VÔLEI

Jovens são bolas de segurança para a Seleção de Zé Roberto

Ana Cristina é a terceira maior pontuadora desta edição da Liga das Nações, com 57 bolas no chão, enquanto Julia Kudiess ostenta posto de melhor bloqueadora, com 13 intervenções

A ponteira Ana Cristina é a maior pontuadora da Seleção Brasileira após três jogos na VNL: 57 bolas no chão -  (crédito: Fivb/Divulgação)
A ponteira Ana Cristina é a maior pontuadora da Seleção Brasileira após três jogos na VNL: 57 bolas no chão - (crédito: Fivb/Divulgação)

A vitória de virada da Seleção Brasileira feminina sobre a Alemanha pela terceira rodada da Liga das Nações de Vôlei (VNL), por 3 sets a 2 (parciais de 23/25, 25/21, 25/23, 20/25 e 8/15), neste sábado (7/6), no Ginásio Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, reforça o protagonismo de uma jovem veterana. Aos 21 anos, Ana Cristina assume o papel de referência para manter o Brasil de Zé Roberto Guimarães invicto e com moral na busca pelo título inédito.

Ana Cristina sequer tinha nascido quando o Brasil havia conquistado as duas primeiras medalhas olímpicas das quadras com as mulheres — os terceiros lugares nos Jogos de Atlanta-1996 e Sydney-2000. Hoje, a carioca, prata em Tóquio-2020 e bronze em Paris-2024 é um dos elos entre o treinador e o grupo em renovação mirando a edição de Los Angeles-2028. Ao mesmo tempo que é uma das mais novas em idade, assume o posto de experiência.

Maior pontuadora contra República Tcheca (16), Estados Unidos (20) e Alemanha, a ponteira floresce no tempo de maior necessidade, enquanto Zé Roberto Guimarães lida com as ausências de Rosamaria e da capitã Gabi. "Tento me sentir confortável com isso, porque eu estive no papel das meninas que estão chegando agora. Meu primeiro foco é ajudá-las, seja recebendo mais bolas, seja conversando com elas. E, sinceramente, eu gosto", compartilhou após a atuação de gala contra as americanas.

A postura rende elogios do dono da prancheta. "É interessante pensar que a Ana, com 21 anos, está dizendo a que veio. É muito legal ver o amadurecimento, principalmente com as atitudes dentro de quadra, chamando a responsabilidade, juntando o grupo, sabendo o que faz em todos os momentos. Estou feliz com o comprometimento", destacou Zé Roberto.

O processo de renovação da Seleção também a por Brasília. O tempo de casa de Zé Roberto é o que a central Julia Kudiess tem de idade. O talento da geração de 2003 agarra a oportunidade como central, setor que não conta mais com a bicampeã olímpica Thaisa. A brasiliense foi titular nas três partidas da equipe e ostenta o posto de melhor bloqueadora do torneio, com 13 efetuados, ao lado da turca Deniz e da dominicana Arias.

Neste domingo (8/6), às 10h, Ana Cristina, Julia Kudiess e a invencibilidade da Seleção serão colocadas à prova no último duelo pela primeira etapa da VNL, contra a Itália. As italianas, líderes do ranking, contam com a oposta Paola Egonu, melhor jogadora da atualidade.

postado em 07/06/2025 22:00
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