
A taxa de suicídios reduziu quase 40% entre 1992 e 2021, mas, globalmente, uma pessoa morre por essa causa a cada 43 segundos. Um estudo publicado na revista The Lancet destaca que as medidas de intervenção e prevenção estão funcionando, embora o progresso não seja universal. Na América Latina e na América do Norte, houve aumento no período, com o México e os Estados Unidos no topo da lista.
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Os pesquisadores do Instituto para Métrica e Avaliação (IHME) da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, calcularam em 740 mil o número anual de suicídios. Em três décadas, as ocorrências aram de 15 óbitos por 100 mil para nove em 100 mil. A maior queda ocorreu entre as mulheres: 50%, enquanto caiu 34% no caso dos homens. Regionalmente, o Leste Asiático registrou o maior declínio de 66%.
"Embora o progresso feito no declínio das taxas de suicídio seja encorajador, está claro que o suicídio continua a impactar alguns países e populações mais do que outros", disse, em nota, o autor sênior Mohsen Naghavi do IHME. "Remover o estigma do suicídio e as barreiras ao o aos sistemas de e à saúde mental continuam sendo medidas críticas, particularmente entre pessoas com transtornos mentais e de abuso de substâncias."
América Latina
Quatro regiões relataram aumentos na taxa de suicídio no período avaliado. A América Latina Central teve o maior salto, de 39%, com um crescimento de 123% apenas para mulheres. A América Latina Andina vem em segundo lugar (13%), e a América Latina Tropical em terceiro (9%). Globalmente, a morte por essa causa está ocorrendo mais tarde: em 1990, a idade média era de 43 anos (homens) e 42 (mulheres). Já em 2021, subiu para 47 (ambos os sexos).
Segundo os autores, o estudo identifica os padrões e tendências existentes para desenvolver métodos de prevenção de suicídio mais eficazes em todo o mundo, o que pode ajudar os formuladores de políticas e profissionais de saúde a desenvolver estratégias e abordagens mais personalizadas. "A prevenção do suicídio é mais eficaz quando as comunidades trabalham juntas por meio de conscientização, intervenção e sistemas de e", diz o artigo.
o mais amplo
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem feito um trabalho massivo de campanhas de conscientização e diretrizes de políticas públicas de saúde mental que, implementadas, contribuíram para a redução de suicídios, em termos gerais. Há a necessidade de um o mais amplo à saúde para a população e a continuidade de campanhas de conscientização, bem como políticas públicas de combate ao suicídio sendo devidamente aplicadas. Há indícios, pelos estudos publicados, de dificuldades de o aos serviços de saúde na América Latina, além da falta de campanhas mais direcionadas aos jovens e pessoas a partir da meia-idade (que tem sido uma idade de risco). Além disso, há, na região, maior o aos meios letais, entre eles armas de fogo."
Daniele Oliveira, psiquiatra e professora do curso de Medicina na Universidade Católica de Brasília (UCB)
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"A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem feito um trabalho massivo de campanhas de conscientização e diretrizes de políticas públicas de saúde mental que, implementadas, contribuíram para a redução de suicídios, em termos gerais. Há a necessidade de um o mais amplo à saúde para a população e a continuidade de campanhas de conscientização, bem como políticas públicas de combate ao suicídio sendo devidamente aplicadas. Há indícios, pelos estudos publicados, de dificuldades de o aos serviços de saúde na América Latina, além da falta de campanhas mais direcionadas aos jovens e pessoas a partir da meia-idade (que tem sido uma idade de risco). Além disso, há, na região, maior o aos meios letais, entre eles armas de fogo."
Daniele Oliveira, psiquiatra e professora do curso de Medicina na Universidade Católica de Brasília (UCB)