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Como ser&aacute; a atua&ccedil;&atilde;o desse Comit&ecirc; e como ele vai envolver a comunidade?</strong></p> <p class="texto"><em>O Comit&ecirc;&nbsp;&eacute; um marco institucional para as institui&ccedil;&otilde;es brasileiras desde a tentativa de golpe em 2023. A Universidade de Bras&iacute;lia j&aacute; vem contribuindo em projetos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foram importantes nos &uacute;ltimos anos para consolidar um arcabou&ccedil;o de enfrentamento &agrave; desinforma&ccedil;&atilde;o. A gente deve lan&ccedil;ar o primeiro edital em 31 de mar&ccedil;o. A ideia &eacute; que a pr&oacute;pria comunidade universit&aacute;ria possa propor a&ccedil;&otilde;es de desenvolvimento de atividades nas unidades acad&ecirc;micas e em articula&ccedil;&atilde;o com a comunidade externa. 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Estamos em uma parceria prof&iacute;cua com o Comit&ecirc; de Cultura do DF, e vamos ter v&aacute;rias atividades sendo desenvolvidas nos c&acirc;mpus. Queremos discutir a rela&ccedil;&atilde;o entre a gera&ccedil;&atilde;o que ingressa na universidade e o mundo do trabalho. A gente quer concentrar as atividades para fora dos audit&oacute;rios, para fora da sala de aula, e nisso temos tido a colabora&ccedil;&atilde;o das unidades acad&ecirc;micas como um todo. Sobre a greve, temos uma a&ccedil;&atilde;o judicial que j&aacute; vem se estendendo h&aacute; mais de 30 anos e houve uma decis&atilde;o favor&aacute;vel do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovando os termos de liminar da senten&ccedil;a em favor de docentes e t&eacute;cnicos. A decis&atilde;o para os t&eacute;cnicos ocorreu em novembro e a gente ainda n&atilde;o teve a implementa&ccedil;&atilde;o efetiva desse percentual, que &eacute; uma parcela significativa dos vencimentos dos trabalhadores. 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Ent&atilde;o, a gente precisa realmente aguardar a assembleia de quinta-feira para saber qual vai ser a delibera&ccedil;&atilde;o deles.</em></p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong><em>&nbsp;</em><a href="/euestudante/cultura/2025/03/7082845-ex-aluna-de-publicidade-da-unb-lanca-livro-de-ficcao-cientifica-infantojuvenil.html" target="_blank">Ex-aluna de publicidade da UnB lan&ccedil;a livro de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica infantojuvenil</a></li> </ul> <p class="texto"><strong>Vivemos&nbsp;uma situa&ccedil;&atilde;o no pa&iacute;s em que sentimos uma intoler&acirc;ncia muito grande em uma polariza&ccedil;&atilde;o muito forte entre esquerda e direita. A politiza&ccedil;&atilde;o em si n&atilde;o &eacute; mal&eacute;fica, mas o problema &eacute; a intoler&acirc;ncia ao diferente, o seu oposto. Como a sua gest&atilde;o pode contribuir para evitar que esse clima de confronto se instale tamb&eacute;m na UnB?</strong></p> <p class="texto"><em>O primeiro o &eacute; a gente internalizar a ideia de que a universidade desenvolve muitas atividades que s&atilde;o direcionadas para a sociedade, que s&atilde;o realizadas em prol da solu&ccedil;&atilde;o dos problemas que v&ecirc;m de fora A gente tem uma origem vanguardista no pensamento de Darcy Ribeiro, de An&iacute;sio Teixeira. Darcy dizia muito isso, pensar o Brasil como problema. Ent&atilde;o, a universidade que se mostra para a sociedade como aquela em que h&aacute; uma parceria entre o campo cient&iacute;fico e o campo dos saberes externos, que v&ecirc;m oriundos das comunidades, e nessa parceria constr&oacute;i coletivamente um saber, ela est&aacute; desenvolvendo tamb&eacute;m uma forma de pol&iacute;tica e de politiza&ccedil;&atilde;o que &eacute; aquela original, a da p&oacute;lis, da cidade. 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Ent&atilde;o, h&aacute; grandes temas que precisam ser trabalhados e qualquer tipo de intoler&acirc;ncia, de viol&ecirc;ncia, mesmo no campo pol&iacute;tico, n&atilde;o contribui para nada disso.</em></p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong><em>&nbsp;</em><a href="/opiniao/2025/03/7085707-francisca-uma-guerreira-cearense.html" target="_blank">Francisca, uma guerreira cearense</a></li> </ul> <p class="texto"><strong>A&nbsp;UnB emitiu&nbsp;uma nota em rela&ccedil;&atilde;o a uma atividade de um grupo de&nbsp;alunos da UnB,&nbsp;apagando manifesta&ccedil;&otilde;es que havia na universidade e sobre as quais eles eram contr&aacute;rios. Fale sobre essa nota, da import&acirc;ncia de haver esse respeito, de a discuss&atilde;o ficar no campo das ideias, no&nbsp;debate.</strong></p> <p class="texto"><em>O pr&oacute;prio projeto de gest&atilde;o participativa que a gente inicia desenvolvendo essa semana traz essa perspectiva de trabalhar a comunidade para que possamos debater ideias no campo democr&aacute;tico. Ou seja, a democracia &eacute; essa possibilidade que a gente tem de desenvolver o pensamento, de confrontar ideias com respeito, com toler&acirc;ncia, de forma a avan&ccedil;ar no conhecimento. E qualquer pr&aacute;tica que venha a ser impositiva, autorit&aacute;ria, representa realmente um ataque a esses valores democr&aacute;ticos que a institui&ccedil;&atilde;o, as universidades, de maneira geral, preconizam e que &eacute; a nossa ess&ecirc;ncia enquanto uma Rep&uacute;blica. Portanto, qualquer debate de ideias tem que ser feito de forma a n&atilde;o romper os avan&ccedil;os civilizat&oacute;rios que a gente vem alcan&ccedil;ando ao longo dos tempos. A universidade tem estado muito atenta a essas pr&aacute;ticas. A gente tem atuado institucionalmente para coibir pr&aacute;ticas dessa natureza e queremos uma semana de boas-vindas muito tranquila. Estamos trabalhando intensivamente para que as atividades ocorram de forma plena e que a recep&ccedil;&atilde;o aos novos estudantes seja feita pelas unidades, com as atividades acad&ecirc;micas e culturais que a universidade pode oferecer e que a comunidade deve aproveitar.</em></p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong><em>&nbsp;</em><a href="/euestudante/pos-graduacao/2025/03/7063217-morador-de-samambaia-e-aprovado-em-mestrado-e-estagio-na-espanha.html" target="_blank">Morador de Samambaia &eacute; selecionado para mestrado e est&aacute;gio na Espanha</a></li> </ul> <p class="texto"><strong>Em quatro meses de gest&atilde;o da senhora, quais foram as principais medidas adotadas?</strong></p> <p class="texto"><em>No campo da gest&atilde;o, ampliar a participa&ccedil;&atilde;o das unidades e ouvir a comunidade tem sido o maior desafio deste in&iacute;cio, queremos manter como uma proposta de gest&atilde;o. Lan&ccedil;amos essa semana o projeto de gest&atilde;o participativa, no qual tem uma equipe trabalhando h&aacute; um m&ecirc;s. A ideia &eacute; a gente implementar mecanismos de gest&atilde;o participativa para discutir grandes temas da universidade e fazer isso junto com a comunidade acad&ecirc;mica. Neste m&ecirc;s, tamb&eacute;m estamos com uma programa&ccedil;&atilde;o relativa ao M&ecirc;s das Mulheres com o tema de enfrentamento ao ass&eacute;dio. &Eacute; uma pauta tamb&eacute;m muito importante para n&oacute;s, para al&eacute;m da equidade de g&ecirc;nero, que sempre &eacute; debatida no m&ecirc;s de mar&ccedil;o. Ent&atilde;o, estamos com o edital aberto para a comunidade tamb&eacute;m propor materiais de campanha para o enfrentamento do ass&eacute;dio.&nbsp;Devemos desenvolver cursos para os gestores nessa tem&aacute;tica. Do ponto de vista da infraestrutura, fizemos uma grande reorganiza&ccedil;&atilde;o na universidade e estamos conseguindo reduzir enormemente o n&uacute;mero de &oacute;rg&atilde;os de servi&ccedil;o em aberto. Isso vai gerar um impacto agora para o primeiro semestre de 2025 relativo &agrave; instala&ccedil;&atilde;o das turmas. Temos problemas hist&oacute;ricos com esse encaixe de turmas em salas de aula e, com a recupera&ccedil;&atilde;o da infraestrutura de v&aacute;rias salas, vamos conseguir praticamente reduzir o n&uacute;mero de salas e de turmas n&atilde;o alocadas de mil no &uacute;ltimo semestre para 20 turmas.</em></p> <p class="texto"><strong>A UnB completar&aacute; 63 anos. Como &eacute; ser a segunda reitora em todo esse tempo de universidade?</strong></p> <p class="texto"><em>&Eacute; importante dar continuidade &agrave;s mulheres na gest&atilde;o. A gente tem tentado ampliar a perspectiva da gest&atilde;o nas unidades istrativas &agrave; participa&ccedil;&atilde;o das mulheres. Desenvolver a lideran&ccedil;a feminina nos diversos setores n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil. A gente sabe que h&aacute; setores que t&ecirc;m uma tradi&ccedil;&atilde;o de privil&eacute;gio dos homens. Por exemplo, nas atividades cient&iacute;ficas, embora hoje a gente j&aacute; tenha uma maioria de projetos liderados por mulheres e mesmo tendo coordena&ccedil;&atilde;o por mulheres em projetos de algumas &aacute;reas, &eacute; restrita.&nbsp;&Eacute; preciso um conjunto de a&ccedil;&otilde;es que induzam &agrave; participa&ccedil;&atilde;o das mulheres em nichos espec&iacute;ficos. J&aacute; &eacute; um caminho que a Universidade de Bras&iacute;lia vem percorrendo, mas um conjunto de a&ccedil;&otilde;es, e acho que a tem&aacute;tica do "8M" deste ano vai ajudar bastante a gente a problematizar essas diferen&ccedil;as. Tivemos a grata oportunidade de participar do Pr&ecirc;mio CNPq Mulheres e Ci&ecirc;ncia e foi premiada a professora D&eacute;bora Diniz, na &aacute;rea de Ci&ecirc;ncias Sociais e Humanidades. E isso projeta a figura da mulher no cen&aacute;rio nacional e internacional. A gente espera que tudo isso sirva de farol para as meninas e as mulheres que est&atilde;o iniciando o seu percurso na ci&ecirc;ncia.</em></p> <h3>Veja a entrevista na &iacute;ntegra:</h3> <p class="texto"></p> <p class="texto"><em>*Estagi&aacute;rio sob a supervis&atilde;o de Malcia Afonso</em></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/03/7083897-gdf-lanca-programa-de-intercambio-no-reino-unido-para-estudantes-da-rede-publica.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/11/360x240/1_intercambio-47856986.jpeg?20250313204929" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>GDF lança programa de intercâmbio no Reino Unido para estudantes da rede pública</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/03/7081880-prova-de-bolsa-da-rede-de-ensino-elite-ocorre-no-proximo-sabado-15-3.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/01/colegio_elite-40363671.jpg?20250311214351" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Prova de bolsa da rede de ensino Elite ocorre no próximo sábado (15/3) </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/03/7080594-mec-lanca-programas-para-ampliar-o-de-jovens-ao-ensino-tecnico-e-superior.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/10/lancamento_mec-47824987.jpeg?20250310165542" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>MEC lança programas para ampliar o de jovens ao ensino técnico e superior</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/03/17/675x450/1_17032025mf21-48157810.jpg?20250317174551?20250317174551", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Luiz Fellipe Alves" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 2o5p2b

Eu, Estudante 445c6h

Entrevista

'A UnB é democrática por natureza', afirma a reitora, Rozana Neves 57m4x

Ao CB.Poder, a gestora destacou o caráter plural da instituição e os 40 anos da redemocratização. Falou ainda sobre a greve dos servidores técnico-istrativos, que pode ocorrer a partir de quinta-feira. Aulas serão retomadas dia 24 404020

Os 40 anos da redemocratização do Brasil e o papel da Universidade de Brasília (UnB) em defesa da democracia foram temas do CB. Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília —, desta segunda-feira (17/3), que teve como convidada Rozana Naves, reitora da instituição. Às jornalistas Ana Maria Campos (D) e Adriana Bernardes, ela também destacou o trabalho desenvolvido para o início do semestre letivo, projetos para a valorização feminina no campo científico e a instalação do Comitê de Enfrentamento à Desinformação.

Outro assunto abordado foi a posição da UnB em relação às ações de um grupo de alunos que, identificando-se como de direita, apagou manifestações de outros estudantes com pensamento diferente. O episódio ocorreu na sexta-feira (14/3), no câmpus da Asa Norte, e a instituição rechaçou atos de intolerância. Rozana Naves comentou ainda sobre a greve dos servidores técnico-istrativos, que podem parar na quinta-feira (20/3). Aulas começam em 24 de março.

Vivemos em um momento no qual a democracia ainda é um debate e há ameaças. Qual foi o papel da UnB no processo de redemocratização que o país viveu?

A Universidade de Brasília, historicamente, posiciona-se nesse campo de defesa à democracia. Nós também estamos planejando comemorar os 40 anos de redemocratização da própria universidade, as primeiras eleições para reitor. Eu costumo dizer que a universidade é uma instituição democrática por natureza. Fazemos consultas à nossa comunidade, desde a eleição para reitor até os representantes dos centros acadêmicos. Então, em todas as instâncias, o exercício democrático faz parte do cotidiano da universidade. Além disso, a formação para a cidadania que a gente oferece por meio da nossa educação superior também pretende alcançar indicadores importantes no comprometimento da sociedade com as práticas democráticas no nosso país. 

O Comitê de Enfrentamento à Desinformação foi instalado em 8 de janeiro deste ano. Como será a atuação desse Comitê e como ele vai envolver a comunidade?

O Comitê é um marco institucional para as instituições brasileiras desde a tentativa de golpe em 2023. A Universidade de Brasília já vem contribuindo em projetos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foram importantes nos últimos anos para consolidar um arcabouço de enfrentamento à desinformação. A gente deve lançar o primeiro edital em 31 de março. A ideia é que a própria comunidade universitária possa propor ações de desenvolvimento de atividades nas unidades acadêmicas e em articulação com a comunidade externa. Então, a gente entende que o enfrentamento à desinformação a, primeiro, por oferecer à sociedade informação de qualidade. A universidade produz muita informação, produz muita ciência e produz soluções para os problemas da sociedade. Entendemos que uma das linhas de ação pode ser a popularização da ciência. Outra linha é a do enfrentamento às informações falsas que circulam, seja pelas redes ou mesmo no senso comum pelas comunidades. Levar a possibilidade de as comunidades realizarem o letramento digital da sociedade é importante para que a própria comunidade saiba distinguir o que é informação falsa do que é a informação útil para tomada de decisão.

Qual será o principal tema desse retorno às aulas? Há alguma greve programada para esse retorno?

A gente teve uma preocupação de ampliar o hall de atividades, especialmente em relação à arte e à cultura. Estamos em uma parceria profícua com o Comitê de Cultura do DF, e vamos ter várias atividades sendo desenvolvidas nos câmpus. Queremos discutir a relação entre a geração que ingressa na universidade e o mundo do trabalho. A gente quer concentrar as atividades para fora dos auditórios, para fora da sala de aula, e nisso temos tido a colaboração das unidades acadêmicas como um todo. Sobre a greve, temos uma ação judicial que já vem se estendendo há mais de 30 anos e houve uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovando os termos de liminar da sentença em favor de docentes e técnicos. A decisão para os técnicos ocorreu em novembro e a gente ainda não teve a implementação efetiva desse percentual, que é uma parcela significativa dos vencimentos dos trabalhadores. A tese aprovada pelo STF é a da segurança jurídica, ou seja, qualquer família que tenha hoje 26,05% da sua renda extinta nesse momento, geraria bastante dificuldade. O sindicato dos trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília recorreu mais uma vez ao STF, portanto, a greve vai depender muito de como as coisas andam em termos de respostas efetivas para a implementação dessa parcela. Então, a gente precisa realmente aguardar a assembleia de quinta-feira para saber qual vai ser a deliberação deles.

Vivemos uma situação no país em que sentimos uma intolerância muito grande em uma polarização muito forte entre esquerda e direita. A politização em si não é maléfica, mas o problema é a intolerância ao diferente, o seu oposto. Como a sua gestão pode contribuir para evitar que esse clima de confronto se instale também na UnB?

O primeiro o é a gente internalizar a ideia de que a universidade desenvolve muitas atividades que são direcionadas para a sociedade, que são realizadas em prol da solução dos problemas que vêm de fora A gente tem uma origem vanguardista no pensamento de Darcy Ribeiro, de Anísio Teixeira. Darcy dizia muito isso, pensar o Brasil como problema. Então, a universidade que se mostra para a sociedade como aquela em que há uma parceria entre o campo científico e o campo dos saberes externos, que vêm oriundos das comunidades, e nessa parceria constrói coletivamente um saber, ela está desenvolvendo também uma forma de política e de politização que é aquela original, a da pólis, da cidade. Ou seja, desenvolvendo a capacidade de diálogo também entre os saberes que são construídos cientificamente na universidade e os saberes que circundam a nossa comunidade e os problemas que estão lá na sociedade. De fato, a intolerância deve ser rechaçada em todos os níveis. A universidade tem que trabalhar por uma cultura de paz, pelo desenvolvimento de propostas positivas para o país, para a redução das desigualdades, para a redução dos problemas que são os efeitos das emergências climáticas. Então, há grandes temas que precisam ser trabalhados e qualquer tipo de intolerância, de violência, mesmo no campo político, não contribui para nada disso.

A UnB emitiu uma nota em relação a uma atividade de um grupo de alunos da UnB, apagando manifestações que havia na universidade e sobre as quais eles eram contrários. Fale sobre essa nota, da importância de haver esse respeito, de a discussão ficar no campo das ideias, no debate.

O próprio projeto de gestão participativa que a gente inicia desenvolvendo essa semana traz essa perspectiva de trabalhar a comunidade para que possamos debater ideias no campo democrático. Ou seja, a democracia é essa possibilidade que a gente tem de desenvolver o pensamento, de confrontar ideias com respeito, com tolerância, de forma a avançar no conhecimento. E qualquer prática que venha a ser impositiva, autoritária, representa realmente um ataque a esses valores democráticos que a instituição, as universidades, de maneira geral, preconizam e que é a nossa essência enquanto uma República. Portanto, qualquer debate de ideias tem que ser feito de forma a não romper os avanços civilizatórios que a gente vem alcançando ao longo dos tempos. A universidade tem estado muito atenta a essas práticas. A gente tem atuado institucionalmente para coibir práticas dessa natureza e queremos uma semana de boas-vindas muito tranquila. Estamos trabalhando intensivamente para que as atividades ocorram de forma plena e que a recepção aos novos estudantes seja feita pelas unidades, com as atividades acadêmicas e culturais que a universidade pode oferecer e que a comunidade deve aproveitar.

Em quatro meses de gestão da senhora, quais foram as principais medidas adotadas?

No campo da gestão, ampliar a participação das unidades e ouvir a comunidade tem sido o maior desafio deste início, queremos manter como uma proposta de gestão. Lançamos essa semana o projeto de gestão participativa, no qual tem uma equipe trabalhando há um mês. A ideia é a gente implementar mecanismos de gestão participativa para discutir grandes temas da universidade e fazer isso junto com a comunidade acadêmica. Neste mês, também estamos com uma programação relativa ao Mês das Mulheres com o tema de enfrentamento ao assédio. É uma pauta também muito importante para nós, para além da equidade de gênero, que sempre é debatida no mês de março. Então, estamos com o edital aberto para a comunidade também propor materiais de campanha para o enfrentamento do assédio. Devemos desenvolver cursos para os gestores nessa temática. Do ponto de vista da infraestrutura, fizemos uma grande reorganização na universidade e estamos conseguindo reduzir enormemente o número de órgãos de serviço em aberto. Isso vai gerar um impacto agora para o primeiro semestre de 2025 relativo à instalação das turmas. Temos problemas históricos com esse encaixe de turmas em salas de aula e, com a recuperação da infraestrutura de várias salas, vamos conseguir praticamente reduzir o número de salas e de turmas não alocadas de mil no último semestre para 20 turmas.

A UnB completará 63 anos. Como é ser a segunda reitora em todo esse tempo de universidade?

É importante dar continuidade às mulheres na gestão. A gente tem tentado ampliar a perspectiva da gestão nas unidades istrativas à participação das mulheres. Desenvolver a liderança feminina nos diversos setores não é fácil. A gente sabe que há setores que têm uma tradição de privilégio dos homens. Por exemplo, nas atividades científicas, embora hoje a gente já tenha uma maioria de projetos liderados por mulheres e mesmo tendo coordenação por mulheres em projetos de algumas áreas, é restrita. É preciso um conjunto de ações que induzam à participação das mulheres em nichos específicos. Já é um caminho que a Universidade de Brasília vem percorrendo, mas um conjunto de ações, e acho que a temática do "8M" deste ano vai ajudar bastante a gente a problematizar essas diferenças. Tivemos a grata oportunidade de participar do Prêmio CNPq Mulheres e Ciência e foi premiada a professora Débora Diniz, na área de Ciências Sociais e Humanidades. E isso projeta a figura da mulher no cenário nacional e internacional. A gente espera que tudo isso sirva de farol para as meninas e as mulheres que estão iniciando o seu percurso na ciência.

Veja a entrevista na íntegra: 6f6g4f

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

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