
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) publicou uma nota nesta sexta-feira (23/5) em que revela estar preocupada com as mudanças implementadas pelo governo federal no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
“A versão publicada ontem (22) evidenciava reflexos negativos para todo o mercado de capitais brasileiro, incluindo a indústria de fundos de investimento, cujo patrimônio de mais de R$ 9 trilhões financia boa parte das dívidas pública e privada do país”, comentou a Anbima.
Apesar disso, a entidade ligada ao mercado considera que a revisão de determinados pontos na cobrança de IOF, como a que incide sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior, além da revisão da proposta inicial de aumentar a tributação sobre as remessas diretas para investimento no exterior, trouxeram um certo alívio para os investidores.
“Esses ajustes (...) demonstraram que o Ministério da Fazenda está atento aos apontamentos do mercado e disposto a corrigir rumos, se necessário”, reconheceu a associação, que ainda informou que deve procurar o governo para conversar sobre outros pontos de inflexão, como as mudanças em seguros de vida com cobertura por sobrevivência, caso do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
Na quinta-feira, o governo anunciou mudanças nas alíquotas de IOF sobre operações de seguros, câmbio e crédito para empresas. O objetivo foi tentar unificar os percentuais cobrados para essas transações, além de garantir um espaço fiscal de cerca de R$ 61 bilhões no orçamento até 2026.
Poucas horas depois do anúncio oficial, a equipe econômica voltou atrás em alguns pontos, apesar de manter a maioria das alterações.
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