{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/direito-e-justica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/direito-e-justica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/direito-e-justica/", "name": "Direito e Justiça", "description": "Artigos, entrevistas e colunas publicadas no suplemento semanal Direito & Justiça, todas as quintas-feiras, no Correio Braziliense ", "url": "/direito-e-justica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/direito-e-justica/2024/10/6966620-educacao-financeira-o-dividendo-mais-valioso.html", "name": "Educação Financeira: O dividendo mais valioso", "headline": "Educação Financeira: O dividendo mais valioso", "description": "", "alternateName": "Visão do Direito", "alternativeHeadline": "Visão do Direito", "datePublished": "2024-10-17T03:00:00Z", "articleBody": "

Por Fernando Iodice* —</strong> Nos últimos anos, o Brasil enfrenta um cenário econômico desafiador, no qual as taxas de inadimplência atingem altos índices, enquanto cresce a demanda da população por aprovação de crédito. Essa situação foi agravada especialmente pela pandemia, que aumentou a vulnerabilidade financeira da população.</p> <p class="texto">Dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que o percentual de famílias brasileiras endividadas chegou a 78% em 2024. Ao mesmo tempo, o número de brasileiros que buscam crédito não para de crescer, atingindo a marca de 24,8 milhões de pedidos de aprovação nos últimos 12 meses, segundo dados do Consumidor Positivo.</p> <p class="texto">À primeira vista, esses dados podem parecer paradoxais, mas se complementam à medida que a inadimplência ainda reflete os impactos causados pela pandemia, como o aumento nas taxas de desemprego – que em 2020 era de 13,8% e, no segundo semestre deste ano, é de 6,9% – e a desaceleração econômica. Nesse período, muitas famílias recorreram ao crédito para pagar suas contas e ainda enfrentam dificuldades para honrar esses compromissos. A falta de dinheiro em circulação na economia intensifica a necessidade de busca por crédito, enquanto a elevada taxa de juros aumenta o peso dos encargos financeiros no orçamento familiar, tornando-os mais impactantes do que em anos anteriores.</p> <p class="texto">Contudo, é importante notar que esse ciclo de endividamento não se deve apenas à crise econômica. A falta de uma cultura consolidada de educação financeira entre os brasileiros desempenha um papel importante na manutenção desse cenário.</p> <h3>Educar é preciso</h3> <p class="texto">Nosso país não é historicamente conhecido por estimular a educação financeira desde a infância. No campo da educação formal, poucas instituições incorporam o tema em seus currículos. Além disso, a falta de políticas públicas que incentivem a inclusão desse conhecimento na base educacional faz com que grande parte da população adulta não tenha as ferramentas necessárias para gerir suas finanças adequadamente. Observa-se aqui um círculo vicioso, onde o indivíduo até consegue pagar seus débitos, mas acaba contraindo novas dívidas por falta de ferramentas para se planejar financeiramente. Esse comportamento ajuda a manter o nível de endividamento elevado e impacta as taxas de juros, tornando o crédito sempre mais caro do que poderia ser.</p> <p class="texto">Indo além do campo educacional, para que se crie uma relação mais saudável com o dinheiro, é necessário que as pessoas busquem entender mais sobre o ambiente econômico em que vivemos, e como informações sobre o mercado de trabalho e taxas de juros, por exemplo, impactam nossas vidas. Além disso, aspectos comportamentais e psicológicos também influenciam as decisões financeiras. A forma como os brasileiros enxergam o consumo, a dívida e o crédito está enraizada em uma cultura de consumo que precisa ser reavaliada. Portanto, promover mudanças na mentalidade coletiva é essencial para resolver o problema da inadimplência a longo prazo.</p> <h3>Longa jornada</h3> <p class="texto">Uma mudança significativa no comportamento financeiro da população não ocorrerá da noite para o dia. No entanto, ao fomentar uma cultura de educação e planejamento financeiro, podemos reduzir os índices de inadimplência e, consequentemente, promover uma economia com maior estabilidade e saúde. Empresas e governos precisam trabalhar juntos para garantir que as novas gerações estejam mais preparadas para lidar com suas finanças, criando uma base sólida para o desenvolvimento econômico do país.</p> <p class="texto">O caminho para a mudança do cenário de inadimplência no Brasil a, necessariamente, pela educação financeira. Ao promover o aprendizado contínuo e ível sobre finanças pessoais, podemos ajudar os brasileiros a tomar decisões mais conscientes e equilibradas, estimulando o uso consciente do crédito como um aliado no dia a dia e promovendo um futuro mais sustentável para a economia do país.</p> <p class="texto"><strong>*CEO da Consumidor Positivo</strong></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/10/6961544-quais-sao-os-limites-legais-para-abandonar-filhos-em-um-testamento-no-brasil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/09/whatsapp_image_2024_10_09_at_13_13_14-40556983.jpeg?20241009141447" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Quais são os limites legais para abandonar filhos em um testamento no Brasil?</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/10/6961248-stj-vai-definir-listas-para-vagas-abertas-pela-aposentadoria-de-ministras.html"> <amp-img src="/dapressmidia/CB/NAC/2016/06/01/media/CBNFOT010620161103.jpg?20241009164433" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>STJ vai definir listas para vagas abertas pela aposentadoria de ministras</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/10/6961146-claudio-lottenberg-fala-sobre-guerra-conflitos-e-antissemitismo.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/09/img_5842-40557974.jpg?20241009143911" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Claudio Lottenberg fala sobre guerra, conflitos e antissemitismo </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2024/10/6961107-quem-mata-a-ex-companheira-dentro-de-casa-nao-pensa-na-punicao-diz-ministra.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/09/675x450/1_img_5843-40556733.jpg?20241010083718" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>"Quem mata a ex-companheira dentro de casa não pensa na punição", diz ministra</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/16/1200x801/1_whatsapp_image_2024_10_11_at_13_59_24-40757857.jpeg?20241016220617?20241016220617", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/16/1000x1000/1_whatsapp_image_2024_10_11_at_13_59_24-40757857.jpeg?20241016220617?20241016220617", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/16/800x600/1_whatsapp_image_2024_10_11_at_13_59_24-40757857.jpeg?20241016220617?20241016220617" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 6aq2l

Educação Financeira 3g5r43 O dividendo mais valioso
Visão do Direito

Educação Financeira: O dividendo mais valioso 3x264s

" A falta de uma cultura consolidada de educação financeira entre os brasileiros desempenha um papel importante na manutenção desse cenário" 5g4e1x

Por Fernando Iodice* — Nos últimos anos, o Brasil enfrenta um cenário econômico desafiador, no qual as taxas de inadimplência atingem altos índices, enquanto cresce a demanda da população por aprovação de crédito. Essa situação foi agravada especialmente pela pandemia, que aumentou a vulnerabilidade financeira da população.

Dados recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que o percentual de famílias brasileiras endividadas chegou a 78% em 2024. Ao mesmo tempo, o número de brasileiros que buscam crédito não para de crescer, atingindo a marca de 24,8 milhões de pedidos de aprovação nos últimos 12 meses, segundo dados do Consumidor Positivo.

À primeira vista, esses dados podem parecer paradoxais, mas se complementam à medida que a inadimplência ainda reflete os impactos causados pela pandemia, como o aumento nas taxas de desemprego – que em 2020 era de 13,8% e, no segundo semestre deste ano, é de 6,9% – e a desaceleração econômica. Nesse período, muitas famílias recorreram ao crédito para pagar suas contas e ainda enfrentam dificuldades para honrar esses compromissos. A falta de dinheiro em circulação na economia intensifica a necessidade de busca por crédito, enquanto a elevada taxa de juros aumenta o peso dos encargos financeiros no orçamento familiar, tornando-os mais impactantes do que em anos anteriores.

Contudo, é importante notar que esse ciclo de endividamento não se deve apenas à crise econômica. A falta de uma cultura consolidada de educação financeira entre os brasileiros desempenha um papel importante na manutenção desse cenário.

Educar é preciso 1p4p69

Nosso país não é historicamente conhecido por estimular a educação financeira desde a infância. No campo da educação formal, poucas instituições incorporam o tema em seus currículos. Além disso, a falta de políticas públicas que incentivem a inclusão desse conhecimento na base educacional faz com que grande parte da população adulta não tenha as ferramentas necessárias para gerir suas finanças adequadamente. Observa-se aqui um círculo vicioso, onde o indivíduo até consegue pagar seus débitos, mas acaba contraindo novas dívidas por falta de ferramentas para se planejar financeiramente. Esse comportamento ajuda a manter o nível de endividamento elevado e impacta as taxas de juros, tornando o crédito sempre mais caro do que poderia ser.

Indo além do campo educacional, para que se crie uma relação mais saudável com o dinheiro, é necessário que as pessoas busquem entender mais sobre o ambiente econômico em que vivemos, e como informações sobre o mercado de trabalho e taxas de juros, por exemplo, impactam nossas vidas. Além disso, aspectos comportamentais e psicológicos também influenciam as decisões financeiras. A forma como os brasileiros enxergam o consumo, a dívida e o crédito está enraizada em uma cultura de consumo que precisa ser reavaliada. Portanto, promover mudanças na mentalidade coletiva é essencial para resolver o problema da inadimplência a longo prazo.

Longa jornada 2i646l

Uma mudança significativa no comportamento financeiro da população não ocorrerá da noite para o dia. No entanto, ao fomentar uma cultura de educação e planejamento financeiro, podemos reduzir os índices de inadimplência e, consequentemente, promover uma economia com maior estabilidade e saúde. Empresas e governos precisam trabalhar juntos para garantir que as novas gerações estejam mais preparadas para lidar com suas finanças, criando uma base sólida para o desenvolvimento econômico do país.

O caminho para a mudança do cenário de inadimplência no Brasil a, necessariamente, pela educação financeira. Ao promover o aprendizado contínuo e ível sobre finanças pessoais, podemos ajudar os brasileiros a tomar decisões mais conscientes e equilibradas, estimulando o uso consciente do crédito como um aliado no dia a dia e promovendo um futuro mais sustentável para a economia do país.

*CEO da Consumidor Positivo

Mais Lidas 2f4e64

Tags v1t2m