/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/trabalho-e-formacao/2021/07/4939507-conheca-advogadas-brasilienses-a-frente-de-escritorios-de-alto-padrao-no-df.html", "name": "Conheça advogadas brasilienses à frente de escritórios de alto padrão no DF", "headline": "Conheça advogadas brasilienses à frente de escritórios de alto padrão no DF", "alternateName": "RECONHECIMENTO", "alternativeHeadline": "RECONHECIMENTO", "datePublished": "2021-07-26-0319:03:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Entre os advogados de destaque de escrit&oacute;rios de alto padr&atilde;o ranqueados no Brasil, apenas 26% s&atilde;o mulheres, segundo o ranking de 2021 da <em>Chambers and Partners</em>. Essa organiza&ccedil;&atilde;o faz pesquisas independentes com o objetivo de analisar e produzir escalas sobre o mercado jur&iacute;dico em 200 pa&iacute;ses. No Distrito Federal, h&aacute; escrit&oacute;rios que representam clientes diante dos tribunais superiores, a porcentagem &eacute; ainda menor que a m&eacute;dia nacional: apenas tr&ecirc;s mulheres aparecem entre os 24 advogados selecionados.</p> <p class="texto">Em diferentes propor&ccedil;&otilde;es, a baixa representatividade se repete em outras regi&otilde;es do pa&iacute;s, como Rio Grande do Sul (15%) e Minas Gerais (18%). Esses &iacute;ndices n&atilde;o s&atilde;o uma particularidade no Brasil, infelizmente. Nos Estados Unidos, a porcentagem feminina &eacute; de 23%; It&aacute;lia e Su&eacute;cia registram 17%. Em situa&ccedil;&atilde;o mais favor&aacute;vel, o Reino Unido tem 34% de mulheres.</p> <p class="texto">&ldquo;Levando em considera&ccedil;&atilde;o a &aacute;rea jur&iacute;dica como um todo, as posi&ccedil;&otilde;es de lideran&ccedil;a sempre foram dominadas por homens, historicamente&rdquo;, aponta Lu&iacute;s Bulc&atilde;o, chefe de pesquisa da Chambers and Partners no Brasil. &ldquo;Os exemplos que a gente tem no ranking servem para mostrar que o espa&ccedil;o est&aacute; sendo cada vez mais aberto por mulheres, mas ainda existe um grande v&aacute;cuo a ser preenchido&rdquo;, diz.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/07/26/675x450/1_1-6776655.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Lu&iacute;s Bulc&atilde;o: &quot;O espa&ccedil;o est&aacute; sendo cada vez mais aberto por mulheres, mas ainda existe um grande v&aacute;cuo a ser preenchido&quot;"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Lu&iacute;s Bulc&atilde;o: &quot;O espa&ccedil;o est&aacute; sendo cada vez mais aberto por mulheres, mas ainda existe um grande v&aacute;cuo a ser preenchido&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">O pesquisador cita como exemplo Grace Mendon&ccedil;a, primeira mulher a assumir o comando da Advocacia Geral da Uni&atilde;o (AGU), em 2016, e Ellen Gracie Northfleet, que abriu as portas do Supremo Tribunal Federal (STF) &agrave;s mulheres, em 2000.</p> <h3>&Aacute;rea de mulher?</h3> <p class="texto">H&aacute; ainda certo estigma em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s &aacute;reas seguidas pelas advogadas, segundo Yelba Nayara Bonetti, advogada e professora. Atuante, sobretudo, em direito de fam&iacute;lia e do trabalho, ela afirma que o primeiro &eacute; visto como uma &ldquo;&aacute;rea de mulher&rdquo; por muitas pessoas. Isso porque envolve mais quest&otilde;es afetivas, familiares e dom&eacute;sticas. No direito do trabalho, ela percebe uma maior mescla em rela&ccedil;&atilde;o aos g&ecirc;neros.</p> <p class="texto">Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) refor&ccedil;a a import&acirc;ncia de pol&iacute;ticas de incentivo &agrave;s lideran&ccedil;as femininas na institui&ccedil;&atilde;o. Segundo a entidade, "a OAB segue o caminho de combate &agrave; desigualdade, no entendimento de que essa &eacute; uma luta de toda a sociedade&rdquo;.</p> <p class="texto">A OAB Nacional entende como necess&aacute;rio e indispens&aacute;vel o combate &agrave; desigualdade de g&ecirc;nero no cen&aacute;rio jur&iacute;dico.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/07/26/675x450/1_3-6776677.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Nildete Santana lembra da Lei J&uacute;lia Matos que ofereceu direitos a advogadas "></amp-img> <figcaption> Arquivo Pessoal - <b>Nildete Santana lembra da Lei J&uacute;lia Matos que ofereceu direitos a advogadas </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Presidente da Comiss&atilde;o da Mulher Advogada - OAB/DF, Nildete Santana, 54 anos, afirma ser lament&aacute;vel a participa&ccedil;&atilde;o feminina estar aqu&eacute;m do que &eacute; esperado no ranking elaborado pela Chambers and Partners.</p> <p class="texto">Ela reafirma o que o levantamento comprova: os cargos de lideran&ccedil;a s&atilde;o majoritariamente dominados por homens. Ainda que, hoje, no Brasil, mais de 50% dos advogados sejam, na verdade, advogadas.</p> <p class="texto">Contudo, Nildete diz que o Distrito Federal, no que tange &agrave; representatividade dentro da OAB, d&aacute; uma aula para o resto do pa&iacute;s. A lei de paridade de g&ecirc;nero, que obriga as chapas, nas elei&ccedil;&otilde;es da Ordem a terem pelo menos 50% de mulheres, foi aprovada nacionalmente em novembro de 2020. Mas, na capital do pa&iacute;s, isso ocorria desde 2019.</p> <p class="texto">Sobre a predomin&acirc;ncia de pautas masculinas dentro da OAB/DF, a presidente da Comiss&atilde;o da Mulher da Ordem explica que n&atilde;o enxerga isso como uma realidade em Bras&iacute;lia. &ldquo;Recentemente, fizemos tr&ecirc;s cartilhas (na OAB): ass&eacute;dio moral e sexual no trabalho; c&acirc;ncer de mama e prerrogativas da mulher advogada&rdquo;, diz Nildete Santana.</p> <p class="texto">Na cartilha de prerrogativas entra a quest&atilde;o da Lei J&uacute;lia Matos n&ordm; 13.363, aprovada em 2016. A legisla&ccedil;&atilde;o estipula direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante ou que der &agrave; luz e para o advogado que se tornar pai. O texto garante &agrave;s mulheres reservas de vagas nos f&oacute;runs dos tribunais, salas para amamenta&ccedil;&atilde;o, prefer&ecirc;ncia na ordem de sustenta&ccedil;&otilde;es em audi&ecirc;ncias, al&eacute;m de outros direitos.<br /></p> <h3>Os avan&ccedil;os jur&iacute;dicos n&atilde;o s&atilde;o suficientes</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/07/26/675x450/1_2-6776666.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Yelba Nayara Bonetti: &quot;N&atilde;o posso dizer que n&oacute;s n&atilde;o alcan&ccedil;amos nenhuma conquista, mas n&atilde;o posso dizer, tamb&eacute;m, que essa conquista &eacute; satisfat&oacute;ria&quot;"></amp-img> <figcaption> Arquivo Pessoal - <b>Yelba Nayara Bonetti: &quot;N&atilde;o posso dizer que n&oacute;s n&atilde;o alcan&ccedil;amos nenhuma conquista, mas n&atilde;o posso dizer, tamb&eacute;m, que essa conquista &eacute; satisfat&oacute;ria&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A advogada e professora Yelba Nayara Bonetti ressalta que, para al&eacute;m do incentivo &agrave;s mulheres em posi&ccedil;&atilde;o de destaque, conquistas legislativas como a inclus&atilde;o da Lei do Feminic&iacute;dio, n&ordm; 13104/15, no C&oacute;digo Penal e os avan&ccedil;os da Lei Maria da Penha s&atilde;o fruto da luta das mulheres no direito. &ldquo;Acho interessante a gente pensar que as prote&ccedil;&otilde;es legais que o direito nos oferece, hoje em dia, tamb&eacute;m acabam sendo um reflexo desse caminho que temos&rdquo;, comenta.</p> <p class="texto">Para ela, o resultado do ranking &eacute; sin&ocirc;nimo de tristeza. Ainda assim, prefere analisar os dados com esperan&ccedil;a, e afirma que a sociedade caminha para um avan&ccedil;o, ainda que lento. &ldquo;N&atilde;o posso dizer que n&oacute;s n&atilde;o alcan&ccedil;amos nenhuma conquista, mas n&atilde;o posso dizer tamb&eacute;m que essa conquista &eacute; satisfat&oacute;ria", pondera Yelba Nayara.</p> <p class="texto">Docente no Instituto Brasiliense de Direito P&uacute;blico (IDP) e na Universidade Cat&oacute;lica de Bras&iacute;lia (UCB), ela explica que a baixa presen&ccedil;a feminina est&aacute; relacionada a uma quest&atilde;o hist&oacute;rica e afeta n&atilde;o s&oacute; a &aacute;rea do direito, mas todo o mercado de trabalho.</p> <p class="texto">&ldquo;N&atilde;o tem como ignorar que viemos de uma estrutura extremamente patriarcal, em que havia a domina&ccedil;&atilde;o masculina no mercado de trabalho e nas rela&ccedil;&otilde;es familiares&rdquo;, explica a advogada.</p> <p class="texto">Mas ela cita avan&ccedil;os importantes em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; representatividade. Para Yelba, a ocupa&ccedil;&atilde;o da vice-presid&ecirc;ncia da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) pela advogada Cristiane Damasceno Leite &eacute; um grande exemplo. &ldquo;Quando voc&ecirc; v&ecirc; mulheres te representando, isso te d&aacute; maior &acirc;nimo para seguir nessa jornada&rdquo;, afirma.</p> <h3>Feliz com o reconhecimento</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/07/26/675x450/1_4-6776688.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Fernanda Hernandez (direita) e Carol Caputo (esquerda) s&atilde;o vizinhas de escrit&oacute;rio"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A Press - <b>Fernanda Hernandez (direita) e Carol Caputo (esquerda) s&atilde;o vizinhas de escrit&oacute;rio</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Comemorando sua estreia no ranking da Chambers and Partners, Carol Caputo, 36 anos, est&aacute; na profiss&atilde;o desde 2008. A advogada &eacute; s&oacute;cia do escrit&oacute;rio familiar Caputo Bastos &amp; Fruet Advogados. Ela est&aacute; contente com o reconhecimento e explica que, embora muitas advogadas se formem, a pr&aacute;tica no mercado acaba afunilando as oportunidades como s&oacute;cias e outras chances de crescimento.</p> <p class="texto">Por ser um ambiente majoritariamente masculino, Carol conta que, assim como v&aacute;rias mulheres, j&aacute; ou por constrangimentos. &ldquo;Eu tive uma experi&ecirc;ncia em que conduzi toda a audi&ecirc;ncia e, no fim, meu cliente ficou dizendo como eu era bonita. Eu sei que &eacute; um elogio que, em outro contexto, eu n&atilde;o rejeitaria, mas, naquele local, n&atilde;o cabia&rdquo;, relata.</p> <p class="texto">Ela acredita que situa&ccedil;&otilde;es como essa ocorrem por ainda n&atilde;o enxergarem a presen&ccedil;a feminina com naturalidade no mercado. &ldquo;&Eacute; muito comum, por exemplo, que reuni&otilde;es aconte&ccedil;am dominadas por homens. Ent&atilde;o, &eacute; comum que a mulher se sinta intimidada para expor seu ponto de vista&rdquo;, explica a advogada. &ldquo;Essa dificuldade de se tornar s&oacute;cia, por ser um ambiente muito masculino, desestimula as mulheres&rdquo;.</p> <p class="texto">Para ela, o ambiente jur&iacute;dico precisa dar mais espa&ccedil;o &agrave;s mulheres em artigos, publica&ccedil;&otilde;es, semin&aacute;rios e congressos. &ldquo;O ambiente do direito deveria olhar para isso, ver que n&atilde;o &eacute; razo&aacute;vel, n&atilde;o &eacute; normal, que tem v&aacute;rias mulheres competentes produzindo e aptas a se posicionarem mais em um determinado assunto&rdquo;, declara.</p> <h3>A precursora</h3> <p class="texto">Fernanda Hernandez tem 60 anos hoje, mas, quando veio para Bras&iacute;lia, tinha apenas 22, em 1983. A advogada aparece no ranking da Chambers and Partners desde 2012. M&atilde;e e av&oacute;, ela fundou o pr&oacute;prio escrit&oacute;rio em 1990, quando o primeiro filho era ainda rec&eacute;m-nascido. &ldquo;Eu fiz uma op&ccedil;&atilde;o por n&atilde;o ter um escrit&oacute;rio grande, porque eu queria ser m&atilde;e e tamb&eacute;m queria trabalhar&rdquo;, conta.</p> <p class="texto">Quando veio para Bras&iacute;lia ap&oacute;s ter se formado em direito pela Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), a advogada se recorda de poucas mulheres atuando no direito brasiliense. &ldquo;Sou meio precursora do nosso caminho&rdquo;, conta. Al&eacute;m dela, a profissional atuante no direito p&uacute;blico recorda de mais dois nomes: a advogada Marisa Poletti e a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maria Cristina Peduzzi.</p> <p class="texto">&ldquo;Eu fico muito contente de ver que, depois de mim, vieram muitas mulheres&rdquo;, comenta Fernanda. &ldquo;Aqui no escrit&oacute;rio, sou uma incentivadora, inclusive de mulheres: que sejam m&atilde;es, que sigam a carreira, que sejam casadas, que tirem f&eacute;rias, que vivam. Eu acho que todas as fun&ccedil;&otilde;es s&atilde;o concili&aacute;veis&rdquo;, opina.</p> <p class="texto">Para ela, a presen&ccedil;a feminina no ranking faz com que mais mulheres acreditem no ideal que escolheram, o de serem advogadas. E aconselha: &ldquo;Trabalhem de cora&ccedil;&atilde;o, sempre sabendo que cada caso significa uma solu&ccedil;&atilde;o que vai fazer uma enorme diferen&ccedil;a na vida de uma pessoa, seja jur&iacute;dica ou f&iacute;sica&rdquo;.</p> <h3>Otimista em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2021/07/26/675x450/1_5-6776699.jpg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="Beatriz Donaires: &quot;Hoje, em Bras&iacute;lia, me parece que o n&uacute;mero de mulheres que se formam em direito &eacute; maior do que o de homens&quot;"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Beatriz Donaires: &quot;Hoje, em Bras&iacute;lia, me parece que o n&uacute;mero de mulheres que se formam em direito &eacute; maior do que o de homens&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Beatriz Donaires, 55 anos, &eacute; outra advogada presente na sele&ccedil;&atilde;o de l&iacute;deres da pesquisa da Chambers and Partners. Ela tamb&eacute;m &eacute; m&atilde;e e conta que a fam&iacute;lia foi essencial para que ela conseguisse conciliar bem o direito e a maternidade. &ldquo;Minha fam&iacute;lia foi essencial para me dar o e adequado&rdquo;, diz.</p> <p class="texto">Quando come&ccedil;ou no direito, na d&eacute;cada de 90, a filha ainda era pequena. Advogada s&oacute;cia no escrit&oacute;rio Caputo Bastos &amp; Fruet Advogados, o mesmo em que Carol Caputo trabalha, e que a tua, principalmente, na defesa perante o Supremo Tribunal Federal (STF), relata que est&aacute; na profiss&atilde;o desde jovem e que a filha cresceu acostumada com a rotina.</p> <p class="texto">&ldquo;N&atilde;o houve uma situa&ccedil;&atilde;o que eu n&atilde;o pudesse estar presente&rdquo;, afirma Beatriz. &ldquo;Conseguia conciliar a minha atua&ccedil;&atilde;o profissional com os meus compromissos com a educa&ccedil;&atilde;o e a participa&ccedil;&atilde;o na vida dela&rdquo;, continua.</p> <p class="texto">Ranqueada h&aacute; alguns anos pela pesquisa da Chambers and Partners, a quantidade de mulheres no ranking causa estranhamento para a advogada. "Hoje, em Bras&iacute;lia, me parece que o n&uacute;mero de mulheres que se formam em direito &eacute; maior do que o de homens&rdquo;, argumenta.</p> <p class="texto">No entanto, ela procura ser otimista em rela&ccedil;&atilde;o ao mercado de trabalho. Beatriz Donaires aconselha persist&ecirc;ncia e resili&ecirc;ncia a todas as profissionais para lidar com os desafios que o Brasil pode faz&ecirc;-las enfrentar. &ldquo;Parece que o pa&iacute;s acorda em alguns aspectos e depois retrocede em muitas outras &aacute;reas. Eu aconselharia que elas continuem otimistas em rela&ccedil;&atilde;o ao futuro do Brasil e que continuem a buscar seus direitos, nos seus espa&ccedil;os&rdquo;, declara.</p> <h3>Para saber mais</h3> <p class="texto"><em>A pesquisa da Chambers and Partners existe h&aacute; 30 anos e &eacute; realizada anualmente nos principais mercados de advocacia corporativa do pa&iacute;s. Para elaborar o levantamento, os pesquisadores conversam com os clientes dos escrit&oacute;rios para descobrir o n&iacute;vel de satisfa&ccedil;&atilde;o e a qualidade do servi&ccedil;o prestado. Al&eacute;m de questionarem se o escrit&oacute;rio tem boa t&eacute;cnica jur&iacute;dica, os advogados reconhecidos como l&iacute;deres no mercado tamb&eacute;m am por entrevistas. A equipe conta com mais de 200 pesquisadores que analisam &aacute;reas diversas do direito corporativo, e para chegar ao ranking eles estudam informa&ccedil;&otilde;es minuciosas sobre casos e transa&ccedil;&otilde;es dos escrit&oacute;rios avaliados. A metodologia utilizada pela Chambers &eacute; independente e &ldquo;rigorosa&rdquo;, segundo o pr&oacute;prio documento da escala brasileira.</em></p> <p class="texto"><strong>* Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o de Ana S&aacute;</strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2021%2F07%2F24%2F766x527%2F1_cbpfot210720212484-6773757.jpg", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Gabriella Castro*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 2i1e43

Eu, Estudante 445c6h

RECONHECIMENTO

Conheça advogadas brasilienses à frente de escritórios de alto padrão no DF 3x4y4b

Ranking lista três profissionais brasilienses líderes em escritórios de advocacia de alto padrão. Porcentagem feminina no Brasil é de apenas 26% 6bt30

Entre os advogados de destaque de escritórios de alto padrão ranqueados no Brasil, apenas 26% são mulheres, segundo o ranking de 2021 da Chambers and Partners. Essa organização faz pesquisas independentes com o objetivo de analisar e produzir escalas sobre o mercado jurídico em 200 países. No Distrito Federal, há escritórios que representam clientes diante dos tribunais superiores, a porcentagem é ainda menor que a média nacional: apenas três mulheres aparecem entre os 24 advogados selecionados.

Em diferentes proporções, a baixa representatividade se repete em outras regiões do país, como Rio Grande do Sul (15%) e Minas Gerais (18%). Esses índices não são uma particularidade no Brasil, infelizmente. Nos Estados Unidos, a porcentagem feminina é de 23%; Itália e Suécia registram 17%. Em situação mais favorável, o Reino Unido tem 34% de mulheres.

“Levando em consideração a área jurídica como um todo, as posições de liderança sempre foram dominadas por homens, historicamente”, aponta Luís Bulcão, chefe de pesquisa da Chambers and Partners no Brasil. “Os exemplos que a gente tem no ranking servem para mostrar que o espaço está sendo cada vez mais aberto por mulheres, mas ainda existe um grande vácuo a ser preenchido”, diz.

Arquivo Pessoal - Luís Bulcão: "O espaço está sendo cada vez mais aberto por mulheres, mas ainda existe um grande vácuo a ser preenchido"

O pesquisador cita como exemplo Grace Mendonça, primeira mulher a assumir o comando da Advocacia Geral da União (AGU), em 2016, e Ellen Gracie Northfleet, que abriu as portas do Supremo Tribunal Federal (STF) às mulheres, em 2000.

Área de mulher? 354042

Há ainda certo estigma em relação às áreas seguidas pelas advogadas, segundo Yelba Nayara Bonetti, advogada e professora. Atuante, sobretudo, em direito de família e do trabalho, ela afirma que o primeiro é visto como uma “área de mulher” por muitas pessoas. Isso porque envolve mais questões afetivas, familiares e domésticas. No direito do trabalho, ela percebe uma maior mescla em relação aos gêneros.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reforça a importância de políticas de incentivo às lideranças femininas na instituição. Segundo a entidade, "a OAB segue o caminho de combate à desigualdade, no entendimento de que essa é uma luta de toda a sociedade”.

A OAB Nacional entende como necessário e indispensável o combate à desigualdade de gênero no cenário jurídico.

Arquivo Pessoal - Nildete Santana lembra da Lei Júlia Matos que ofereceu direitos a advogadas

Presidente da Comissão da Mulher Advogada - OAB/DF, Nildete Santana, 54 anos, afirma ser lamentável a participação feminina estar aquém do que é esperado no ranking elaborado pela Chambers and Partners.

Ela reafirma o que o levantamento comprova: os cargos de liderança são majoritariamente dominados por homens. Ainda que, hoje, no Brasil, mais de 50% dos advogados sejam, na verdade, advogadas.

Contudo, Nildete diz que o Distrito Federal, no que tange à representatividade dentro da OAB, dá uma aula para o resto do país. A lei de paridade de gênero, que obriga as chapas, nas eleições da Ordem a terem pelo menos 50% de mulheres, foi aprovada nacionalmente em novembro de 2020. Mas, na capital do país, isso ocorria desde 2019.

Sobre a predominância de pautas masculinas dentro da OAB/DF, a presidente da Comissão da Mulher da Ordem explica que não enxerga isso como uma realidade em Brasília. “Recentemente, fizemos três cartilhas (na OAB): assédio moral e sexual no trabalho; câncer de mama e prerrogativas da mulher advogada”, diz Nildete Santana.

Na cartilha de prerrogativas entra a questão da Lei Júlia Matos nº 13.363, aprovada em 2016. A legislação estipula direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz e para o advogado que se tornar pai. O texto garante às mulheres reservas de vagas nos fóruns dos tribunais, salas para amamentação, preferência na ordem de sustentações em audiências, além de outros direitos.

Os avanços jurídicos não são suficientes 175h3s

Arquivo Pessoal - Yelba Nayara Bonetti: "Não posso dizer que nós não alcançamos nenhuma conquista, mas não posso dizer, também, que essa conquista é satisfatória"

A advogada e professora Yelba Nayara Bonetti ressalta que, para além do incentivo às mulheres em posição de destaque, conquistas legislativas como a inclusão da Lei do Feminicídio, nº 13104/15, no Código Penal e os avanços da Lei Maria da Penha são fruto da luta das mulheres no direito. “Acho interessante a gente pensar que as proteções legais que o direito nos oferece, hoje em dia, também acabam sendo um reflexo desse caminho que temos”, comenta.

Para ela, o resultado do ranking é sinônimo de tristeza. Ainda assim, prefere analisar os dados com esperança, e afirma que a sociedade caminha para um avanço, ainda que lento. “Não posso dizer que nós não alcançamos nenhuma conquista, mas não posso dizer também que essa conquista é satisfatória", pondera Yelba Nayara.

Docente no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e na Universidade Católica de Brasília (UCB), ela explica que a baixa presença feminina está relacionada a uma questão histórica e afeta não só a área do direito, mas todo o mercado de trabalho.

“Não tem como ignorar que viemos de uma estrutura extremamente patriarcal, em que havia a dominação masculina no mercado de trabalho e nas relações familiares”, explica a advogada.

Mas ela cita avanços importantes em relação à representatividade. Para Yelba, a ocupação da vice-presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) pela advogada Cristiane Damasceno Leite é um grande exemplo. “Quando você vê mulheres te representando, isso te dá maior ânimo para seguir nessa jornada”, afirma.

Feliz com o reconhecimento 4j5j4b

Minervino Júnior/CB/D.A Press - Fernanda Hernandez (direita) e Carol Caputo (esquerda) são vizinhas de escritório

Comemorando sua estreia no ranking da Chambers and Partners, Carol Caputo, 36 anos, está na profissão desde 2008. A advogada é sócia do escritório familiar Caputo Bastos & Fruet Advogados. Ela está contente com o reconhecimento e explica que, embora muitas advogadas se formem, a prática no mercado acaba afunilando as oportunidades como sócias e outras chances de crescimento.

Por ser um ambiente majoritariamente masculino, Carol conta que, assim como várias mulheres, já ou por constrangimentos. “Eu tive uma experiência em que conduzi toda a audiência e, no fim, meu cliente ficou dizendo como eu era bonita. Eu sei que é um elogio que, em outro contexto, eu não rejeitaria, mas, naquele local, não cabia”, relata.

Ela acredita que situações como essa ocorrem por ainda não enxergarem a presença feminina com naturalidade no mercado. “É muito comum, por exemplo, que reuniões aconteçam dominadas por homens. Então, é comum que a mulher se sinta intimidada para expor seu ponto de vista”, explica a advogada. “Essa dificuldade de se tornar sócia, por ser um ambiente muito masculino, desestimula as mulheres”.

Para ela, o ambiente jurídico precisa dar mais espaço às mulheres em artigos, publicações, seminários e congressos. “O ambiente do direito deveria olhar para isso, ver que não é razoável, não é normal, que tem várias mulheres competentes produzindo e aptas a se posicionarem mais em um determinado assunto”, declara.

A precursora 43d4n

Fernanda Hernandez tem 60 anos hoje, mas, quando veio para Brasília, tinha apenas 22, em 1983. A advogada aparece no ranking da Chambers and Partners desde 2012. Mãe e avó, ela fundou o próprio escritório em 1990, quando o primeiro filho era ainda recém-nascido. “Eu fiz uma opção por não ter um escritório grande, porque eu queria ser mãe e também queria trabalhar”, conta.

Quando veio para Brasília após ter se formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), a advogada se recorda de poucas mulheres atuando no direito brasiliense. “Sou meio precursora do nosso caminho”, conta. Além dela, a profissional atuante no direito público recorda de mais dois nomes: a advogada Marisa Poletti e a presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maria Cristina Peduzzi.

“Eu fico muito contente de ver que, depois de mim, vieram muitas mulheres”, comenta Fernanda. “Aqui no escritório, sou uma incentivadora, inclusive de mulheres: que sejam mães, que sigam a carreira, que sejam casadas, que tirem férias, que vivam. Eu acho que todas as funções são conciliáveis”, opina.

Para ela, a presença feminina no ranking faz com que mais mulheres acreditem no ideal que escolheram, o de serem advogadas. E aconselha: “Trabalhem de coração, sempre sabendo que cada caso significa uma solução que vai fazer uma enorme diferença na vida de uma pessoa, seja jurídica ou física”.

Otimista em relação ao futuro p6g23

Arquivo Pessoal - Beatriz Donaires: "Hoje, em Brasília, me parece que o número de mulheres que se formam em direito é maior do que o de homens"

Beatriz Donaires, 55 anos, é outra advogada presente na seleção de líderes da pesquisa da Chambers and Partners. Ela também é mãe e conta que a família foi essencial para que ela conseguisse conciliar bem o direito e a maternidade. “Minha família foi essencial para me dar o e adequado”, diz.

Quando começou no direito, na década de 90, a filha ainda era pequena. Advogada sócia no escritório Caputo Bastos & Fruet Advogados, o mesmo em que Carol Caputo trabalha, e que a tua, principalmente, na defesa perante o Supremo Tribunal Federal (STF), relata que está na profissão desde jovem e que a filha cresceu acostumada com a rotina.

“Não houve uma situação que eu não pudesse estar presente”, afirma Beatriz. “Conseguia conciliar a minha atuação profissional com os meus compromissos com a educação e a participação na vida dela”, continua.

Ranqueada há alguns anos pela pesquisa da Chambers and Partners, a quantidade de mulheres no ranking causa estranhamento para a advogada. "Hoje, em Brasília, me parece que o número de mulheres que se formam em direito é maior do que o de homens”, argumenta.

No entanto, ela procura ser otimista em relação ao mercado de trabalho. Beatriz Donaires aconselha persistência e resiliência a todas as profissionais para lidar com os desafios que o Brasil pode fazê-las enfrentar. “Parece que o país acorda em alguns aspectos e depois retrocede em muitas outras áreas. Eu aconselharia que elas continuem otimistas em relação ao futuro do Brasil e que continuem a buscar seus direitos, nos seus espaços”, declara.

Para saber mais 4s53g

A pesquisa da Chambers and Partners existe há 30 anos e é realizada anualmente nos principais mercados de advocacia corporativa do país. Para elaborar o levantamento, os pesquisadores conversam com os clientes dos escritórios para descobrir o nível de satisfação e a qualidade do serviço prestado. Além de questionarem se o escritório tem boa técnica jurídica, os advogados reconhecidos como líderes no mercado também am por entrevistas. A equipe conta com mais de 200 pesquisadores que analisam áreas diversas do direito corporativo, e para chegar ao ranking eles estudam informações minuciosas sobre casos e transações dos escritórios avaliados. A metodologia utilizada pela Chambers é independente e “rigorosa”, segundo o próprio documento da escala brasileira.

* Estagiária sob supervisão de Ana Sá