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Trabalhamos leitura, escrita e c&aacute;lculos b&aacute;sicos, mas tamb&eacute;m promovemos atividades comunit&aacute;rias e eios pedag&oacute;gicos", destaca.</p> <p class="texto">Alunas como Luciene Maria da Concei&ccedil;&atilde;o e Luc&iacute;lia Ribeiro de Athayde, ambas com 60 anos e moradoras de S&atilde;o Sebasti&atilde;o, s&atilde;o exemplos de como o projeto pode mudar vidas. "Antes, eu era analfabeta, n&atilde;o sabia de nada. Agora, j&aacute; aprendi a ler, escrever e at&eacute; costurar e bordar. Isso ocupa a nossa mente e nos d&aacute; mais incentivo para buscar coisas novas", conta Luciene.&nbsp;"N&oacute;s gostamos muito daqui. Fico muito feliz que a professora tem paci&ecirc;ncia para nos ensinar e explicar. Temos avalia&ccedil;&otilde;es. A gente conversa, ri. 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Eu, Estudante 445c6h

Educação de jovens e adultos

Iniciativas ajudam a mudar realidade de adultos que deixaram os estudos 6c266

Iniciativas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e projetos voluntários vêm transformando vidas e ajudando a promover a inclusão social. 5p2i6w

O Distrito Federal destaca-se como uma das unidades federativas com o maior índice de alfabetização do Brasil: 97,2% da população sabe ler e escrever, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). No entanto, isso ainda deixa mais de 63 mil pessoas analfabetas na capital do país. Dentre elas, a maioria é composta por idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade social, que enfrentam barreiras diárias desde a dificuldade em interpretar placas até ar serviços básicos.

Segundo Paula Cobucci, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), há diferentes motivos que levam jovens, adultos ou idosos a abandonarem a escola ou serem abandonados por ela. Muitas pessoas deixam de estudar na infância ou juventude por necessidades diferentes, como trabalhar para ajudar a família ou morar longe das escolas. 

"Cada ser humano é único e tem uma história de vida, mas algumas histórias se repetem, mesmo com suas especificidades. Milhares de mulheres abandonaram a escola por medo ou vergonha, porque engravidaram e pela necessidade de cuidar do filho. Outras enfrentaram o sentimento de não pertencimento ou foram impedidas de permanecer por falta de adaptação às suas necessidades educacionais específicas" explica Paula. 

Segundo a psicóloga clínica e neuropsicóloga Juliana Gebrim, o analfabetismo funcional está relacionado a um ciclo de ansiedade, baixa autoestima e, em casos mais graves, sintomas depressivos. "A pessoa tenta lidar com as situações da melhor forma possível, mas, ao perceber que os resultados não saem como esperado, pode se frustrar profundamente. Isso intensifica um ciclo de insegurança e tristeza, pois a pessoa começa a duvidar da própria habilidade e capacidade de realizar tarefas", explica Juliana.

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Transformando vidas 18pc

Para Juliana Gebrim, o analfabetismo funcional afeta as relações sociais e familiares. "As pessoas nessas condições costumam ser mal compreendidas e, muitas vezes, rotuladas de forma negativa. O ambiente social pode marginalizar ou excluir o indivíduo, levando ao isolamento, tanto por parte da pessoa quanto das pessoas ao redor. Por isso, é preciso criar ambientes acolhedores e sem julgamentos para que essas pessoas superem o medo e a resistência de buscar a alfabetização", destaca a psicóloga.

Iniciativas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e projetos voluntários vêm transformando vidas e ajudando a promover a inclusão social. Entre 2019 e 2024, mais de 199 mil estudantes se matricularam na EJA no DF, que hoje conta com cerca de 25 mil alunos em 101 escolas espalhadas pelas regiões istrativas. A modalidade é dividida em três segmentos: alfabetização e anos iniciais do ensino fundamental, anos finais do ensino fundamental e ensino médio. Essa divisão permite que estudantes em diferentes níveis de escolaridade possam progredir até a conclusão da educação básica.

Para Lilian Sena, diretora da EJA na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), a descentralização das escolas é essencial para atender as necessidades dos alunos. "Muitos estudantes da EJA são trabalhadores que têm família e precisam de escolas próximas às suas casas ou empregos para que possam frequentar as aulas", explica.

Além disso, desde o ano ado, o programa DF Alfabetizado ou a atender adultos e idosos em locais como igrejas, centros comunitários e unidades do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), adaptando a oferta educacional às condições dos alunos. No último semestre de 2024, o programa abriu 50 turmas, atendendo cerca de 1.200 pessoas, e novas turmas já estão previstas para 2025.

As matrículas são gratuitas e podem ser feitas durante todo o ano letivo. É necessário procurar a instituição de ensino responsável pelo programa na sua região, portando os documentos solicitados.

A partir das vivências 4q41b

Outro exemplo de luta contra o analfabetismo no DF é o projeto desenvolvido pelo Centro de Educação e Cultura Nação Zumbi, em São Sebastião. Fundado por Silvania Gomes em 1993, o centro tem como foco a alfabetização de adultos por meio de uma abordagem centrada nas vivências dos estudantes, baseada na pedagogia de Paulo Freire. Além disso, o espaço também oferece oficinas e cursos como crochê, costura, bordado e percussão, que ajudam os participantes a aprenderem um ofício e gerarem renda.

Segundo a educadora Elma Almeida, o projeto conta com apoio do Movimento de Educação de Base (MEB), que fornece materiais pedagógicos e e técnico. "As aulas são estruturadas a partir de rodas de conversa e temas do cotidiano dos alunos. Trabalhamos leitura, escrita e cálculos básicos, mas também promovemos atividades comunitárias e eios pedagógicos", destaca.

Alunas como Luciene Maria da Conceição e Lucília Ribeiro de Athayde, ambas com 60 anos e moradoras de São Sebastião, são exemplos de como o projeto pode mudar vidas. "Antes, eu era analfabeta, não sabia de nada. Agora, já aprendi a ler, escrever e até costurar e bordar. Isso ocupa a nossa mente e nos dá mais incentivo para buscar coisas novas", conta Luciene. "Nós gostamos muito daqui. Fico muito feliz que a professora tem paciência para nos ensinar e explicar. Temos avaliações. A gente conversa, ri. Temos contato com outras pessoas que são como nós", conclui Lucília.  

*Estagiária sob a supervisão de Patrick Selvatti