
Até 22/6, o CCBB celebra o cinema do badalado diretor de filmes como Assunto de família e Monster. A contemporaneidade do cineasta de 62 anos mobilizou a curadora Raquel Gandra, interessada no contorno de problemas como a polarização gritante na atual sociedade. Conflitos éticos e morais balizam muito do conteúdo dos filmes do diretor que, em 2018, conquistou a badalada Palma de Ouro, no Festival de Cannes.
Monster (2023), com narrativa impulsionada pela prática do bullying foi um dos mais recentes sucessos do diretor nascido em Tóquio. Toda a rica produção documental e ainda a leva de filmes feitos em média-metragem, ao longo dos anos de 1990, integram a mostra.
Uma das declarações do cineasta de filmes como Depois da tempestade (2016) e Nossa irmã mais nova (2015) encerra a amplitude de seus propósitos: "Eu queria criar uma grande mentira (no cinema), significando o oposto do estilo documental, naturalista, dos filmes contemporâneos que fazia... Até agora, tentei usar o naturalismo para buscar a realidade, de agora em diante, buscarei a ficção total para encontrar a realidade".
No dia 18/6, às 19h, trará convidados como o professor e crítico Ciro Marcondes e a professora da Universidade de Brasília Mariana Souto. O professor Pablo Gonçalo, também da UnB, reforçará o time.