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Taxa de desemprego sobe para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro

Apesar da alta, o rendimento médio dos trabalhadores chegou ao recorde da série histórica, em R$ 3.378, assim como o número de trabalhadores com carteira assinada

O contingente da população desocupada chegou a 7,5 milhões de pessoas -  (crédito:  Agência Brasil)
O contingente da população desocupada chegou a 7,5 milhões de pessoas - (crédito: Agência Brasil)

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, alta de 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior, encerrado em novembro, quando estava em 6,1%. 

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28/3), apesar da alta na comparação trimestral, essa taxa de desocupação foi a menor já registrada entre os trimestres encerrados em fevereiro. 

O contingente da população desocupada cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. O montante é 12,5% menor do que o registrado no mesmo trimestre de 2024.

De acordo com a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, a alta segue o padrão sazonal da Pnad contínua, “com a tendência de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012. A taxa de informalidade teve uma ligeira redução, ficando em 38,1% da população ocupada, contra 38,7% no trimestre encerrado em novembro. O montante de trabalhadores informais é de  39,1 milhões. 

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O número de empregados no setor público recuou 3,9% no trimestre e subiu 2,8% no ano, alcançando 12,4 milhões. Enquanto o contingente de trabalhadores por conta própria também ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% no ano, alcançando 25,9 milhões. 

Rendimento recorde 

O rendimento médio dos trabalhadores alcançou o recorde da série histórica, ficando em R$ 3.378 no trimestre móvel encerrado em fevereiro. A alta foi de 1,3% no trimestre e de 3,6% no ano, já descontados os efeitos da inflação nesses períodos.

O aumento na comparação trimestral foi puxado pelas altas no rendimento nos grupamentos da indústria; istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e serviços domésticos.

Mesmo com a redução no número de pessoas ocupadas do país, a massa de rendimento real habitual —  que é a soma dos rendimentos de toda a população ocupada no país — foi estimada em R$ 342,0 bilhões, novo recorde da série histórica.

Rafaela Gonçalves
postado em 28/03/2025 09:58 / atualizado em 28/03/2025 10:01
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