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Surgiu assim o&nbsp;projeto&nbsp;Aula P&uacute;blica: Al&eacute;m dos muros da escola.&nbsp;</p> <div class="dnd-widget-wrapper context-cheio_8colunas type-image"> <div class="dnd-atom-rendered"><!-- scald=303529:cheio_8colunas --> <div class="shadow overflow-hidden rounded-lg d-block zoom-on-hover-sm shadow-hover w-100"><img class="flex-fill img-cover" title="Acervo pessoal" src="http://fivenews.cbnet.net.br/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/p4W-XMQXdLeiR9rmSpDT-thhNS0=/754x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/professor_paulo_roberto_magalhaes_5.jpeg?itok=31kXeeS5" /> <noscript><img src="https://imagens.ebc.com.br/p4W-XMQXdLeiR9rmSpDT-thhNS0=/754x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/professor_paulo_roberto_magalhaes_5.jpeg?itok=31kXeeS5" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" title="Acervo pessoal" class="flex-fill img-cover"></noscript></div> </div> </div> <!-- END scald=303529 --> <div class="dnd-caption-wrapper"> <h6 class="meta"><!--copyright=303529-->Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores - <strong>Acervo pessoal</strong><!--END copyright=303529--></h6> <p class="texto">"Atrav&eacute;s da Aula P&uacute;blica, tornou-se poss&iacute;vel contribuir de forma mais eficaz para a forma&ccedil;&atilde;o intelectual e cidad&atilde; dos alunos, incentivando a compreens&atilde;o e o entendimento de quest&otilde;es pol&iacute;ticas da sociedade brasileira a partir de dados da sua regi&atilde;o. Este projeto, na medida do poss&iacute;vel, tem contribu&iacute;do para formar l&iacute;deres, desdobrando-se na vertente do objetivo inicial: compreender e fortalecer o processo de transforma&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o e sua real ocupa&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de melhorar os &iacute;ndices de aproveitamento escolar", afirma o docente.</p> <p class="texto">O in&iacute;cio da empreitada, entretanto, contou com desafios: a pr&oacute;pria comunidade n&atilde;o via com bons olhos&nbsp;os alunos saindo para campo, fotografando o bairro ou tentando entrevistar os moradores. "&Agrave;s vezes, ouv&iacute;amos na rua pessoas em rodinha perguntando: &lsquo;quem &eacute; esse cara?&rsquo;, ou &lsquo;lugar de aluno &eacute; na sala de aula!&rsquo;. Mas, a relev&acirc;ncia de sair da sala e a minha persist&ecirc;ncia fez com que nossos alunos reconhecessem a import&acirc;ncia de preservar o espa&ccedil;o p&uacute;blico e de reconhecer, atrav&eacute;s dele, o seu papel na sociedade".&nbsp;</p> <p class="texto">Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, um outro desafio veio &agrave; tona: com o isolamento social, o educador n&atilde;o podia levar os estudantes &agrave;s experi&ecirc;ncias presenciais. Surgiu a ideia de ir sozinho aos locais para fotografar e criar conte&uacute;dos virtuais que proporcionassem aos alunos a sensa&ccedil;&atilde;o de ter estado naquele lugar. "Como eu n&atilde;o podia levar meus alunos para&nbsp;as ruas, eu trouxe as ruas para as telas deles", destaca Paulo.&nbsp;</p> <p class="texto">A iniciativa levou o professor a ganhar o Pr&ecirc;mio Ibero-americano de Educa&ccedil;&atilde;o em Direitos Humanos &Oacute;scar Arnulfo Romero, uma iniciativa que reconhece o trabalho das institui&ccedil;&otilde;es de ensino e da sociedade civil na defesa e promo&ccedil;&atilde;o dos direitos humanos por meio da educa&ccedil;&atilde;o, promovido pela&nbsp;Organiza&ccedil;&atilde;o de Estados Ibero-americanos para a Educa&ccedil;&atilde;o, a Ci&ecirc;ncia e a Cultura (OEI).</p> <p class="texto">Paulo conta que, durante o isolamento imposto pelo surto sanit&aacute;rio, as atividades tinham de ser l&uacute;dicas e envolventes.&nbsp;"Utilizamos jogos para prendermos a aten&ccedil;&atilde;o dos alunos, e eles, felizmente, n&atilde;o se afastaram da escola", comemora.&nbsp;</p> <p class="texto">Quanto ao pr&ecirc;mio, ele diz que se sentiu fortalecido. "E corajoso a enfrentar todos os desafios que vir&atilde;o pela frente a partir do pr&ecirc;mio, pois defender um projeto que representa o nosso pa&iacute;s em educa&ccedil;&atilde;o em direitos humanos, nos d&aacute; uma responsabilidade enorme, que o educador ele pode sim, transformar a nossa sociedade e lutar pelos seus direitos e deveres. Sempre olhando de forma positiva que um dia todos ser&atilde;o respeitados dentro da lei".</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p> <h3>Cruzando Fronteiras</h3> <p class="texto">Um dos eixos de atua&ccedil;&atilde;o da OEI envolve a promo&ccedil;&atilde;o do bilinguismo. Os idiomas das na&ccedil;&otilde;es ibero-americanas pautaram iniciativas pelo Brasil, como o Programa Ibero-americano de Difus&atilde;o da L&iacute;ngua Portuguesa, criado para valorizar as duas l&iacute;nguas oficiais &ndash; espanhol e portugu&ecirc;s &ndash; e potencializar o uso das l&iacute;nguas em um modelo bil&iacute;ngue na regi&atilde;o ibero-americana.</p> <p class="texto">Para estimular estudos relevantes sobre o bilinguismo, que mostrem a import&acirc;ncia geopol&iacute;tica dos dois idiomas, o programa busca identificar, promover e reconhecer experi&ecirc;ncias educativas realizadas por escolas da rede p&uacute;blica de ensino que se destacam no ensino bil&iacute;ngue e intercultural.</p> <p class="texto">Assim surgiu o Pr&ecirc;mio Cruzando Fronteiras, que reconhece as experi&ecirc;ncias educacionais de interculturalidade e bilinguismo nas escolas da rede p&uacute;blica de educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica formal, englobando a educa&ccedil;&atilde;o infantil, o ensino fundamental e o ensino m&eacute;dio, e institui&ccedil;&otilde;es de educa&ccedil;&atilde;o profissional t&eacute;cnica de n&iacute;vel m&eacute;dio.</p> <div class="dnd-widget-wrapper context-medio_4colunas type-image atom-align-left"> <div class="dnd-atom-rendered"><!-- scald=303532:medio_4colunas {"additionalClasses":""} --> <div class="shadow overflow-hidden rounded-lg d-block zoom-on-hover-sm shadow-hover w-100"><img class="flex-fill img-cover" title="Acervo pessoal" src="http://fivenews.cbnet.net.br/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/nzjBhel0JN_i2-gbuInOpwaE3rc=/365x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/professora_sarah_correa_carneiro.jpeg?itok=NdeNmJLN" /> <noscript><img src="https://imagens.ebc.com.br/nzjBhel0JN_i2-gbuInOpwaE3rc=/365x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/professora_sarah_correa_carneiro.jpeg?itok=NdeNmJLN" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" title="Acervo pessoal" class="flex-fill img-cover"></noscript> <!-- END scald=303532 --> <div class="dnd-caption-wrapper"> <h6 class="meta"><!--copyright=303532-->O trabalho premiado - o "Club de Lectores" - foi organizado pela professora Sarah Corr&ecirc;a Carneiro, de 46 anos - <strong>Acervo pessoal</strong><!--END copyright=303532--></h6> <p class="texto">Um das institui&ccedil;&otilde;es premiadas este ano foi a Escola Intercultural Brasil-M&eacute;xico (CIEP 413), de ensino bil&iacute;ngue, localizada no bairro de S&atilde;o Gon&ccedil;alo, Rio de Janeiro, que venceu na categoria&nbsp;Regi&atilde;o Sudeste.</p> <p class="texto">A institui&ccedil;&atilde;o atua junto &agrave;s comunidades carentes da regi&atilde;o com atividades culturais e, na crise sanit&aacute;ria, em que muitos alunos abandonaram os estudos ou ficaram desmotivados, desenvolveu a&ccedil;&otilde;es voltadas &agrave; m&uacute;sica, dan&ccedil;a e teatro, colocando o aluno como protagonista em todos os projetos.&nbsp;</p> <p class="texto">O sucesso das atividades culturais se refletiu no aumento de matr&iacute;culas e na cria&ccedil;&atilde;o de turmas bil&iacute;ngues de 6&ordm; ano e resultou ainda no projeto Clube de Leitores, que envolve crian&ccedil;as desta s&eacute;rie em aulas de espanhol, por meio de atividades l&uacute;dicas. O trabalho premiado - o "Club de Lectores" - foi organizado pela professora Sarah Corr&ecirc;a Carneiro, de 46 anos.&nbsp;</p> <p class="texto">A professora conta que o projeto surgiu da ideia de estimular a leitura, aprimorar o vocabul&aacute;rio e a pron&uacute;ncia na l&iacute;ngua espanhola.&nbsp;O recurso utilizado foram revistas em quadrinhos da Turma da M&ocirc;nica, na vers&atilde;o em espanhol.&nbsp;</p> <p class="texto">H&aacute; 22 anos lecionando espanhol, Sarah conta que o reconhecimento do pr&ecirc;mio a motivou como professora. "Nossa, nem acreditei quando soube do pr&ecirc;mio. Isso me deu um g&aacute;s para continuar e n&atilde;o desistir. Ter a certeza que estou no caminho certo".</p> <p class="texto">Para outros educadores, ela deixa uma mensagem de incentivo:&nbsp;"N&atilde;o desista! Ame o que faz. &Eacute; dif&iacute;cil, &eacute; cansativo, &agrave;s vezes n&atilde;o temos ajuda e ningu&eacute;m acredita. Mas se voc&ecirc; acredita, fa&ccedil;a, realize e lute por ele. O importante &eacute; ver o resultado maravilhoso por algo que voc&ecirc; idealizou e acreditou. E mais do que isso, colocando sempre o aluno como protagonista da atividade."</p> <h3>Tr&iacute;plice fronteira</h3> <p class="texto">Na tr&iacute;plice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, mais um caso em que professores inovaram e conquistaram a aten&ccedil;&atilde;o dos estudantes.</p> <p class="texto">Em Foz do Igua&ccedil;u (PR), a arte de disseminar o bilinguismo e fortalecer os idiomas espanhol e portugu&ecirc;s rendeu &agrave; Escola Municipal Professor Pedro V. Parigot de Souza, a conquista do Pr&ecirc;mio Cruzando Fronteiras,&nbsp;na categoria nacional, que reconheceu as pr&aacute;ticas para fomentar o bilinguismo entre o p&uacute;blico infantil, que j&aacute; convive com essa realidade.</p> <div class="dnd-widget-wrapper context-medio_4colunas type-image atom-align-left"> <div class="dnd-atom-rendered"><!-- scald=303525:medio_4colunas {"additionalClasses":""} --> <div class="shadow overflow-hidden rounded-lg d-block zoom-on-hover-sm shadow-hover w-100"><img class="flex-fill img-cover" title="Acervo pessoal" src="http://fivenews.cbnet.net.br/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/1WPJfUzofOVRq8UzvW-gIOQQVJc=/365x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/atividades_bilingues_em_escola_da_triplice_fronteira_escola_escola_municipal_professor_pedro_v._parigot_de_souza.jpeg?itok=7U1jstn7" /> <noscript><img src="https://imagens.ebc.com.br/1WPJfUzofOVRq8UzvW-gIOQQVJc=/365x0/smart/https://correiobraziliense-br.informativocarioca.com/sites/default/files/thumbnails/image/atividades_bilingues_em_escola_da_triplice_fronteira_escola_escola_municipal_professor_pedro_v._parigot_de_souza.jpeg?itok=7U1jstn7" alt="Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores" title="Acervo pessoal" class="flex-fill img-cover"></noscript> <!-- END scald=303525 --> <div class="dnd-caption-wrapper"> <h6 class="meta"><!--copyright=303525-->Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores - <strong>Acervo pessoal</strong><!--END copyright=303525--></h6> <p class="texto">A unidade recebe crian&ccedil;as das cidades vizinhas que t&ecirc;m o espanhol como idioma materno.</p> <p class="texto">"Por causa dessa caracter&iacute;stica, funcionamos de forma bil&iacute;ngue, recebendo alunos da Argentina e do Paraguai, e, mais recentemente, da Venezuela. 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Eu, Estudante 445c6h

DIA DO PROFESSOR

Professores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores 40p6d

Mestre em arquitetura e urbanismo, o professor desenvolveu um projeto, em 2016, para levar os estudantes a visitações em vários pontos da capital paulista, para mostrar, a partir de fotografias antigas, como se deu a ocupação do espaço 685s1p


Desde o primeiro dia que entrou em sala de aula, há 33 anos, o professor de geografia Paulo Roberto Magalhães, 57 anos, sonha em contribuir para melhorar a sociedade e fazê-la acreditar que o caminho da mudança está atrelado à educação. 

Professor de uma escola pública na região central de São Paulo, ele conta que a violência urbana é a tônica local e que as famílias dos alunos fogem à estrutura nuclear tradicional e muitas vivem em situação de vulnerabilidade.

Mestre em arquitetura e urbanismo, o professor desenvolveu um projeto, em 2016, para levar os estudantes a visitações em vários pontos da capital paulista, para mostrar, a partir de fotografias antigas, como se deu a ocupação do espaço e como isso influencia a vida na região, em especial no Glicério, onde está inserida a escola em que ele trabalha: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Duque de Caxias. Surgiu assim o projeto Aula Pública: Além dos muros da escola. 

Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores - Acervo pessoal 4r3zn

"Através da Aula Pública, tornou-se possível contribuir de forma mais eficaz para a formação intelectual e cidadã dos alunos, incentivando a compreensão e o entendimento de questões políticas da sociedade brasileira a partir de dados da sua região. Este projeto, na medida do possível, tem contribuído para formar líderes, desdobrando-se na vertente do objetivo inicial: compreender e fortalecer o processo de transformação do espaço e sua real ocupação, além de melhorar os índices de aproveitamento escolar", afirma o docente.

O início da empreitada, entretanto, contou com desafios: a própria comunidade não via com bons olhos os alunos saindo para campo, fotografando o bairro ou tentando entrevistar os moradores. "Às vezes, ouvíamos na rua pessoas em rodinha perguntando: ‘quem é esse cara?’, ou ‘lugar de aluno é na sala de aula!’. Mas, a relevância de sair da sala e a minha persistência fez com que nossos alunos reconhecessem a importância de preservar o espaço público e de reconhecer, através dele, o seu papel na sociedade". 

Em 2020, durante o primeiro ano da pandemia, um outro desafio veio à tona: com o isolamento social, o educador não podia levar os estudantes às experiências presenciais. Surgiu a ideia de ir sozinho aos locais para fotografar e criar conteúdos virtuais que proporcionassem aos alunos a sensação de ter estado naquele lugar. "Como eu não podia levar meus alunos para as ruas, eu trouxe as ruas para as telas deles", destaca Paulo. 

A iniciativa levou o professor a ganhar o Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, uma iniciativa que reconhece o trabalho das instituições de ensino e da sociedade civil na defesa e promoção dos direitos humanos por meio da educação, promovido pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Paulo conta que, durante o isolamento imposto pelo surto sanitário, as atividades tinham de ser lúdicas e envolventes. "Utilizamos jogos para prendermos a atenção dos alunos, e eles, felizmente, não se afastaram da escola", comemora. 

Quanto ao prêmio, ele diz que se sentiu fortalecido. "E corajoso a enfrentar todos os desafios que virão pela frente a partir do prêmio, pois defender um projeto que representa o nosso país em educação em direitos humanos, nos dá uma responsabilidade enorme, que o educador ele pode sim, transformar a nossa sociedade e lutar pelos seus direitos e deveres. Sempre olhando de forma positiva que um dia todos serão respeitados dentro da lei".

Saiba Mais 6k4ce

Cruzando Fronteiras 4u5gp

Um dos eixos de atuação da OEI envolve a promoção do bilinguismo. Os idiomas das nações ibero-americanas pautaram iniciativas pelo Brasil, como o Programa Ibero-americano de Difusão da Língua Portuguesa, criado para valorizar as duas línguas oficiais – espanhol e português – e potencializar o uso das línguas em um modelo bilíngue na região ibero-americana.

Para estimular estudos relevantes sobre o bilinguismo, que mostrem a importância geopolítica dos dois idiomas, o programa busca identificar, promover e reconhecer experiências educativas realizadas por escolas da rede pública de ensino que se destacam no ensino bilíngue e intercultural.

Assim surgiu o Prêmio Cruzando Fronteiras, que reconhece as experiências educacionais de interculturalidade e bilinguismo nas escolas da rede pública de educação básica formal, englobando a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, e instituições de educação profissional técnica de nível médio.

O trabalho premiado - o "Club de Lectores" - foi organizado pela professora Sarah Corrêa Carneiro, de 46 anos - Acervo pessoal c3l1s

Um das instituições premiadas este ano foi a Escola Intercultural Brasil-México (CIEP 413), de ensino bilíngue, localizada no bairro de São Gonçalo, Rio de Janeiro, que venceu na categoria Região Sudeste.

A instituição atua junto às comunidades carentes da região com atividades culturais e, na crise sanitária, em que muitos alunos abandonaram os estudos ou ficaram desmotivados, desenvolveu ações voltadas à música, dança e teatro, colocando o aluno como protagonista em todos os projetos. 

O sucesso das atividades culturais se refletiu no aumento de matrículas e na criação de turmas bilíngues de 6º ano e resultou ainda no projeto Clube de Leitores, que envolve crianças desta série em aulas de espanhol, por meio de atividades lúdicas. O trabalho premiado - o "Club de Lectores" - foi organizado pela professora Sarah Corrêa Carneiro, de 46 anos. 

A professora conta que o projeto surgiu da ideia de estimular a leitura, aprimorar o vocabulário e a pronúncia na língua espanhola. O recurso utilizado foram revistas em quadrinhos da Turma da Mônica, na versão em espanhol. 

Há 22 anos lecionando espanhol, Sarah conta que o reconhecimento do prêmio a motivou como professora. "Nossa, nem acreditei quando soube do prêmio. Isso me deu um gás para continuar e não desistir. Ter a certeza que estou no caminho certo".

Para outros educadores, ela deixa uma mensagem de incentivo: "Não desista! Ame o que faz. É difícil, é cansativo, às vezes não temos ajuda e ninguém acredita. Mas se você acredita, faça, realize e lute por ele. O importante é ver o resultado maravilhoso por algo que você idealizou e acreditou. E mais do que isso, colocando sempre o aluno como protagonista da atividade."

Tríplice fronteira 50613m

Na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, mais um caso em que professores inovaram e conquistaram a atenção dos estudantes.

Em Foz do Iguaçu (PR), a arte de disseminar o bilinguismo e fortalecer os idiomas espanhol e português rendeu à Escola Municipal Professor Pedro V. Parigot de Souza, a conquista do Prêmio Cruzando Fronteiras, na categoria nacional, que reconheceu as práticas para fomentar o bilinguismo entre o público infantil, que já convive com essa realidade.

Dia do Professor: educadores envolvem jovens da periferia com projetos inspiradores - Acervo pessoal 4r3zn

A unidade recebe crianças das cidades vizinhas que têm o espanhol como idioma materno.

"Por causa dessa característica, funcionamos de forma bilíngue, recebendo alunos da Argentina e do Paraguai, e, mais recentemente, da Venezuela. Por isso, pensamos em ações onde o aluno falante de espanhol é inserido em uma troca de linguagem com os estudantes que falam português. A gente quer que o aluno nos ensine o idioma dele", explica a coordenadora pedagógica da instituição, Viviane Marques.

"Uma experiência muito rica foi com os alimentos. A professora trouxe vários tipos de milho, comparamos com o nosso, trabalhamos a pipoca, a polenta, a lenda do milho nas duas línguas, foi uma experiência muita rica para as crianças", destaca Viviane.

Funcionando em tempo integral, a escola investe na capacitação dos professores e oferece, no contraturno, aulas de espanhol. "No começo, a dificuldade foi a língua espanhola ser entendida pelos professores, mas hoje todos estão comprometidos". 

Além disso, os idiomas são trabalhados em atividades lúdicas com os alunos.

"Temos a semana do folclore, por exemplo, em que focamos em temas brasileiros e sul-americanos. Aqui, as crianças usam expressões em espanhol, e fazem essa troca, uma aprende o idioma da outra", comemora a professora, que tem como próximo desafio montar uma biblioteca bilíngue na escola.

Saiba Mais 6k4ce