
Na noite desta terça-feira (11), o Rio de Janeiro foi palco para a estreia da aguardada turnê mundial “Las Mujeres Ya No Lloran World Tour”, de Shakira. Em meio à euforia dos fãs, a cantora colombiana, de 48 anos, aproveitou o momento para compartilhar reflexões sobre sua trajetória como imigrante nos Estados Unidos.
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Shakira revelou que chegou ao país aos 19 anos, sem dominar o inglês, mas determinada a construir sua carreira internacional. “Eu tentava fazer músicas, ainda não falava bem inglês, mas compunha rodeada de dicionários. Foi ali, num colchonete no chão, que nasceu minha primeira canção em inglês, uma mistura de batucadas brasileiras e guitarras elétricas. Se poderia dizer que essa era a música de uma imigrante”, afirmou a artista.
A fala de Shakira acontece em um momento de intensificação das políticas contra imigrantes nos EUA, especialmente durante o governo de Donald Trump. A cantora, que se consolidou como uma das maiores artistas latinas do mundo, utilizou sua história para destacar a força dos imigrantes e a capacidade de transformação através da arte.
Superação e renascimento
Durante a apresentação, Shakira também abordou os desafios pessoais enfrentados nos últimos anos, incluindo a traição do ex-marido, Gerard Piqué, e o fim do casamento de 12 anos. “Se aprendi algo, é que as quedas não são o fim, mas o começo de um voo mais alto. E nós, mulheres, depois de cada queda, nos levantamos um pouco mais sábias, mais fortes, mais duras, mais ‘triple M'”, declarou, arrancando aplausos entusiasmados da plateia.
A turnê “Las Mujeres Ya No Lloran World Tour” promete celebrar essa nova fase da cantora, marcada por resiliência e reinvenção. Ao encerrar sua fala, Shakira deixou uma mensagem poderosa: “E se queremos chorar, choramos, mas se não queremos chorar, faturamos. Bem-vindos à primeira noite da tour ‘As Mulheres Já Não Choram'”.