{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/mundo/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/mundo/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/mundo/", "name": "Mundo", "description": "Fique por dentro sobre o que acontece no mundo. Américas, Europa, África, Ásia, Oceania e Oriente Médio estão em destaque ", "url": "/mundo/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/mundo/2022/02/4988976-otan-ucrania-e-russia-entenda-o-que-motivou-o-conflito-no-leste-europeu.html", "name": "Otan, Ucrânia e Rússia: entenda o que motivou o conflito no leste europeu", "headline": "Otan, Ucrânia e Rússia: entenda o que motivou o conflito no leste europeu", "description": "", "alternateName": "Leste europeu ", "alternativeHeadline": "Leste europeu ", "datePublished": "2022-02-27-0316:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Criada durante a Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) <a href="/mundo/2022/02/4988963-apos-putin-citar-forca-nuclear-os-eua-otan-e-ucrania-reagem.html" target="_blank" rel="noopener noreferrer">é uma aliança militar comandada pelas potências do Ocidente</a>. Em 1949, tinha 12 membros e servia como uma frente militar contra a União Soviética (URSS), que seis anos mais tarde criou uma organização própria — o Pacto de Varsóvia.</p> <p class="texto"><br />Considerado como um dos estopins da invasão russa à Ucrânia, a possível entrada da Ucrânia na Otan não vem de hoje. Virgílio Caixeta Arraes, professor de história contemporânea na Universidade de Brasília (UnB), explica que durante o processo de fragmentação da URSS, a Ucrânia conseguiu se tornar independente, mas precisou concordar com algumas medidas, como permanecer alinhada com a Rússia, ou seja, sem se aproximar excessivamente do Ocidente, considerar entrar na Otan ou até mesmo na União Europeia. “Em 1994, a Ucrânia entregou as armas nucleares que tinha, em troca da integridade territorial”.</p> <p class="texto"><br />O professor pontua ainda que mesmo tendo que estar alinhada com a Rússia, a Ucrânia manteria a autoridade como país de se aproximar do Ocidente, caso quisesse. “Mas, ao mesmo tempo, parte da Rússia vai questionar isso, alegando questões de segurança”, explica ele.</p> <p class="texto"><br />Só que, com a queda do governo ucraninano, que tinha ideais mais próximos da Rússia, em 2014, a Ucrânia ou a se aproximar mais uma vez do Ocidente e então a retaliação da Rússia foi retomar a região da Crimeia. “E agora a tentativa de entrada mais uma vez da Otan. E isso seria só mais um pretexto para o Putin”.</p> <p class="texto"><br />Além disso, há também o precedente da entrada de ex-membros da antiga União Soviética na Otan, como Estônia, Letônia e Lituânia. A partir disso, já havia um incômodo russo sobre a entrada de países próximos à ele na Organização. Isso porque houve um pacto formal, que não foi assinado, de que os EUA não iriam abordar países da antiga URSS para entrar na Otan.</p> <p class="texto"><br />É importante frisar que entrar na Otan significaria ter uma defesa coletiva — presente no artigo 5º do Tratado — ou seja, uma garantia de proteção militar em caso de ataques.</p> <p class="texto"> </p> <p class="texto"></p> <p class="texto"><br />No entanto, segundo Argemiro Procópio Filho, professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a Ucrânia teria muito a perder ao se junta-se a Otan e estreita-se as relações com a Rússia.</p> <p class="texto"><br />“Uma das grandes fontes de renda da Ucrânia são os gasodutos da Rússia e o petróleo russo que a no território ucraniano. E se ela [Ucrânia] entrasse na Otan os russos iriam fechar essa torneira”, explica o professor Argemiro. “Você não pode brigar com vizinho, vizinho você não escolhe. Ainda que você não goste dele, você tem que se dar bem com ele. A tua paz vai defender o vizinho. A vizinhança, em termos de relações internacionais, é estratégica. Ter boas relações com vizinhos é essencial para você”, ele afirma.</p> <h3><br />Caminhando para o fim?</h3> <p class="texto"><br />Para Argemiro, seria necessário, por parte da Ucrânia, adquirir uma postura de neutralidade entre a Otan e a Rússia, para que o conflito chegue em algum tipo de resolução. “Primeiro o para a paz é ter paz com o vizinho”.</p> <p class="texto"><br />No entanto, Virgílio Caixeta Arraes, professor de história contemporânea na Universidade de Brasília (UnB), explica que agora que já houve uma invasão por parte da Rússia, é muito mais complexo de se resolver o conflito. “Agora isso é uma questão mundial”, relata. Mas o professor concorda que deve existir um distanciamento entre Ucrânia e Otan para que o conflito encontre alguma resolução.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/27/1200x800/1_000_323y96f-7512396.jpg?20220227000328?20220227000328", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/27/1000x1000/1_000_323y96f-7512396.jpg?20220227000328?20220227000328", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/02/27/820x547/1_000_323y96f-7512396.jpg?20220227000328?20220227000328" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Camilla Germano", "url": "/autor?termo=camilla-germano" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correiobraziliense5378" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "http://concursos.correioweb.com.br/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6o5d24

Otan 3z1e4v Ucrânia e Rússia: entenda o que motivou o conflito no leste europeu
Leste europeu

Otan, Ucrânia e Rússia: entenda o que motivou o conflito no leste europeu 1634p

Especialistas explicam como a história do país e sua antiga relação com a Rússia vai muito além do interesse de entrar para a Otan 5x1rq

Criada durante a Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é uma aliança militar comandada pelas potências do Ocidente. Em 1949, tinha 12 membros e servia como uma frente militar contra a União Soviética (URSS), que seis anos mais tarde criou uma organização própria — o Pacto de Varsóvia.


Considerado como um dos estopins da invasão russa à Ucrânia, a possível entrada da Ucrânia na Otan não vem de hoje. Virgílio Caixeta Arraes, professor de história contemporânea na Universidade de Brasília (UnB), explica que durante o processo de fragmentação da URSS, a Ucrânia conseguiu se tornar independente, mas precisou concordar com algumas medidas, como permanecer alinhada com a Rússia, ou seja, sem se aproximar excessivamente do Ocidente, considerar entrar na Otan ou até mesmo na União Europeia. “Em 1994, a Ucrânia entregou as armas nucleares que tinha, em troca da integridade territorial”.


O professor pontua ainda que mesmo tendo que estar alinhada com a Rússia, a Ucrânia manteria a autoridade como país de se aproximar do Ocidente, caso quisesse. “Mas, ao mesmo tempo, parte da Rússia vai questionar isso, alegando questões de segurança”, explica ele.


Só que, com a queda do governo ucraninano, que tinha ideais mais próximos da Rússia, em 2014, a Ucrânia ou a se aproximar mais uma vez do Ocidente e então a retaliação da Rússia foi retomar a região da Crimeia. “E agora a tentativa de entrada mais uma vez da Otan. E isso seria só mais um pretexto para o Putin”.


Além disso, há também o precedente da entrada de ex-membros da antiga União Soviética na Otan, como Estônia, Letônia e Lituânia. A partir disso, já havia um incômodo russo sobre a entrada de países próximos à ele na Organização. Isso porque houve um pacto formal, que não foi assinado, de que os EUA não iriam abordar países da antiga URSS para entrar na Otan.


É importante frisar que entrar na Otan significaria ter uma defesa coletiva — presente no artigo 5º do Tratado — ou seja, uma garantia de proteção militar em caso de ataques.

 


No entanto, segundo Argemiro Procópio Filho, professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), a Ucrânia teria muito a perder ao se junta-se a Otan e estreita-se as relações com a Rússia.


“Uma das grandes fontes de renda da Ucrânia são os gasodutos da Rússia e o petróleo russo que a no território ucraniano. E se ela [Ucrânia] entrasse na Otan os russos iriam fechar essa torneira”, explica o professor Argemiro. “Você não pode brigar com vizinho, vizinho você não escolhe. Ainda que você não goste dele, você tem que se dar bem com ele. A tua paz vai defender o vizinho. A vizinhança, em termos de relações internacionais, é estratégica. Ter boas relações com vizinhos é essencial para você”, ele afirma.

Caminhando para o fim? v166s


Para Argemiro, seria necessário, por parte da Ucrânia, adquirir uma postura de neutralidade entre a Otan e a Rússia, para que o conflito chegue em algum tipo de resolução. “Primeiro o para a paz é ter paz com o vizinho”.


No entanto, Virgílio Caixeta Arraes, professor de história contemporânea na Universidade de Brasília (UnB), explica que agora que já houve uma invasão por parte da Rússia, é muito mais complexo de se resolver o conflito. “Agora isso é uma questão mundial”, relata. Mas o professor concorda que deve existir um distanciamento entre Ucrânia e Otan para que o conflito encontre alguma resolução.

Saiba Mais 6k4ce