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H&aacute; casos de professores que avisaram que n&atilde;o dariam aula nesta primeira semana e de docentes que alegaram problemas de conex&atilde;o, entre outras quest&otilde;es, em e-mails enviados aos estudantes. Depois de tanto tempo sem aulas e com um bom per&iacute;odo do an&uacute;ncio da retomada, esse tipo situa&ccedil;&atilde;o gera estranhamento.&nbsp;</p> <p class="texto">H&aacute; discuss&otilde;es ainda sobre outras quest&otilde;es relacionadas ao ensino remoto. Por exemplo, a falta de plataforma &uacute;nica para as aulas. A continua&ccedil;&atilde;o do primeiro semestre de 2020 a dist&acirc;ncia &eacute; fruto de decis&atilde;o do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extens&atilde;o (Cepe). 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Neste momento, estudantes se ambientam n&atilde;o s&oacute; &agrave;s diferentes plataformas (SIGAA, Teams, Google Classroom e Aprender 3), mas tamb&eacute;m ao modelo de ensino escolhido pelos professores.</p> <h3>Por aulas ao vivo</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/4-6237011.jpeg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="A estudante de gest&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas Thayla Souza afirma ter prefer&ecirc;ncia pelas aulas s&iacute;ncronas"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>A estudante de gest&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas Thayla Souza afirma ter prefer&ecirc;ncia pelas aulas s&iacute;ncronas</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A estudante do segundo semestre de gest&atilde;o de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas Thayla Souza, 19 anos, at&eacute; esta ter&ccedil;a-feira (18/8), teve contato com tr&ecirc;s disciplinas. Por&eacute;m, consegue definir uma prefer&ecirc;ncia entre o modelo s&iacute;ncrono e o ass&iacute;ncrono. &ldquo;O modelo s&iacute;ncrono &eacute; mais &iacute;vel no sentido de voc&ecirc; poder ter um di&aacute;logo com o professor ali na hora. Fora que voc&ecirc; pode deixar gravado e a pessoa que n&atilde;o puder assistir naquele hor&aacute;rio pode assistir mais tarde. Na minha opini&atilde;o, a melhor forma &eacute; o modelo s&iacute;ncrono&rdquo;, afirma a estudante do segundo semestre.</p> <p class="texto">Ela observa que a principal diferen&ccedil;a entre os modelos &eacute; o contato com os professores e a possibilidade de tirar d&uacute;vidas na hora. A estudante pondera que, no ensino s&iacute;ncrono, &eacute; poss&iacute;vel um contato que se aproxima um pouco mais do contato presencial. &ldquo;Com certeza, o conte&uacute;do gravado afeta o aprendizado. Por mais que a gente tente se adaptar, por mais que a gente tente dar o nosso m&aacute;ximo, neste novo modelo de retorno &agrave;s aulas, n&atilde;o &eacute; a mesma coisa&rdquo;, pontua. &ldquo;Eu acho que muda um pouco a forma de aprender.&rdquo;</p> <p class="texto">Por&eacute;m, a aluna pondera que, se pudesse mudar apenas um aspecto nas disciplinas, ela alteraria a falta de unifica&ccedil;&atilde;o de plataformas. Ela afirma ter d&uacute;vidas sobre onde ter&aacute; as aulas. &ldquo;Tem o Aprender 3, o Teams, e tem professores que est&atilde;o dando aulas de formas muito variadas. Ent&atilde;o, acaba que confunde bastante a cabe&ccedil;a da gente&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/1-6237140.jpeg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="O estudante de ci&ecirc;ncias sociais Carlos Davi Moreira prefere encontros ao vivo, mas aprova a mescla entre aulas s&iacute;ncronas e ass&iacute;ncronas"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>O estudante de ci&ecirc;ncias sociais Carlos Davi Moreira prefere encontros ao vivo, mas aprova a mescla entre aulas s&iacute;ncronas e ass&iacute;ncronas</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Carlos Davi Moreira da Silva, 18 anos, est&aacute; no primeiro semestre de istra&ccedil;&atilde;o e prefere as aulas em tempo real. &ldquo;O modelo s&iacute;ncrono se assemelha e &eacute; o mais pr&oacute;ximo da sala de aula ao vivo. Ele cria um senso de pertencimento a uma sala de aula e acredito que aumenta o engajamento entre os alunos e professores&rdquo;, pondera o estudante.</p> <p class="texto">Para ele, a disciplina Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica &eacute; obrigat&oacute;ria e uma das que cursar&aacute; agora. A mat&eacute;ria aposta em mesclar conte&uacute;dos ass&iacute;ncronos e s&iacute;ncronos. Apesar de preferir sess&otilde;es ao vivo, ele acredita que esse formato n&atilde;o prejudicar&aacute; o aprendizado. &ldquo;Considero que os dois podem ser complementares. A mat&eacute;ria de introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica faz isso muito bem&rdquo;, avalia.</p> <h3>Conte&uacute;dos gravados</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/2-6237003.jpeg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="Vanessa, estudante de medicina veterin&aacute;ria, considera uma boa forma de aprendizado o sistema de aulas mistas, entre gravadas e ao vivo"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Vanessa, estudante de medicina veterin&aacute;ria, considera uma boa forma de aprendizado o sistema de aulas mistas, entre gravadas e ao vivo</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A estudante do segundo semestre de medicina veterin&aacute;ria Vanessa de Jesus, 18 anos, est&aacute; cursando Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; economia como mat&eacute;ria optativa. Os professores da disciplina escolheram um modelo que mescla aulas s&iacute;ncronas e ass&iacute;ncronas, o que ela considera uma boa forma de aprendizado. As sess&otilde;es, de modo geral, ser&atilde;o gravadas, mas ser&atilde;o marcados alguns encontros ao vivo, durante os quais ser&aacute; poss&iacute;vel fazer perguntas em tempo real.</p> <p class="texto">&ldquo;Considero uma &oacute;tima op&ccedil;&atilde;o, pois quando se trata de EAD (educa&ccedil;&atilde;o a dist&acirc;ncia), h&aacute; diversas circunst&acirc;ncias que podem impedir um bom aproveitamento. Neste caso, as aulas gravadas ajudam para revisar depois&rdquo;, afirma. &ldquo;As atividades s&iacute;ncronas dependem de diversos fatores para que, em um dia e no mesmo hor&aacute;rio, aquilo d&ecirc; certo pra todos alunos.&rdquo;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/3-6237007.jpeg" width="400" height="460" layout="responsive" alt="Ana Beatriz Og&eacute;lio, de ci&ecirc;ncias sociais, acha as aulas gravadas menos excludentes"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Ana Beatriz Og&eacute;lio, de ci&ecirc;ncias sociais, acha as aulas gravadas menos excludentes</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Ana Beatriz Og&eacute;lio, 18 anos, estudante do primeiro semestre de ci&ecirc;ncias sociais, considera &ldquo;o modelo ass&iacute;ncrono menos excludente &agrave;s diversas situa&ccedil;&otilde;es que vivem os estudantes&rdquo;. Tamb&eacute;m entende que &ldquo;a forma s&iacute;ncrona exclui uma faixa de pessoas em diversas situa&ccedil;&otilde;es de vulnerabilidade&rdquo;. Isso porque, na vis&atilde;o da estudante, muitas pessoas est&atilde;o mais atarefadas em decorr&ecirc;ncia da pandemia. Ela d&aacute; exemplo de m&atilde;es que n&atilde;o podem levar seus filhos &agrave; creche, mas que precisam estudar. Aulas gravadas dariam mais liberdade de escolha de hor&aacute;rio de estudo.</p> <p class="texto">Ana Beatriz est&aacute; matriculada na disciplina de Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica e apoia o modelo misto implantado. Ela destaca que a principal diferen&ccedil;a estaria na oportunidade de poder ter o ao conte&uacute;do em outro momento por n&atilde;o ter conseguido ar a aula em seu hor&aacute;rio habitual. No entanto, as aulas ao vivo tamb&eacute;m podem ficar disponibilizadas para serem assistidas depois. Assim como outros estudantes, Ana Beatriz tamb&eacute;m &eacute; a favor de o uso de apenas uma plataforma para transmiss&atilde;o das aulas de modo unificado entre as disciplinas.</p> <h3>Liberdade dos professores</h3> <p class="texto">Segundo o coordenador da disciplina Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; economia na UnB, Pedro Zuchi, antes do in&iacute;cio das aulas, os professores estabeleceram ministrar a disciplina por meio de alguns encontros ao vivo, aulas gravadas em que professores se revezam, textos e resolu&ccedil;&atilde;o de exerc&iacute;cios com monitores.</p> <p class="texto">O coordenador conta que, nas aulas gravadas ocorrer&aacute; o revezamento entre professores de acordo com a especialidade de cada um. Sendo assim, professores lecionar&atilde;o os conte&uacute;dos com os quais mais t&ecirc;m familiaridade, o que o coordenador considera um ganho para o aluno. &ldquo;A ideia era estabelecer um conte&uacute;do um pouco melhor com esses professores.&rdquo;</p> <p class="texto">H&aacute; estudantes e pais de estudantes que enxerguem nessa alternativa uma maneira de &ldquo;diminuir o trabalho dos docentes&rdquo;. Pois, se no modelo presencial, com v&aacute;rias turmas diferentes, era preciso dar a mesma aula para diferentes turmas, &eacute; poss&iacute;vel reduzir parte do esfor&ccedil;o fazendo grava&ccedil;&otilde;es e, ainda por cima, revezando com outros colegas de equipe.</p> <p class="texto">Pedro Zuchi argumenta que o modelo de assincronia ser&aacute; adotado por permitir que alunos que n&atilde;o conseguem ou que t&ecirc;m o lento &agrave; internet tenham mais facilidade de acompanhar as aulas. Ele refor&ccedil;a a ideia dando como exemplo uma casa onde o tr&aacute;fego de internet em determinado hor&aacute;rio fica congestionado por v&aacute;rios membros da fam&iacute;lia usarem a conex&atilde;o. &ldquo;Ent&atilde;o, para ningu&eacute;m ficar para tr&aacute;s, preferimos fornecer essas aulas gravadas&rdquo;, diz.</p> <p class="texto">O coordenador entende que, comparado ao ensino presencial, o aprendizado pode ser, sim, comprometido. Entretanto, ele destaca que, dentro de sala de aula, n&atilde;o existia um modelo em que tudo era gravado, permitindo revis&otilde;es posteriores. Pedro afirma que ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel mensurar as perdas de aprendizado no ensino remoto. Ele acredita que isso poder&aacute; ser mais bem avaliado nas provas, que cobrar&atilde;o conte&uacute;dos semelhantes a quando o ensino era feito de forma presencial.</p> <h3>Flexibilidade na elabora&ccedil;&atilde;o do plano</h3> <p class="texto">Na disciplina Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica, foi adotado projeto parecido, mesclando conte&uacute;dos ao vivo e gravados. Assim como em Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; economia, a disciplina tamb&eacute;m n&atilde;o permite que cada professor desenvolva plano de aulas pr&oacute;prio, sendo necess&aacute;rio basear-se em um programa &uacute;nico desenvolvido conjuntamente com outros professores.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/8-6237153.jpeg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="O coordenador do projeto unificado da disciplina de Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica, Thiago Trindade, relata os esfor&ccedil;os na elabora&ccedil;&atilde;o de um plano de ensino remoto"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>O coordenador do projeto unificado da disciplina de Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica, Thiago Trindade, relata os esfor&ccedil;os na elabora&ccedil;&atilde;o de um plano de ensino remoto</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">&ldquo;A gente fez um esfor&ccedil;o muito grande para construir um modelo em conformidade com a resolu&ccedil;&atilde;o do Cepe que deliberou sobre o ensino remoto mesclando atividades s&iacute;ncronas com atividades ass&iacute;ncronas&rdquo;, afirma o coordenador do projeto unificado da disciplina de Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; ci&ecirc;ncia pol&iacute;tica, Thiago Trindade.</p> <p class="texto">Ele conta que as 17 aulas baseadas em textos que estavam programadas para o semestre ser&atilde;o ass&iacute;ncronas. Sendo assim, os professores se dividiram na grava&ccedil;&atilde;o de aulas em v&iacute;deos ou podcasts para serem disponibilizados aos alunos antes dos encontros. No hor&aacute;rio da aula, o professor estar&aacute; dispon&iacute;vel para tirar d&uacute;vidas e conversar sobre o conte&uacute;do gravado.</p> <p class="texto">&ldquo;A gente entendeu que o retorno remoto n&atilde;o &eacute; a situa&ccedil;&atilde;o ideal, n&atilde;o &eacute; o procedimento que a gente gostaria. A gente gostaria de voltar presencialmente, mas n&atilde;o h&aacute; condi&ccedil;&otilde;es neste momento por causa da pandemia&rdquo;, ite. &ldquo;Ent&atilde;o, a gente fez um esfor&ccedil;o muito grande para adaptar o curso, que era de modelo presencial, para um curso remoto. A gente n&atilde;o simplesmente transp&ocirc;s o programa de curso presencial para o programa de curso remoto porque isso &eacute; errado&rdquo;, afirma o coordenador</p> <h3>Entre aulas s&iacute;ncronas e ass&iacute;ncronas, o melhor &eacute; fazer o aluno aprender</h3> <p class="texto">Segundo a ex-secret&aacute;ria de Educa&ccedil;&atilde;o do Distrito Federal e professora aposentada da UnB F&aacute;tima Guerra, o importante na hora de escolher o modelo de ensino remoto a adotar &eacute; procurar medidas que atinjam os alunos. A professora aposentada da Faculdade de Educa&ccedil;&atilde;o avalia que alguns materiais utilizados no modo presencial podem ser reutilizados nas aulas remotas, mas entende que, neste momento, &eacute; necess&aacute;rio adapt&aacute;-los.&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/5-6237176.jpg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="Professora aposentada da UnB, F&aacute;tima Guerra diz que mais importante que o formato escolhido &eacute; achar uma maneira que fa&ccedil;a os alunos aprenderem "></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Professora aposentada da UnB, F&aacute;tima Guerra diz que mais importante que o formato escolhido &eacute; achar uma maneira que fa&ccedil;a os alunos aprenderem </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">&ldquo;Recursos, meios e linguagens s&atilde;o diferentes&rdquo;, defende. Ao optar entre sess&otilde;es ao vivo ou gravadas, ela entende que &eacute; necess&aacute;rio ter em mente que n&atilde;o se trata do mesmo modelo e que &ldquo;n&atilde;o se absorve conhecimento, se constr&oacute;i&rdquo;. Segundo F&aacute;tima, os processos de ensino e aprendizagem est&atilde;o intimamente ligados: &ldquo;Todo mundo ensina e todo mundo aprende&rdquo;.</p> <p class="texto">Ou seja, &eacute; preciso procurar modos de intera&ccedil;&atilde;o entre docentes e estudantes, mesmo se a op&ccedil;&atilde;o for por aulas gravadas. F&aacute;tima acrescenta que &eacute; trabalho do professor observar bem de perto o aluno tanto como indiv&iacute;duo quanto como membro de um coletivo. Neste momento, o melhor &eacute; otimizar, pensar na melhor maneira de fazer o estudante aprender. &ldquo;O melhor, em primeiro lugar, &eacute; chegar ao aluno&rdquo;, reflete.</p> <h3>Diretrizes da UnB</h3> <p class="texto">&ldquo;Na Universidade de Bras&iacute;lia, n&oacute;s entendemos que o professor &eacute; quem conhece a disciplina, quem conhece seus estudantes e, dessa forma, tem plenas condi&ccedil;&otilde;es de definir quais s&atilde;o as melhores pr&aacute;ticas pedag&oacute;gicas, a melhor metodologia a ser utilizada&rdquo;, afirma a professora Let&iacute;cia Lopes Leite, diretora do Centro de Educa&ccedil;&atilde;o a Dist&acirc;ncia (Cead/UnB).&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/08/18/6-6237191.jpg" width="400" height="466" layout="responsive" alt="A diretora do Cead/UnB, professora Let&iacute;cia Lopes Leite"></amp-img> <figcaption>Cead/UnB - <b>A diretora do Cead/UnB, professora Let&iacute;cia Lopes Leite</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A porta-voz da universidade lembra que todas as diretrizes que d&atilde;o liberdade de escolha aos docentes com rela&ccedil;&atilde;o a m&eacute;todos e plataformas de ensino remoto foram estabelecidas em resolu&ccedil;&atilde;o do Cepe. Entre elas, a que determina que os professores devem submeter aos colegiados dos cursos os planos de suas disciplinas e que &eacute; desses conselhos deliberativos a responsabilidade de supervisionar o cumprimento.</p> <p class="texto">&ldquo;O que existe &eacute; uma orienta&ccedil;&atilde;o dos docentes no sentido de que as aulas s&iacute;ncronas t&ecirc;m caracter&iacute;sticas muito espec&iacute;ficas. Ent&atilde;o, o aluno tem que estar &agrave; frente do computador naquele determinado momento&rdquo;, diz. &ldquo;Problemas de internet podem impactar numa pr&aacute;tica prevista de forma s&iacute;ncrona. Ent&atilde;o, essas atividades s&iacute;ncronas devem ser analisadas, &eacute; preciso verificar se s&atilde;o essenciais para aquela aula ou se elas podem ser substitu&iacute;das com qualidade por atividades ass&iacute;ncronas&rdquo;, afirma,</p> <p class="texto">Sobre o revezamento de professores nas aulas gravadas, a porta-voz afirma que n&atilde;o h&aacute; regras para isso, mas, sim, uma inten&ccedil;&atilde;o e recomenda&ccedil;&atilde;o de valorizar atividades que potencializem o aprendizado. 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Eu, Estudante 445c6h

VOLTA ÀS AULAS

Retomada remota da UnB gera discussão sobre aulas ao vivo ou gravadas s1965

Resolução deixa a cargo dos professores optar por sistema a usar e por modelo síncrono ou assíncrono. Alunos reclamam de excesso de plataformas 4j2k32

As aulas da Universidade de Brasília (UnB) retornaram de maneira remota na segunda-feira (17/8) e, antes da volta ou até mesmo na véspera, houve alunos que perceberam sinais de problemas. Há casos de professores que avisaram que não dariam aula nesta primeira semana e de docentes que alegaram problemas de conexão, entre outras questões, em e-mails enviados aos estudantes. Depois de tanto tempo sem aulas e com um bom período do anúncio da retomada, esse tipo situação gera estranhamento. 

Há discussões ainda sobre outras questões relacionadas ao ensino remoto. Por exemplo, a falta de plataforma única para as aulas. A continuação do primeiro semestre de 2020 a distância é fruto de decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). Na resolução que autorizou o retorno do semestre, ficou definido que professores tinham liberdade para determinar a forma que usariam para ministrar as aulas remotamente.

Microsoft Teams/Reprodução - Plataforma Teams é uma das muitas que têm sido usadas no ensino remoto: alunos dizem preferir ter uma plataforma única

Assim, há estudantes que relatam terem de usar até quatro plataformas diferentes ou mais. Segundo a resolução nº 0059/2020, estão autorizadas tanto a modalidade síncrona (com videochamadas e chats ao vivo) quanto a assíncrona (com o uso de videoaulas gravadas, sites e e-mail). Uma das principais desvantagens do segundo modelo é que ele se parece menos com uma aula presencial, em que os alunos conseguem interagir com o professor em tempo real para tirar dúvidas e participar.

A orientação da UnB é que professores deveriam avaliar os cenários de seus alunos e escolher o mais adequado. Tanto para alunos quanto para professores, o período de adaptação vai até 4 de setembro. Neste momento, estudantes se ambientam não só às diferentes plataformas (SIGAA, Teams, Google Classroom e Aprender 3), mas também ao modelo de ensino escolhido pelos professores.

Por aulas ao vivo 4x2k3x

Arquivo Pessoal - A estudante de gestão de políticas públicas Thayla Souza afirma ter preferência pelas aulas síncronas

A estudante do segundo semestre de gestão de políticas públicas Thayla Souza, 19 anos, até esta terça-feira (18/8), teve contato com três disciplinas. Porém, consegue definir uma preferência entre o modelo síncrono e o assíncrono. “O modelo síncrono é mais ível no sentido de você poder ter um diálogo com o professor ali na hora. Fora que você pode deixar gravado e a pessoa que não puder assistir naquele horário pode assistir mais tarde. Na minha opinião, a melhor forma é o modelo síncrono”, afirma a estudante do segundo semestre.

Ela observa que a principal diferença entre os modelos é o contato com os professores e a possibilidade de tirar dúvidas na hora. A estudante pondera que, no ensino síncrono, é possível um contato que se aproxima um pouco mais do contato presencial. “Com certeza, o conteúdo gravado afeta o aprendizado. Por mais que a gente tente se adaptar, por mais que a gente tente dar o nosso máximo, neste novo modelo de retorno às aulas, não é a mesma coisa”, pontua. “Eu acho que muda um pouco a forma de aprender.”

Porém, a aluna pondera que, se pudesse mudar apenas um aspecto nas disciplinas, ela alteraria a falta de unificação de plataformas. Ela afirma ter dúvidas sobre onde terá as aulas. “Tem o Aprender 3, o Teams, e tem professores que estão dando aulas de formas muito variadas. Então, acaba que confunde bastante a cabeça da gente”, afirma.

Arquivo Pessoal - O estudante de ciências sociais Carlos Davi Moreira prefere encontros ao vivo, mas aprova a mescla entre aulas síncronas e assíncronas

Carlos Davi Moreira da Silva, 18 anos, está no primeiro semestre de istração e prefere as aulas em tempo real. “O modelo síncrono se assemelha e é o mais próximo da sala de aula ao vivo. Ele cria um senso de pertencimento a uma sala de aula e acredito que aumenta o engajamento entre os alunos e professores”, pondera o estudante.

Para ele, a disciplina Introdução à ciência política é obrigatória e uma das que cursará agora. A matéria aposta em mesclar conteúdos assíncronos e síncronos. Apesar de preferir sessões ao vivo, ele acredita que esse formato não prejudicará o aprendizado. “Considero que os dois podem ser complementares. A matéria de introdução à ciência política faz isso muito bem”, avalia.

Conteúdos gravados 694944

Arquivo Pessoal - Vanessa, estudante de medicina veterinária, considera uma boa forma de aprendizado o sistema de aulas mistas, entre gravadas e ao vivo

A estudante do segundo semestre de medicina veterinária Vanessa de Jesus, 18 anos, está cursando Introdução à economia como matéria optativa. Os professores da disciplina escolheram um modelo que mescla aulas síncronas e assíncronas, o que ela considera uma boa forma de aprendizado. As sessões, de modo geral, serão gravadas, mas serão marcados alguns encontros ao vivo, durante os quais será possível fazer perguntas em tempo real.

“Considero uma ótima opção, pois quando se trata de EAD (educação a distância), há diversas circunstâncias que podem impedir um bom aproveitamento. Neste caso, as aulas gravadas ajudam para revisar depois”, afirma. “As atividades síncronas dependem de diversos fatores para que, em um dia e no mesmo horário, aquilo dê certo pra todos alunos.”

Arquivo Pessoal - Ana Beatriz Ogélio, de ciências sociais, acha as aulas gravadas menos excludentes

Ana Beatriz Ogélio, 18 anos, estudante do primeiro semestre de ciências sociais, considera “o modelo assíncrono menos excludente às diversas situações que vivem os estudantes”. Também entende que “a forma síncrona exclui uma faixa de pessoas em diversas situações de vulnerabilidade”. Isso porque, na visão da estudante, muitas pessoas estão mais atarefadas em decorrência da pandemia. Ela dá exemplo de mães que não podem levar seus filhos à creche, mas que precisam estudar. Aulas gravadas dariam mais liberdade de escolha de horário de estudo.

Ana Beatriz está matriculada na disciplina de Introdução à ciência política e apoia o modelo misto implantado. Ela destaca que a principal diferença estaria na oportunidade de poder ter o ao conteúdo em outro momento por não ter conseguido ar a aula em seu horário habitual. No entanto, as aulas ao vivo também podem ficar disponibilizadas para serem assistidas depois. Assim como outros estudantes, Ana Beatriz também é a favor de o uso de apenas uma plataforma para transmissão das aulas de modo unificado entre as disciplinas.

Liberdade dos professores 6p4c1b

Segundo o coordenador da disciplina Introdução à economia na UnB, Pedro Zuchi, antes do início das aulas, os professores estabeleceram ministrar a disciplina por meio de alguns encontros ao vivo, aulas gravadas em que professores se revezam, textos e resolução de exercícios com monitores.

O coordenador conta que, nas aulas gravadas ocorrerá o revezamento entre professores de acordo com a especialidade de cada um. Sendo assim, professores lecionarão os conteúdos com os quais mais têm familiaridade, o que o coordenador considera um ganho para o aluno. “A ideia era estabelecer um conteúdo um pouco melhor com esses professores.”

Há estudantes e pais de estudantes que enxerguem nessa alternativa uma maneira de “diminuir o trabalho dos docentes”. Pois, se no modelo presencial, com várias turmas diferentes, era preciso dar a mesma aula para diferentes turmas, é possível reduzir parte do esforço fazendo gravações e, ainda por cima, revezando com outros colegas de equipe.

Pedro Zuchi argumenta que o modelo de assincronia será adotado por permitir que alunos que não conseguem ou que têm o lento à internet tenham mais facilidade de acompanhar as aulas. Ele reforça a ideia dando como exemplo uma casa onde o tráfego de internet em determinado horário fica congestionado por vários membros da família usarem a conexão. “Então, para ninguém ficar para trás, preferimos fornecer essas aulas gravadas”, diz.

O coordenador entende que, comparado ao ensino presencial, o aprendizado pode ser, sim, comprometido. Entretanto, ele destaca que, dentro de sala de aula, não existia um modelo em que tudo era gravado, permitindo revisões posteriores. Pedro afirma que ainda não é possível mensurar as perdas de aprendizado no ensino remoto. Ele acredita que isso poderá ser mais bem avaliado nas provas, que cobrarão conteúdos semelhantes a quando o ensino era feito de forma presencial.

Flexibilidade na elaboração do plano 2j6n3o

Na disciplina Introdução à ciência política, foi adotado projeto parecido, mesclando conteúdos ao vivo e gravados. Assim como em Introdução à economia, a disciplina também não permite que cada professor desenvolva plano de aulas próprio, sendo necessário basear-se em um programa único desenvolvido conjuntamente com outros professores.

Arquivo pessoal - O coordenador do projeto unificado da disciplina de Introdução à ciência política, Thiago Trindade, relata os esforços na elaboração de um plano de ensino remoto

“A gente fez um esforço muito grande para construir um modelo em conformidade com a resolução do Cepe que deliberou sobre o ensino remoto mesclando atividades síncronas com atividades assíncronas”, afirma o coordenador do projeto unificado da disciplina de Introdução à ciência política, Thiago Trindade.

Ele conta que as 17 aulas baseadas em textos que estavam programadas para o semestre serão assíncronas. Sendo assim, os professores se dividiram na gravação de aulas em vídeos ou podcasts para serem disponibilizados aos alunos antes dos encontros. No horário da aula, o professor estará disponível para tirar dúvidas e conversar sobre o conteúdo gravado.

“A gente entendeu que o retorno remoto não é a situação ideal, não é o procedimento que a gente gostaria. A gente gostaria de voltar presencialmente, mas não há condições neste momento por causa da pandemia”, ite. “Então, a gente fez um esforço muito grande para adaptar o curso, que era de modelo presencial, para um curso remoto. A gente não simplesmente transpôs o programa de curso presencial para o programa de curso remoto porque isso é errado”, afirma o coordenador

Entre aulas síncronas e assíncronas, o melhor é fazer o aluno aprender 4t573b

Segundo a ex-secretária de Educação do Distrito Federal e professora aposentada da UnB Fátima Guerra, o importante na hora de escolher o modelo de ensino remoto a adotar é procurar medidas que atinjam os alunos. A professora aposentada da Faculdade de Educação avalia que alguns materiais utilizados no modo presencial podem ser reutilizados nas aulas remotas, mas entende que, neste momento, é necessário adaptá-los. 

Arquivo Pessoal - Professora aposentada da UnB, Fátima Guerra diz que mais importante que o formato escolhido é achar uma maneira que faça os alunos aprenderem

“Recursos, meios e linguagens são diferentes”, defende. Ao optar entre sessões ao vivo ou gravadas, ela entende que é necessário ter em mente que não se trata do mesmo modelo e que “não se absorve conhecimento, se constrói”. Segundo Fátima, os processos de ensino e aprendizagem estão intimamente ligados: “Todo mundo ensina e todo mundo aprende”.

Ou seja, é preciso procurar modos de interação entre docentes e estudantes, mesmo se a opção for por aulas gravadas. Fátima acrescenta que é trabalho do professor observar bem de perto o aluno tanto como indivíduo quanto como membro de um coletivo. Neste momento, o melhor é otimizar, pensar na melhor maneira de fazer o estudante aprender. “O melhor, em primeiro lugar, é chegar ao aluno”, reflete.

Diretrizes da UnB 432d5f

“Na Universidade de Brasília, nós entendemos que o professor é quem conhece a disciplina, quem conhece seus estudantes e, dessa forma, tem plenas condições de definir quais são as melhores práticas pedagógicas, a melhor metodologia a ser utilizada”, afirma a professora Letícia Lopes Leite, diretora do Centro de Educação a Distância (Cead/UnB). 

Cead/UnB - A diretora do Cead/UnB, professora Letícia Lopes Leite

A porta-voz da universidade lembra que todas as diretrizes que dão liberdade de escolha aos docentes com relação a métodos e plataformas de ensino remoto foram estabelecidas em resolução do Cepe. Entre elas, a que determina que os professores devem submeter aos colegiados dos cursos os planos de suas disciplinas e que é desses conselhos deliberativos a responsabilidade de supervisionar o cumprimento.

“O que existe é uma orientação dos docentes no sentido de que as aulas síncronas têm características muito específicas. Então, o aluno tem que estar à frente do computador naquele determinado momento”, diz. “Problemas de internet podem impactar numa prática prevista de forma síncrona. Então, essas atividades síncronas devem ser analisadas, é preciso verificar se são essenciais para aquela aula ou se elas podem ser substituídas com qualidade por atividades assíncronas”, afirma,

Sobre o revezamento de professores nas aulas gravadas, a porta-voz afirma que não há regras para isso, mas, sim, uma intenção e recomendação de valorizar atividades que potencializem o aprendizado. Portanto, se há a possibilidade de um especialista lecionar aulas da matéria, orienta-se que a colaboração deverá ser aproveitada.


*Estagiário sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa