Choque

Diretor indicado ao Oscar é condenado a pagar fortuna por crimes sexuais

James Toback, conhecido por "Bugsy" e outros sucessos de Hollywood, foi sentenciado mesmo sem comparecer ao julgamento; decisão choca o mundo do entretenimento

James Toback
 -  (crédito: Reprodução/Google)
James Toback - (crédito: Reprodução/Google)

Hollywood voltou a tremer com mais um escândalo de grandes proporções. James Toback, roteirista, diretor e ator aclamado por “Bugsy”, produção que lhe rendeu uma indicação ao Oscar em 1991, acaba de ser condenado por um júri norte-americano a pagar uma indenização que ultraa os 10 bilhões de reais. O motivo? Um histórico aterrador de abuso sexual, que atravessa mais de quarenta anos.

A decisão foi tomada após sete dias intensos de julgamento, em que 40 mulheres tiveram coragem de relatar, com riqueza de detalhes, os abusos cometidos por Toback ao longo dos anos. Ele, que foi um dos primeiros nomes da indústria a ser publicamente apontado durante o movimento Me Too em 2017, foi acusado de usar sua posição de poder para manipular, coagir e violentar inúmeras vítimas. Mesmo diante das acusações, Toback não apareceu no tribunal, e segue negando todas as denúncias.

“Todas as relações foram consensuais”, declarou o diretor de Preto e Branco (1999), em nota, reforçando sua defesa. Mas o júri, formado por seis membros, entendeu de outra forma.

A sentença foi devastadora. O veredicto determinou que Toback pague 280 milhões de dólares (cerca de 1,7 bilhão de reais) por danos compensatórios — ou seja, pelos danos reais sofridos pelas vítimas. Mas o que mais chamou a atenção foi o valor fixado como punição simbólica e exemplar: 1,4 bilhão de dólares adicionais, como forma de responsabilização por um padrão repetido de violência e abuso.

Ao todo, o valor da indenização chega a impressionantes 1,68 bilhões de dólares, o que equivale a mais de 10 bilhões de reais, uma das maiores cifras já impostas em um caso envolvendo celebridades em Hollywood.


FM
postado em 10/04/2025 10:58
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