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O sal&aacute;rio-paternidade ser&aacute; pago pelos empregadores no valor da remunera&ccedil;&atilde;o integral ou diretamente pela Previd&ecirc;ncia Social, em caso de ado&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">Para a senadora Damares Alves, relatora do PL, a mudan&ccedil;a de 120 dias para uma amplia&ccedil;&atilde;o gradual da licen&ccedil;a-paternidade busca favorecer a transi&ccedil;&atilde;o da legisla&ccedil;&atilde;o atual, sem causar preju&iacute;zo aos cofres p&uacute;blicos. "Essa decis&atilde;o foi para que o Brasil se adaptasse, porque existe uma previs&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria de um ano para outro, para a Previd&ecirc;ncia e para o empregador. Al&eacute;m disso, o pa&iacute;s precisa, primeiro, ter a cultura da licen&ccedil;a-paternidade. Isso &eacute; importante para o retorno ao trabalho, para a sa&uacute;de da mulher e para o fortalecimento de v&iacute;nculos", declara.</p> <ul> <li><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/01/6779752-licenca-paternidade-quantos-dias-fazem-justica-a-necessidade-de-pais-e-filhos.html">Licen&ccedil;a-paternidade: parlamentares discutem amplia&ccedil;&atilde;o do direito</a></li> </ul> <p class="texto">O projeto tamb&eacute;m estabelece que a licen&ccedil;a-paternidade pode ser parcelada em dois per&iacute;odos. O primeiro deve ser tirado logo ap&oacute;s o nascimento e com dura&ccedil;&atilde;o de pelo menos metade do tempo total de afastamento, e o segundo, at&eacute; 180 dias ap&oacute;s o nascimento ou a ado&ccedil;&atilde;o. Um m&ecirc;s depois da licen&ccedil;a, os pais ainda n&atilde;o podem ser demitidos sem justa causa. 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De acordo com pesquisa do Datafolha realizada em janeiro de 2023, com 1.042 mulheres de 126 munic&iacute;pios, 55% das m&atilde;es brasileiras cuidam dos filhos sozinhas. O estudo tamb&eacute;m mostrou que, entre elas, a porcentagem que vive com renda mensal de at&eacute; R$ 1.212 (44%) &eacute; significativamente superior &agrave; das m&atilde;es casadas ou com companheiro (21%), evidenciando ainda mais a desigualdade de g&ecirc;nero.</p> <p class="texto">De acordo com Mariana Covre, a falta de regulamenta&ccedil;&atilde;o da licen&ccedil;a-paternidade prejudica a cria&ccedil;&atilde;o de v&iacute;nculo com os filhos e mant&eacute;m a sobrecarga sobre a mulher. 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Ele descreve uma din&acirc;mica saud&aacute;vel na fam&iacute;lia, na qual fica com a crian&ccedil;a, chamada Enzo, para que a companheira possa estudar. "Minha prioridade &eacute; ajud&aacute;-la para dar uma cria&ccedil;&atilde;o legal para o nosso filho, para que ela n&atilde;o fique sobrecarregada. Por isso, a gente &eacute; muito parceiro e divide as tarefas", relata.</p> <p class="texto">Em seu trabalho, Lucas conseguiu tirar licen&ccedil;a-paternidade de 10 dias, destacando que a amplia&ccedil;&atilde;o do benef&iacute;cio vai proporcionar a divis&atilde;o mais igualit&aacute;ria de tarefas entre m&atilde;es e pais e fortalecer o v&iacute;nculo com os filhos. "Eu acho justo porque &eacute; muito dif&iacute;cil uma m&atilde;e criar um filho sozinha. Isso vai facilitar a divis&atilde;o das atividades, principalmente no primeiro m&ecirc;s de vida da crian&ccedil;a, que &eacute; o mais dif&iacute;cil", narra.</p> <ul> <li><a href="/opiniao/2024/02/6796673-pais-sem-apoio-para-cuidar-dos-seus-bebes.html">Pais sem apoio para cuidar dos seus beb&ecirc;s</a></li> </ul> <p class="texto">Fabio Ferreira, 37 anos, &eacute; advogado e compartilha que, no seu caso, a rotina familiar mudou muito com a chegada da primeira filha, Melissa, hoje com um ano e nove meses. Para ele, o envolvimento dos pais &eacute; essencial, pois a cria&ccedil;&atilde;o de um rec&eacute;m-nascido n&atilde;o &eacute; "tarefa para apenas uma pessoa".&nbsp;</p> <p class="texto">Ele considera que a legisla&ccedil;&atilde;o atual &eacute; insuficiente, ent&atilde;o emendou a licen&ccedil;a-paternidade de cinco dias com as f&eacute;rias do trabalho, totalizando um m&ecirc;s em que p&ocirc;de se dedicar, junto &agrave; esposa, aos cuidados com a beb&ecirc;. "Cinco dias &eacute; muito pouco, porque, &agrave;s vezes, nesse per&iacute;odo, a fam&iacute;lia ainda nem voltou do hospital. Pelo menos no primeiro m&ecirc;s, &eacute; essencial estar junto. N&atilde;o podemos cobrar uma maior presen&ccedil;a do pai enquanto s&oacute; oferecemos cinco dias de licen&ccedil;a-paternidade", exp&otilde;e Fabio.</p> <h3>Presen&ccedil;a</h3> <p class="texto">Lucas pretende construir uma rela&ccedil;&atilde;o com seu filho baseada no respeito e na compreens&atilde;o, por meio de "uma rela&ccedil;&atilde;o de amizade, em que a gente possa ser transparente um com o outro, valorizando a diversidade e a experi&ecirc;ncia de vida dele".</p> <p class="texto">Para Fabio, que hoje trabalha home office, &eacute; "maravilhoso" poder ar mais tempo com a fam&iacute;lia: "A paternidade tem sido uma alegria di&aacute;ria. Ver minha filha crescer e descobrir o mundo &eacute; algo que n&atilde;o tem pre&ccedil;o, o que uma licen&ccedil;a-paternidade estendida amplificaria ainda mais".&nbsp;</p> <p class="texto"><em>*Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o de Marina Rodrigues</em></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/estagio/2024/08/6916543-ciee-anuncia-nove-mil-vagas-de-estagio-em-todo-o-pais.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/22/vivo_abre_500_vagas_para_programa_de_estagio_sendo_50__delas_exclusivas_para_talentos_negros__3_-36399558.jpg?20240422140736" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Estágio</strong> <span>Ciee anuncia nove mil vagas de estágio em todo o país</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/08/6916523-curso-gratuito-prepara-alunos-para-vagas-de-graduacao-no-exterior.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/08/1-39347513.jpeg?20240808221806" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Curso gratuito prepara alunos para vagas de graduação no exterior</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/08/6916452-unb-adquire-van-para-ibilidade-de-pessoas-com-mobilidade-reduzida.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/08/20240731_van_ibilidade_daces_betomonteiro_6-39344689.jpg?20240808182333" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>UnB oferece van adaptada para pessoas com mobilidade reduzida</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/08/6916211-contratacao-de-jovens-aprendizes-atinge-recorde-no-pais-no-primeiro-semestre.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/15/vista_lateral_de_uma_mulher_sorridente_trabalhando_com_um_laptop_no_escritorio-35053549.jpg?20240808153736" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Trabalho & Formação</strong> <span>Contratação de jovens aprendizes atinge recorde no país no primeiro semestre</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2024/08/6916194-livro-da-editora-unb-conquista-o-premio-jabuti.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/08/img_4381__1_-39341518.jpg?20240808153922" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Livro da Editora UnB conquista Prêmio Jabuti</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/concursos/2024/08/6916048-cnu-tem-mudancas-em-salarios-cartao-de-respostas-e-avaliacao-de-pcds.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/05/estudos_livros-38717168.jpg?20240705112640" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Concursos</strong> <span>CNU tem mudanças em salários, cartão de respostas e avaliação de PCDs</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/08/06/675x450/1_whatsapp_image_2024_08_05_at_17_51_08-39310289.jpeg?20240809213134?20240809213134", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 6wg34

Eu, Estudante 445c6h

Dia dos Pais

Projeto de lei amplia licença e cria salário-paternidade 35t4o

Medida promove equidade de gênero, impulsiona carreiras e aumenta produtividade no trabalho. Aprovado na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, PL segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) 4s4b5c

A presença dos pais na criação dos filhos é fundamental não só pelo e às mães, mas porque constrói um ambiente mais saudável para o desenvolvimento das crianças, direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Pensando nisso, os pais, assim como as mães, têm direito à licença após o nascimento dos filhos ou em casos de adoção, assegurado na Constituição Federal de 1988. Para as mulheres, a licença-maternidade é de, no mínimo, 120 dias, enquanto a licença-paternidade é de cinco dias, ambas remuneradas.

O prazo para os pais foi estabelecido de forma provisória, para que fosse regulamentado posteriormente. Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) estipulou que o Congresso Nacional criasse uma lei para isso no prazo de 18 meses, caso contrário, a decisão caberá ao STF. Assim, foi aprovado no mês ado, na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, o Projeto de Lei (PL) 3.773/23, que amplia a licença-paternidade de modo gradual, podendo chegar a até 75 dias, e cria o salário-paternidade. O texto original é do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), mas foi aprovado na forma de substitutivo da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O PL segue, agora, para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

Regulamentação x4o6b

O texto original estabelecia 120 dias de licença-paternidade, mas o substitutivo propõe, nos primeiros dois anos de vigência da lei, benefício de 30 dias; no terceiro e quarto anos, 45 dias; e após quatro anos, 60 dias. Os prazos podem ser prorrogados em até 15 dias para empresas adeptas do Programa Empresa Cidadã. O salário-paternidade será pago pelos empregadores no valor da remuneração integral ou diretamente pela Previdência Social, em caso de adoção.

Para a senadora Damares Alves, relatora do PL, a mudança de 120 dias para uma ampliação gradual da licença-paternidade busca favorecer a transição da legislação atual, sem causar prejuízo aos cofres públicos. "Essa decisão foi para que o Brasil se adaptasse, porque existe uma previsão orçamentária de um ano para outro, para a Previdência e para o empregador. Além disso, o país precisa, primeiro, ter a cultura da licença-paternidade. Isso é importante para o retorno ao trabalho, para a saúde da mulher e para o fortalecimento de vínculos", declara.

O projeto também estabelece que a licença-paternidade pode ser parcelada em dois períodos. O primeiro deve ser tirado logo após o nascimento e com duração de pelo menos metade do tempo total de afastamento, e o segundo, até 180 dias após o nascimento ou a adoção. Um mês depois da licença, os pais ainda não podem ser demitidos sem justa causa. No caso de ausência da mãe no registro civil ou de adoção só pelo pai, a licença-paternidade será igual à licença-maternidade.  

Arquivo pessoal - Mariana Covre, advogada especialista em regulatório e compliance de gênero: "A família terá a segurança de que, na chegada de um filho, homem e mulher se dedicarão"

Para a advogada especialista em regulatório e compliance de gênero Mariana Covre, o PL é essencial para a segurança familiar na criação dos filhos e para impulsionar carreiras, a produtividade no trabalho e a economia: "A família terá a segurança de que, na chegada de um filho, homem e mulher se dedicarão, nos primeiros dias, aos cuidados, podendo retornar ao fluxo de trabalho reorganizado com maior autonomia, segurança e produtividade", afirma.

Desigualdade 3j3z6o

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 53,3% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho, em comparação com 73,2% dos homens. De acordo com pesquisa do Datafolha realizada em janeiro de 2023, com 1.042 mulheres de 126 municípios, 55% das mães brasileiras cuidam dos filhos sozinhas. O estudo também mostrou que, entre elas, a porcentagem que vive com renda mensal de até R$ 1.212 (44%) é significativamente superior à das mães casadas ou com companheiro (21%), evidenciando ainda mais a desigualdade de gênero.

De acordo com Mariana Covre, a falta de regulamentação da licença-paternidade prejudica a criação de vínculo com os filhos e mantém a sobrecarga sobre a mulher. A especialista, que atua na coalizão CoPai, espaço coletivo que impulsiona a licença-paternidade, defende que a legislação atual é ultraada e reforça uma visão que desresponsabiliza os homens no trabalho de cuidado.

"A falta de legislação específica marginaliza e nada incentiva a licença-paternidade, ainda tratada como 'falta remunerada', sem a segurança da Previdência Social. Isso se relaciona com a invisibilização estrutural da presença do homem em posição igualitária à da mulher, especialmente em relação ao cuidado com os filhos", expõe. 

Envolvimento  1q653v

Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -

Assessor de comunicação e servidor público, Lucas Nogueira, 22 anos, tem um filho de um ano e conta que divide igualmente as responsabilidades de cuidado com sua esposa, pois "já ou do tempo em que a mulher se desdobrava e o homem não pegava menino". Ele descreve uma dinâmica saudável na família, na qual fica com a criança, chamada Enzo, para que a companheira possa estudar. "Minha prioridade é ajudá-la para dar uma criação legal para o nosso filho, para que ela não fique sobrecarregada. Por isso, a gente é muito parceiro e divide as tarefas", relata.

Em seu trabalho, Lucas conseguiu tirar licença-paternidade de 10 dias, destacando que a ampliação do benefício vai proporcionar a divisão mais igualitária de tarefas entre mães e pais e fortalecer o vínculo com os filhos. "Eu acho justo porque é muito difícil uma mãe criar um filho sozinha. Isso vai facilitar a divisão das atividades, principalmente no primeiro mês de vida da criança, que é o mais difícil", narra.

Fabio Ferreira, 37 anos, é advogado e compartilha que, no seu caso, a rotina familiar mudou muito com a chegada da primeira filha, Melissa, hoje com um ano e nove meses. Para ele, o envolvimento dos pais é essencial, pois a criação de um recém-nascido não é "tarefa para apenas uma pessoa". 

Ele considera que a legislação atual é insuficiente, então emendou a licença-paternidade de cinco dias com as férias do trabalho, totalizando um mês em que pôde se dedicar, junto à esposa, aos cuidados com a bebê. "Cinco dias é muito pouco, porque, às vezes, nesse período, a família ainda nem voltou do hospital. Pelo menos no primeiro mês, é essencial estar junto. Não podemos cobrar uma maior presença do pai enquanto só oferecemos cinco dias de licença-paternidade", expõe Fabio.

Presença 6v1a1q

Lucas pretende construir uma relação com seu filho baseada no respeito e na compreensão, por meio de "uma relação de amizade, em que a gente possa ser transparente um com o outro, valorizando a diversidade e a experiência de vida dele".

Para Fabio, que hoje trabalha home office, é "maravilhoso" poder ar mais tempo com a família: "A paternidade tem sido uma alegria diária. Ver minha filha crescer e descobrir o mundo é algo que não tem preço, o que uma licença-paternidade estendida amplificaria ainda mais". 

*Estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues