{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/economia/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/economia/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/economia/", "name": "Economia", "description": "Medidas econômicas, finanças, negócios estão em destaque no Correio Braziliense ", "url": "/economia/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/economia/2024/06/6887070-lula-e-haddad-reagem-as-criticas-do-mercado-financeiro.html", "name": "Lula e Haddad reagem às críticas do mercado financeiro", "headline": "Lula e Haddad reagem às críticas do mercado financeiro", "description": "", "alternateName": "conjuntura", "alternativeHeadline": "conjuntura", "datePublished": "2024-06-28T03:55:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O <a href="/economia/2024/06/6886178-falas-de-lula-causam-temor-no-mercado-no-mercado-financeiro.html">presidente Luiz Inácio Lula da Silva</a> e o<a href="/economia/2024/06/6884816-haddad-ressalta-coesao-entre-ata-do-copom-e-comunicado-sobre-cortes-na-selic.html"> ministro da Fazenda, Fernando Haddad</a>, reagiram ontem às críticas do mercado financeiro como “policial bom e policial mau”. Se Haddad adotou um tom conciliador e reconheceu a necessidade de ajustar a comunicação, Lula chamou de “cretinos” os que relacionam suas falas contra o corte de gastos à subida do dólar — incluindo jornalistas.</p> <p class="texto">Os dois discursaram durante reunião do Conselhão, no Palácio do Itamaraty, para um público formado por boa parte dos ministros e representantes dos setores produtivo e financeiro. O governo também recebeu apoio público dos presidentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), embora tenham destacado a necessidade de cortar gastos — os dois fazem parte do Conselhão como representantes da sociedade civil.</p> <p class="texto">“Ontem (anteontem), depois da minha entrevista ao Uol, saíram algumas manchetes de alguns comentaristas dizendo que o dólar tinha subido por causa da entrevista do Lula. Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista. Ou seja, esse mundo perverso de as pessoas colocarem para fora aquilo que querem, sem medir as consequências, é muito ruim”, discursou, irritado, o presidente Lula.</p> <p class="texto">Já pressionada por fatores externos, a cotação do dólar acelerou logo após a entrevista do presidente na quarta, fechando o dia em R$ 5,519 — maior patamar dos últimos dois meses. Operadores apontam que as declarações públicas de Lula descartando o corte de gastos têm causado temor nos investidores, e não é de hoje. Críticas à independência do Banco Central na semana ada também foram malvistas.</p> <p class="texto">Na avaliação de aliados do presidente, porém, ocorre um “ruído” entre o governo e o mercado financeiro, já que os indicadores econômicos concretos, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desemprego, estão em bons patamares.</p> <p class="texto">Lula também fez um alerta aos especuladores. “Pode ter certeza: quem estiver apostando em derivativo (especulando o mercado futuro) vai perder dinheiro. As pessoas não podem ficar apostando no fortalecimento do dólar e no fracasso do real. Eu vi isso em 2008. As pessoas achavam que era importante ganhar dinheiro apostando no dólar e quebraram a cara. Vão quebrar outra vez”, disse.</p> <p class="texto">Após três dias em alta, o dólar fechou ontem em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,5075. Contribuíram para acalmar os investidores as declarações de Lula de que “sempre há lugar para cortar no orçamento” e que o “Brasil tem muito subsídios e desoneração”.</p> <h3>Defesa</h3> <p class="texto">O presidente da República também saiu em defesa de Haddad, alvo de críticas após propor a limitação de créditos do PIS/Cofins como alternativa para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e das prefeituras. Lula argumentou que não é contra a isenção de impostos, mas que as empresas deveriam apresentar contrapartidas aos trabalhadores, como a garantia de emprego. Quando a desoneração foi aprovada pelo Congresso, Lula vetou, mas os parlamentares reagiram.</p> <p class="texto">“Foi derrubado o meu veto. Nós entramos na Suprema Corte, que deu um prazo para os empresários, Congresso e Fazenda darem uma alternativa. O Haddad pensou em uma alternativa. Você (Haddad) tomou tanta porrada, que eu jamais achei que esse moço tão bondoso seria tão achincalhado. E foi”, relatou o presidente. O chefe do Planalto aproveitou para ar outro recado. “Não fica nervoso não, Haddad. A responsabilidade de apresentar a compensação é dos empresários e do Senado. Se não apresentar, fica mantido o veto. É simples assim”, comentou.</p> <p class="texto">Coube a Haddad, que discursou antes de Lula, apaziguar os investidores. Ele citou que incertezas no cenário externo, como a manutenção da taxa de juros americana e as eleições nos Estados Unidos e na França, estão causando turbulências no mercado brasileiro. Porém, defendeu que o país está no caminho certo, e citou a possibilidade de cortar gastos, apesar das ressalvas de Lula.</p> <p class="texto">“A forma de proteger a nossa própria economia é acelerar a agenda de reformas econômicas, acelerar o desenvolvimento de políticas públicas. Buscar o ajuste fiscal, sim, pelo lado da receita e pelo lado da despesa, com inteligência”, explicou o ministro. Para o chefe da equipe econômica, é “absolutamente possível” Lula terminar o mandato com uma inflação média de 4% ao ano, e um crescimento médio de 3% do PIB. Assim, para Haddad, o país caminha para a menor inflação média de um mandato desde o Plano Real.</p> <p class="texto">O ministro fez uma apresentação PowerPoint com diversos dados positivos da economia, incluindo os históricos de inflação, crescimento econômico e desemprego. Ainda assim, Haddad itiu dificuldades do governo em comunicar o que está sendo feito.</p> <p class="texto">“Nós reconhecemos a necessidade de encerrar as pressões dos gastos públicos. Desde que, como sempre lembra o presidente, cuidemos dos mais vulneráveis. Reconhecemos os desafios internos e externos. Temos que calibrar nossa comunicação, emitir os sinais corretos para toda a sociedade brasileira, de sustentabilidade social, fiscal e ambiental”, discursou o ministro da Fazenda.</p> <p class="texto">O presidente da Febraban, Isaac Sidney, atribuiu a reação do mercado a ruídos e defendeu a atuação do governo. “Me parece que podemos afirmar que nós estamos distantes de um descontrole fiscal, mas nenhum país está imune. Não podemos baixar a guarda, e eu confio que o governo está atento a isso”, disse o banqueiro. Porém, frisou que é preciso controlar a inflação e ajustar as contas.</p> <p class="texto">Já o presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que a dívida pública brasileira em relação ao PIB é pequena se comparada com outros países, e fez um discurso alinhado com a visão de Lula. “Temos que, talvez, fazer uma reflexão entre a dívida pública boa e a ruim. Dívida pública boa é aquela que permite fazer investimento, geração de riqueza, emprego e desenvolvimento social”, afirmou.<div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/economia/2024/06/6886719-industria-tem-crescimento-de-empregos-mas-ainda-amarga-deficit.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/08/31/44308580791_bed8986fd9_o-29219894.jpg?20240503162902" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Indústria tem crescimento de empregos, mas ainda amarga deficit</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/06/6886694-temos-que-calibrar-a-comunicacao-e-emitir-sinais-corretos-diz-haddad.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/27/haddad_conselhao-38481408.jpg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>"Temos que calibrar a comunicação e emitir sinais corretos", diz Haddad</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/06/6886668-os-cinco-motivos-para-alinhar-atendimento-humano-e-tecnologia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/27/mulher_fone-38477484.jpg?20240627151424" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Os cinco motivos para alinhar atendimento humano e tecnologia</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/economia/2024/06/6886619-brasil-soma-mais-de-90-milhoes-de-empreendedores-em-2023-aponta-sebrae.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/20/antonio_moreira_leite_keinyandrade_scaled-36357391.jpg?20240420203217" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Economia</strong> <span>Brasil soma mais de 90 milhões de empreendedores em 2023, aponta Sebrae</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/08/1200x801/1_haddad_no_bom_dia-36921690.jpg?20240514140722?20240514140722", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/08/1000x1000/1_haddad_no_bom_dia-36921690.jpg?20240514140722?20240514140722", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/08/800x600/1_haddad_no_bom_dia-36921690.jpg?20240514140722?20240514140722" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Victor Correia", "url": "/autor?termo=victor-correia" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6a4c32

Lula e Haddad reagem às críticas do mercado financeiro 1g403e
conjuntura

Lula e Haddad reagem às críticas do mercado financeiro 2l62z

Presidente renova as críticas a quem vincula suas falas à alta do dólar e volta a atacar especuladores. Ministro procura contemporizar e reafirma compromisso em cortar gastos, mantendo a atenção do governo aos vulneráveis 2m565

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reagiram ontem às críticas do mercado financeiro como “policial bom e policial mau”. Se Haddad adotou um tom conciliador e reconheceu a necessidade de ajustar a comunicação, Lula chamou de “cretinos” os que relacionam suas falas contra o corte de gastos à subida do dólar — incluindo jornalistas.

Os dois discursaram durante reunião do Conselhão, no Palácio do Itamaraty, para um público formado por boa parte dos ministros e representantes dos setores produtivo e financeiro. O governo também recebeu apoio público dos presidentes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), embora tenham destacado a necessidade de cortar gastos — os dois fazem parte do Conselhão como representantes da sociedade civil.

“Ontem (anteontem), depois da minha entrevista ao Uol, saíram algumas manchetes de alguns comentaristas dizendo que o dólar tinha subido por causa da entrevista do Lula. Os cretinos não perceberam que o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar a entrevista. Ou seja, esse mundo perverso de as pessoas colocarem para fora aquilo que querem, sem medir as consequências, é muito ruim”, discursou, irritado, o presidente Lula.

Já pressionada por fatores externos, a cotação do dólar acelerou logo após a entrevista do presidente na quarta, fechando o dia em R$ 5,519 — maior patamar dos últimos dois meses. Operadores apontam que as declarações públicas de Lula descartando o corte de gastos têm causado temor nos investidores, e não é de hoje. Críticas à independência do Banco Central na semana ada também foram malvistas.

Na avaliação de aliados do presidente, porém, ocorre um “ruído” entre o governo e o mercado financeiro, já que os indicadores econômicos concretos, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desemprego, estão em bons patamares.

Lula também fez um alerta aos especuladores. “Pode ter certeza: quem estiver apostando em derivativo (especulando o mercado futuro) vai perder dinheiro. As pessoas não podem ficar apostando no fortalecimento do dólar e no fracasso do real. Eu vi isso em 2008. As pessoas achavam que era importante ganhar dinheiro apostando no dólar e quebraram a cara. Vão quebrar outra vez”, disse.

Após três dias em alta, o dólar fechou ontem em queda de 0,22%, cotado a R$ 5,5075. Contribuíram para acalmar os investidores as declarações de Lula de que “sempre há lugar para cortar no orçamento” e que o “Brasil tem muito subsídios e desoneração”.

Defesa 6i361s

O presidente da República também saiu em defesa de Haddad, alvo de críticas após propor a limitação de créditos do PIS/Cofins como alternativa para compensar a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e das prefeituras. Lula argumentou que não é contra a isenção de impostos, mas que as empresas deveriam apresentar contrapartidas aos trabalhadores, como a garantia de emprego. Quando a desoneração foi aprovada pelo Congresso, Lula vetou, mas os parlamentares reagiram.

“Foi derrubado o meu veto. Nós entramos na Suprema Corte, que deu um prazo para os empresários, Congresso e Fazenda darem uma alternativa. O Haddad pensou em uma alternativa. Você (Haddad) tomou tanta porrada, que eu jamais achei que esse moço tão bondoso seria tão achincalhado. E foi”, relatou o presidente. O chefe do Planalto aproveitou para ar outro recado. “Não fica nervoso não, Haddad. A responsabilidade de apresentar a compensação é dos empresários e do Senado. Se não apresentar, fica mantido o veto. É simples assim”, comentou.

Coube a Haddad, que discursou antes de Lula, apaziguar os investidores. Ele citou que incertezas no cenário externo, como a manutenção da taxa de juros americana e as eleições nos Estados Unidos e na França, estão causando turbulências no mercado brasileiro. Porém, defendeu que o país está no caminho certo, e citou a possibilidade de cortar gastos, apesar das ressalvas de Lula.

“A forma de proteger a nossa própria economia é acelerar a agenda de reformas econômicas, acelerar o desenvolvimento de políticas públicas. Buscar o ajuste fiscal, sim, pelo lado da receita e pelo lado da despesa, com inteligência”, explicou o ministro. Para o chefe da equipe econômica, é “absolutamente possível” Lula terminar o mandato com uma inflação média de 4% ao ano, e um crescimento médio de 3% do PIB. Assim, para Haddad, o país caminha para a menor inflação média de um mandato desde o Plano Real.

O ministro fez uma apresentação PowerPoint com diversos dados positivos da economia, incluindo os históricos de inflação, crescimento econômico e desemprego. Ainda assim, Haddad itiu dificuldades do governo em comunicar o que está sendo feito.

“Nós reconhecemos a necessidade de encerrar as pressões dos gastos públicos. Desde que, como sempre lembra o presidente, cuidemos dos mais vulneráveis. Reconhecemos os desafios internos e externos. Temos que calibrar nossa comunicação, emitir os sinais corretos para toda a sociedade brasileira, de sustentabilidade social, fiscal e ambiental”, discursou o ministro da Fazenda.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, atribuiu a reação do mercado a ruídos e defendeu a atuação do governo. “Me parece que podemos afirmar que nós estamos distantes de um descontrole fiscal, mas nenhum país está imune. Não podemos baixar a guarda, e eu confio que o governo está atento a isso”, disse o banqueiro. Porém, frisou que é preciso controlar a inflação e ajustar as contas.

Já o presidente da CNI, Ricardo Alban, disse que a dívida pública brasileira em relação ao PIB é pequena se comparada com outros países, e fez um discurso alinhado com a visão de Lula. “Temos que, talvez, fazer uma reflexão entre a dívida pública boa e a ruim. Dívida pública boa é aquela que permite fazer investimento, geração de riqueza, emprego e desenvolvimento social”, afirmou.

Mais Lidas 2f4e64