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Medida

BNDES suspende cobrança de empréstimos para pequena empresa

O BNDES estima que cerca de 100 mil empresa poderão ser beneficiadas. Com a suspensão por seis meses, R$ 2,9 bilhões deixarão de ser cobrados, nos cálculos do banco

Agência Estado
postado em 29/04/2021 15:52
 (crédito: Leonardo Cavalcanti/CB/D.A Press)
(crédito: Leonardo Cavalcanti/CB/D.A Press)
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou nesta quinta-feira, 29, que reeditará a suspensão da cobrança de dívidas de pequenas e microempresas. A medida atinge empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O BNDES estima que cerca de 100 mil empresa poderão ser beneficiadas. Com a suspensão por seis meses, R$ 2,9 bilhões deixarão de ser cobrados, nos cálculos do banco.
Com a piora da pandemia de covid-19 no início deste ano, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, já havia afirmado, em meados do mês ado, que o banco estudava reeditar a suspensão (medida conhecida no mercado como "standstill"). Ano ado, o banco deixou de cobrar R$ 13,6 bilhões de empresas, incluindo as grandes, e R$ 3,9 bilhões de governos.
Desta vez, a suspensão poderá ser acompanhada da "prorrogação do prazo total de financiamento em até 18 meses, o que não estava previsto na suspensão oferecida no ano ado", informou o BNDES. "A suspensão das prestações deverá ser negociada pelo empreendedor diretamente com o agente financeiro que lhe concedeu o financiamento original. Os pedidos já podem ser feitos a partir de hoje", diz uma nota divulgada pelo banco.
Para as empresas de menor porte, o BNDES não empresta diretamente. As firmas tomam o crédito junto a bancos comerciais, credenciados nas linhas do banco de fomento.
O BNDES informou ainda que não poderão ter pagamentos suspensos os empréstimos "tomados na modalidade do Programa Emergencial de o ao Crédito (Peac) ou quaisquer outros que contam com algum fundo garantidor ou subvenção econômica".
Principal medida do banco para enfrentar a crise da covid-19, o Peac foi desenhado para garantir financiamentos concedidos por todos os bancos do sistema financeiro. Com aporte de R$ 20 bilhões do Tesouro Nacional no FGI, fundo de aval do BNDES, o Peac garantiu R$ 92,1 bilhões em empréstimos tomados em 2020.
Também ficarão de fora da reedição do "standstill" os financiamentos "tomados para negócios envolvendo comércio exterior ou contratados pela istração pública; e dívidas agrícolas já renegociadas", diz a nota divulgada pelo BNDES.
 

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