
Uma expulsão não cobrada sobre Cristian Pavón e um impedimento questionável em um gol de Rony supostamente municiam os argumentos de Abel Ferreira para discutir com membro da arbitragem no túnel do Mineirão, a exemplo do diretor de futebol palmeirense, Anderson Barros. Logo após as discussões sobre o que resultou o empate em 1 x 1 contra o Atlético-MG, no Mineirão, no último domingo (28/5), o técnico tomou o celular de um jornalista que gravava a cena.
Em seguida, na coletiva de imprensa, o treinador itiu o exagero na atitude, mesmo tendo dito que a culpa da situação da arbitragem “também é da imprensa”. O caso tem chance de ser analisado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em mais uma vez onde o luso é alvo das atenções por assuntos extracampo. Confira, agora, alguns destes casos:
Supercopa e Abel é uma mistura complicada
Duas vezes em Brasília, duas vezes contra o Flamengo, duas vezes expulso: o português tem sempre episódios tensos na capital federal ao decidir o supercampeão brasileiro diante dos rubro-negros. Em 2021, o cartão vermelho foi mostrado por reclamação ainda no primeiro tempo e, sem o barulho da torcida no Mané Garrincha, vetada pela pandemia de covid-19, chegou a bater boca com membros da imprensa encarregados de produzir conteúdo para o time carioca, em plena tribuna de imprensa.
Na edição de 2023, mesmo com o título, deixou o campo nos instantes finais, mais uma vez por questionar os juízes. Em meio ao calor do jogo, chegou a chutar um microfone posto ao lado da área técnica alviverde, revoltado por uma marcação de campo.
Jorginho como visitante incômodo
Na derrota por 4 x 2 no Allianz Parque, pelo Brasileirão, o técnico do Atlético-GO se disse assustado com a conduta da comissão técnica alviverde. “A questão não é se alguém vem de fora ou não, é comportamento. Eu já tive um atrito com a comissão do Palmeiras, que eu acho muito desrespeitosa com o árbitro. Eu não sou nenhum santinho, não sou aquele cara que não reclama da arbitragem, mas há um limite. Você não pode xingar o cara de tudo quanto é nome, falar que ele está cego”, relatou o então líder rubro-negro.
Pouco tempo depois, a ida do luso aos vestiários durante a classificação por pênaltis contra o Atlético-MG, pelas quartas de final da Libertadores do ano ado, também chamou a atenção do colega de profissão. “Se fosse brasileiro, seria chamado de covarde”, afirmou o ex-comandante do Dragão.
A imprensa também é o problema?
Além dos episódios citados pelas partidas da Supercopa do Brasil, Abel também é recordado por algumas respostas curtas. Entre os diversos assuntos, um dos mais tocados era a demora nos reforços apresentados pela presidente Leila Pereira, colocando, por vezes, o torcedor contra a diretoria em entrevistas. “Nem quando cheguei a equipe era tão fraca como diziam, nem agora somos os melhores do mundo como alguns querem dizer”, disse após a janela de transferências do meio do ano em 2022.
Por vezes, o professor palestrino se permite itir em uma prateleira de treinadores com respostas nem sempre agradáveis à imprensa: “Quando ele (Renato Portaluppi) for falar os nomes dos jornalistas, me ligue para que eu dê mais quatro nomes, porque temos que fazer jornalismo sério e verdadeiro. Seja para criticar, mas dizer a verdade. Nós vivemos nossa vida com a verdade”. Em um novo exemplo, no fim da coletiva deste domingo (28/5), apenas deixou a sala de entrevistas, sem nada dizer, ao ser perguntado sobre os rumores envolvendo uma possível ida ao Paris Saint-Germain.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais
Esportes
Vídeo mostra "pneu voador" ando perto de público em corrida nos EUA
Esportes
Sucesso de Vini Jr. causa 'pânico racial' em pessoas brancas, diz pesquisador negro
Esportes
Um jogador é banido e outro suspenso por envolvimento em manipulação
Esportes
Balanço olímpico: confira os resultados do Brasil no final de semana
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail [email protected].