Oscar 2025

"Ainda estou aqui" é indicado a melhor filme estrangeiro; veja concorrentes

O longa é o segundo dirigido por Walter Salles a concorrer a categoria e é o primeiro brasileiro a entrar nesta disputa desde 1999

Ainda estou aqui, de Walter Salles Jr., tem Selton Mello, no papel do deputado torturado e morto pela ditadura, e Fernanda Torres, como a esposa Eunice  -  (crédito:  VideoFilmes)
Ainda estou aqui, de Walter Salles Jr., tem Selton Mello, no papel do deputado torturado e morto pela ditadura, e Fernanda Torres, como a esposa Eunice - (crédito: VideoFilmes)

O Brasil está no páreo do Oscar. Ainda estou aqui atingiu as expectativas e é um dos concorrentes na categoria melhor filme estrangeiro. O longa que apareceu bem em todas as premiações estará na grande noite do cinema norte-americano, em 2 de março (domingo de carnaval), representando os brasileiros que anseiam pela primeira estatueta dourada.

Ainda estou aqui é o primeiro filme brasileiro a disputar a categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar desde Central do Brasil em 1999. O interessante está no fato de que Walter Salles é o diretor de ambos os títulos e, caso vença, subirá ao palco para receber a estatueta dourada. Afinal, nesta categoria quem recebe o prêmio é o diretor e não produtor.

O longa que faz frente ao representante brasileiro da lista é Emília Perez. A produção sa que conta a história de cartéis mexicanos em formato de musical. O longa a por questionamentos após a descoberta do uso de inteligência artificial, o que pode ajudar a campanha de Ainda estou aqui para a vitória.

Outro longa que vem ganhando destaque na temporada e apareceu na lista é Flow, uma animação letã que surpreendeu ganhando de longas de estúdios como Pixar, Disney e DreamWorks no Globo de Ouro. O filme foi feito em software gratuito e também é favorito à categoria de animação.

Mais um que teve destaque em outras premiações e conseguiu a indicação para o Oscar é A semente do figo sagrado. Vencedor do prêmio especial do júri em Cannes, o longa é dirigido pelo iraniano Mohammad Rasoulof, que buscou exílio na Alemanha e, por isso, o filme é o concorrente do país europeu, onde foi produzido.

Fecha a lista uma surpresa. O longa dinamarques A garota da agulha apareceu como o último nome conta uma história de época que acompanha uma mulher grávida no período da Primeira Guerra Mundial que no desespero do desemprego procura asilo em um abrigo clandestino de adoção.

Isabela Berrogain
Pedro Ibarra
postado em 23/01/2025 10:43 / atualizado em 23/01/2025 12:24
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