto que a inteligência artificial pode fazer crescer a desigualdade social nos países. Segundo o FMI, trabalhadores com mais educação e mais jovens têm melhores condições de encontrar empregos de alta complementaridade (beneficiados pela IA); os com menos escolaridade e mais velhos estarão mais sujeitos a empregos de baixa complementaridade (ameaçados pela IA).

"No Reino Unido e no Brasil, por exemplo, os indivíduos com formação universitária migraram historicamente mais facilmente de empregos agora avaliados como tendo elevado potencial de deslocação [empregos ameaçados pela IA] para aqueles com elevada complementaridade [empregos beneficiados pela IA]", diz o relatório do FMI.

"Já os trabalhadores sem ensino pós-secundário apresentam mobilidade reduzida. Os trabalhadores mais jovens, adaptáveis e familiarizados com as novas tecnologias também poderão aproveitar melhor as novas oportunidades. Em contraste, os trabalhadores mais velhos podem ter dificuldades com o reemprego, a adaptação à tecnologia, a mobilidade e a formação para novas competências profissionais."

Nesse contexto, o relatório indica que economias avançadas já possuem muitos empregos que se beneficiarão da inteligência artificial. Já nos países emergentes, predominam os empregos ameaçados pela IA.

O estudo FMI diz que, nesse sentido, o Reino Unido é um exemplo de país avançado, que a Índia é um exemplo de país emergente, e que "o Brasil representa um caso intermediário".

Segundo o FMI, para aproveitar plenamente o potencial da IA, cada país deve estabelecer suas prioridades de acordo com seu nível atual de desenvolvimento.

"As economias de mercado emergentes avançadas e mais desenvolvidas devem investir na inovação e integração da IA, ao mesmo tempo que promovem quadros regulamentares adequados para otimizar os benefícios do aumento da utilização da IA."

"Para as economias de mercados emergentes e em desenvolvimento menos preparadas, o desenvolvimento de infraestruturas e a construção de uma força de trabalho digitalmente qualificada são fundamentais."

"Para todas as economias, as redes de segurança social e a reciclagem dos trabalhadores ameaçados pela IA são cruciais para garantir a inclusão."