{ "@context": "http://www.schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/diversao-e-arte/2023/03/5080403-marco-nanini-acompanha-sessao-de-teatro-na-tela-no-cine-brasilia.html", "name": "Marco Nanini acompanha sessão de teatro na tela no Cine Brasília", "headline": "Marco Nanini acompanha sessão de teatro na tela no Cine Brasília", "alternateName": "Artes cênicas", "alternativeHeadline": "Artes cênicas", "datePublished": "2023-03-16-0310:30:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Escrita em 1952 por Eugène Ionesco, a peça <em>As cadeiras</em> é protagonizada por um casal de idosos que aguarda a chegada de convidados. Enquanto conversam, o homem explica que tem uma mensagem para a humanidade e a mulher reflete sobre o que eles poderiam ter sido. Os convidados, nunca vistos pelo público, o que os torna imaginários ou inexistentes, chegam. Uma suposta conversa é desencadeada e, ao final, o homem e a mulher pulam pela janela. 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A concepção visual ficou por conta de Gringo Cardia e a direção de movimento é<a href="/app/noticia/diversao-e-arte/2019/04/03/interna_diversao_arte,747020/deborah-colker-fala-sobre-o-espetaculo-ovo.shtml" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> assinada por Deborah Colker</a>. Encenar As cadeiras ao lado de Camilla Amado era um sonho para Nanini. "Foi muito triste para mim a morte dela. Sou amigo da Camilla há muito tempo, desde a década de 1970, ela falava muito sobre As cadeiras e tínhamos a ideia de fazermos juntos essa peça de Ionesco. E a possibilidade apareceu durante a pandemia. 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Os primeiros contatos com o teatro, a vida de saltimbanco e a facilidade de circular pelos mais diferentes ambientes ajudaram a moldar o talento para a atuação. Na segunda parte, entraram os primeiros anos da vida profissional e o desenvolvimento da sensibilidade estética do artista, com narrativa concentrada, principalmente, na década de 1970. A terceira parte, dos anos 1980 até recentemente, traz o reconhecimento e o sucesso de Nanini como um dos maiores atores do teatro, da televisão e do cinema no Brasil.</p> <p class="texto"> </p> <h3>Notícias pelo celular</h3> <p class="texto">Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo <strong>Correio Braziliense</strong>. 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Marco Nanini acompanha sessão de teatro na tela no Cine Brasília 4f693m

Jornal Correio Braziliense 5f3u58

Artes cênicas

Marco Nanini acompanha sessão de teatro na tela no Cine Brasília 68383v

Marco Nanini vem a Brasília para sessão de autógrafos de biografia e para acompanhar a projeção de 'As cadeiras', teatro em tela dirigido por Fernando Libonati q3264

Escrita em 1952 por Eugène Ionesco, a peça As cadeiras é protagonizada por um casal de idosos que aguarda a chegada de convidados. Enquanto conversam, o homem explica que tem uma mensagem para a humanidade e a mulher reflete sobre o que eles poderiam ter sido. Os convidados, nunca vistos pelo público, o que os torna imaginários ou inexistentes, chegam. Uma suposta conversa é desencadeada e, ao final, o homem e a mulher pulam pela janela. É uma peça típica do teatro do absurdo de Ionesco e incrivelmente atual para uma humanidade, que acabou de ar por pandemia, isolamento e muitas perdas. Quando Marco Nanini, Camilla Amado e o diretor Fernando Libonati decidiram encenar o clássico, corria a pandemia e o isolamento dela decorrente. Com teatros fechados e aglomerações proibidas, o trio decidiu montar a peça e gravá-la para mais tarde, quando fosse possível, realizar o espetáculo ao vivo.

Camilla Amado morreu em 2021 e a dupla nunca pôde realizar uma turnê, mas o registro ficou e será exibido amanhã e sábado no Cine Brasília, com direito a uma sessão de autógrafos de Marco Nanini para a biografia O avesso do bordado, escrita por Mariana Filgueiras. "A peça foi feita para ser híbrida, o Libonati fez uma adaptação que pudesse ser apresentada nos dois veículos e foi isso que nós fizemos", conta Nanini. "Não é exatamente teatro on-line, é um trabalho fechado, um audiovisual, teatro na tela mesmo, uma peça adaptada híbrida, apresentada no teatro e no cinema. Acontece que a Camilla faleceu logo após a filmagem, então não deu para fazer no teatro."

Enclausurados 3u243f

A peça foi gravada em janeiro de 2021 e, na adaptação, o casal mora em um farol de uma ilha isolada, localização simbólica para o momento vivido pela humanidade. "É uma peça atemporal porque fala do ser humano, tem a ver com a solidão, com os sentimentos. Agora, nessa época que estamos vivendo, tivemos a solidão e ficamos enclausurados com a pandemia, faz bastante sentido", reflete Nanini. Foram 10 dias de filmagem com uma equipe orientada por profissionais de saúde para evitar contaminação.

Nanini conta que, claro, preferia atuar no teatro, com o público presente, mas não chegou a se sentir impactado pela ausência de plateia e teatro. "Não teve impacto porque sou acostumado a fazer cinema, então era dentro de um estúdio e o público ficou sendo os técnicos. Depois, fui ver as apresentações e o público reagia", conta. "Essa peça pode ser feita por qualquer tipo de ator, de qualquer idade. Pode ser representada por atores de várias idades, tanto jovens como mais velhos. A gente fez mais dramaticamente e foi ótimo, confortável."

Libonati e Nanini são sócios há mais de 30 anos na produtora Pequena Central, mas essa foi a primeira vez que Fernando assumiu a direção. Foram 10 dias de filmagem em estúdio, com sequências sem corte captadas na íntegra por duas câmeras em 360 graus. A concepção visual ficou por conta de Gringo Cardia e a direção de movimento é assinada por Deborah Colker. Encenar As cadeiras ao lado de Camilla Amado era um sonho para Nanini. "Foi muito triste para mim a morte dela. Sou amigo da Camilla há muito tempo, desde a década de 1970, ela falava muito sobre As cadeiras e tínhamos a ideia de fazermos juntos essa peça de Ionesco. E a possibilidade apareceu durante a pandemia. Foi muito bom, ela é uma atriz ótima", diz.

Pesquisa 4l1o

Antes da sessão de amanhã, às 17h, Nanini vai autografar a biografia O avesso do bordado, fruto de dezenas de entrevistas e de uma extensa pesquisa da jornalista Mariana Filgueiras. O livro nasceu de um convite da própria editora, a Companhia das Letras. Nanini não conhecia Mariana, mas aceitou embarcar nas longas sessões de entrevistas e na apuração da jornalista, que faz parte da equipe do Greg News. "Foi muita sorte porque ela é muito talentosa, culta, instruída, tem habilidades literárias. Fez uma biografia que me agradou muito, na qual não estou presente em todas as páginas, mas o assunto é em volta da minha pessoa, e isso prende o leitor porque não fico falando só sobre mim, falo das cidades, ambientes da época. Isso dá uma leitura mais corrida", garante o ator.

Mariana conta que, para fazer o livro, fez entrevistas semanais com Nanini, mas também o acompanhou em gravações e ao teatro, como espectador. "Queria vê-lo em ação, mais do que narrando a vida dele para mim. No primeiro ano fiquei muito no ator Nanini, como estudava os textos, como criava o personagem. Durante a pandemia, mergulhei mais numa pesquisa de documento. A vida dele é muito documentada. Então fui conversar com amigos, diretores, colegas de trabalho e, em 2021, sentei para escrever", conta Mariana. No total, foram quatro anos mergulhada no processo de pesquisa e escrita de O avesso do bordado.

A biografia é dividida em três partes. Na primeira, a autora se concentra na infância do ator, filho de um gerente de hotel que rodou o Brasil graças ao trabalho. Os primeiros contatos com o teatro, a vida de saltimbanco e a facilidade de circular pelos mais diferentes ambientes ajudaram a moldar o talento para a atuação. Na segunda parte, entraram os primeiros anos da vida profissional e o desenvolvimento da sensibilidade estética do artista, com narrativa concentrada, principalmente, na década de 1970. A terceira parte, dos anos 1980 até recentemente, traz o reconhecimento e o sucesso de Nanini como um dos maiores atores do teatro, da televisão e do cinema no Brasil.

 

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Cabera - Marco Nanini e Camilla Amado em  As Cadeiras, de Eugène Ionesco: teatro em tela
Cabera - Marco Nanini e Camilla Amado em  As Cadeiras, de Eugène Ionesco: em cartaz no Cine Brasília
Cabera - Marco Nanini e Camilla Amado em  As Cadeiras, de Eugène Ionesco, teatro em tela dirigido por Fernando Libonati. Crédito nas imagens
Cabera - Marco Nanini e Camilla Amado em  As Cadeiras, de Eugène Ionesco, teatro em tela dirigido por Fernando Libonati. Crédito nas imagens
Companhia das Letras - O avesso do bordado, biografia de Marco Nanini, de Mariana Filgueiras