Dois anos, dois meses e seis dias: este foi o tempo do comando de Maurício Barbieri à frente do Bragantino, finalizada com sua demissão após a goleada sofrida por 6 x 0 diante do Fortaleza, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, na última quarta-feira (9/11). O revés tirou qualquer chance de classificação para a Libertadores de 2023 e ainda colocou em risco a vaga na próxima Copa Sul-Americana, decisão para o compromisso final.
Chegando ao Massa Bruta em meio à caótica volta do futebol na parte alta da pandemia, Barbieri assumiu a prancheta na nona partida do Brasileirão 2020, com a equipe na zona de rebaixamento. A luta para a recuperação na competição durou 11 jogos em relação à saída da zona de rebaixamento, sendo um sucesso para o atual campeão da Série B, recém promovido e em nova fase junto da marca energética Red Bull.
Logo, em 2021, veio a maior temporada de sucesso do técnico e do clube na história. No nacional, os paulistas foram líderes por quatro rodadas e fecharam a competição na área de vaga para a Libertadores, com o sexto lugar e a invencibilidade caída após 13 partidas. No entanto, o feito do ano foi chegar à final da Sul-Americana.
Após superar Emelec (EQU), Talleres (ARG) e Tolima (COL) na fase de grupos, o Bragantino eliminou o Independiente del Valle (EQU), o Rosario Central (ARG) e o Libertad (PAR) para chegar à decisão em Montevidéu, onde caiu pela diferença mínima para o Athletico-PR, apesar do favoritismo.
Neste ano, a instabilidade em campo interferiu na decisão, apesar da manutenção mais longa do que de costume para o cenário interno. Na Libertadores, apenas uma vitória diante do Nacional (URU) rendeu o último lugar em grupo junto dos argentinos Estudiantes e Vélez. O time até chegou na semifinal do Campeonato Paulista, mas caiu diante do Palmeiras campeão dessa edição.
O fator incômodo foi a campanha do Campeonato Brasileiro, onde a falta de ritmo mesmo como única competição a jogar pesou na decisão final de ceder com seu técnico. O Massa Bruta esteve apenas três datas dentro do G-6, todas na primeira metade. No returno, em apenas três rodadas, se situou acima do décimo lugar, estando mais perto da zona de rebaixamento no restante.
Com a saída de Maurício Barbieri da representação de Bragança Paulista, a liderança mais longeva à frente de um clube é de Abel Ferreira no Palmeiras. O português cumpriu dois anos com a prancheta palestrina na última sexta-feira (4/11) e seu contrato é vigente até o fim de 2024.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima