
A taxa de desemprego recuou para 13,2% no trimestre encerrado em agosto, uma redução de 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre terminado em maio (14,6%). Apesar do recuo, ainda há 13,7 milhões de pessoas em busca de trabalho no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE.
O número de pessoas ocupadas (90,2 milhões) avançou 4%, com mais 3,4 milhões no período. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,9%, ou seja, mais da metade da população em idade para trabalhar está empregada no país.
O economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Ramos observa que 13,2% ainda é um índice alto de desemprego. “Uma taxa aceitável é aquela que os economistas denominam de taxa de pleno emprego, cujo cálculo é controverso, mas que, certamente, é muito mais baixa. Para o Brasil o nível deveria estar em 7%.”
A ocupação foi impulsionada pelo aumento de 1,1 milhão de trabalhadores (4,2%) com carteira assinada no setor privado (31 milhões). Mas a informalidade também cresceu. “Os postos de trabalho informais avançaram, com a manutenção da expansão do trabalho por conta própria sem CNPJ e do emprego sem carteira no setor privado. Isso fez a taxa de informalidade subir para 41,1%, totalizando 37 milhões de pessoas”, onforma o IBGE.
O economista Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, observou que a renda média do trabalhador caiu 4,3%, para R$ 2,489. “Ainda temos dificuldade na recuperação da força de trabalho, com alguns destaques positivos no comércio e na industria, com avanço da vacinação e reabertura da economia”, disse. Em relação ao mesmo trimestre de 2020, a queda foi de 10,2%.
*Estagiário sob supervisão de Odail Figueiredo
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